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II SÉRIE-B — NÚMERO 47

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A estes dados junta-se o crescente discurso de ódio contra as pessoas ciganas. Os comentários racistas são

cada vez mais frequentes, legitimados por discursos políticos iníquos que pretendem explorar e reiterar, para

proveito próprio, os sentimentos de aversão contra pessoas ciganas que permanecem na sociedade portuguesa.

A existência de uma Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas é um instrumento

muito relevante na procura de melhorar as condições de vida das pessoas ciganas. Contudo ainda há muito a

fazer para que as medidas tenham um impacto efetivo e de longo prazo. Para o alcançar é fundamental a

implementação de políticas públicas mais robustas e transversais.

Mas as comunidades ciganas sempre foram um bastião de resistência e continuarão a lutar contra a

discriminação e as desigualdades estruturais que as afetam desproporcionalmente. O atual momento de

influência associativa é um sinal de que só com a força e saber das próprias comunidades se conseguirá superar

a dura realidade espelhada nas estatísticas.

Pelo exposto, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o Dia Nacional das Pessoas

Ciganas prestando a justa homenagem às pessoas ciganas, reiterando o compromisso com a luta intransigente

contra o preconceito e discriminação de que são alvo.

Assembleia da República, 26 de junho de 2020.

As Deputadas e os Deputados: Beatriz Dias (BE) — José Manuel Pureza (BE) — Pedro Filipe Soares (BE)

— Mariana Mortágua (BE) — Jorge Costa (BE) — Alexandra Vieira (BE) — Fabíola Cardoso (BE) — Isabel Pires

(BE) — Joana Mortágua (BE) — João Vasconcelos (BE) — José Maria Cardoso (BE) — José Soeiro (BE) —

Luís Monteiro (BE) — Maria Manuel Rola (BE) — Moisés Ferreira (BE) — Nelson Peralta (BE) — Ricardo Vicente

(BE) — Sandra Cunha (BE) — Catarina Martins (BE) — Catarina Marcelino (PS) — Pedro Delgado Alves (PS)

— Pedro Bacelar de Vasconcelos (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Elza Pais (PS) — Romualda Fernandes

(PS).

———

PROJETO DE VOTO N.º 271/XIV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE AMÁLIA

RODRIGUES

Celebrar 100 anos sobre o nascimento de Amália Rodrigues, é evocar um nome maior da música e da cultura

portuguesa, é comemorar a dimensão e a grandeza desta mulher extraordinária que marcou o século XX

português.

Amália, dotada de uma voz prodigiosa e inesquecível, engrandeceu-se e engrandeceu o fado que cantou por

todo o mundo durante décadas, e que fez dela a mais talentosa embaixadora do nosso país.

De origens humildes e grande generosidade, Amália venceu todas as fronteiras da cultura e impôs-se em

todos os meios. Atuou nos principais palcos mundiais com uma qualidade musical e poética únicas, afirmando

o fado no mundo, fado que hoje é património da humanidade.

«A última musa do país das lágrimas» como lhe chamou Eduardo Lourenço, disse um dia «Gostava de ficar

no coração das pessoas». Hoje podemos afirmar com toda a certeza que se cumpriu o seu desejo: Amália faz

parte do coração do nosso povo.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, congratula-se pela celebração do centenário do

nascimento de Amália Rodrigues, o extraordinário ser humano de grande coração, onde couberam a

solidariedade mais exemplar, a sensibilidade mais comovida, a arte mais sublime e a mais intocada genuinidade.

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