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II SÉRIE-B — NÚMERO 50

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Pereira — João Pinho de Almeida.

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PROJETO DE VOTO N.º 276/XIV/1.ª DE PESAR PELO FALECIMENTO DO TOUREIRO MÁRIO COELHO

A 5 de julho de 2020, vítima de COVID-19, faleceu no Hospital de Vila Franca de Xira o conceituado toureiro Mário Coelho, nome grande da tauromaquia e um dos grandes embaixadores de Portugal no estrangeiro.

Mário Coelho nasce em Vila Franca de Xira a 25 de março de 1936, com apenas 14 anos apresentou-se na praça de toiros «Palha Blanco». Prestou provas para bandarilheiro, em 1955, seguindo-se a alternativa em 1958, na praça de toiros da Nazaré.

Na classe dos de prata fez parte das quadrilhas de alguns dos mais importantes matadores, tendo sido apelidado de «maior bandarilheiro do mundo», conquistando todos os troféus para a sua atividade em Portugal e além fronteiras, saindo em ombros das praças com os matadores, o que até então nunca havia acontecido.

Mário Coelho troca a prata pelo ouro e a 25 de julho de 1967, toma a alternativa de matador, em Badajoz. A confirmação da alternativa chega em 1975, no México, e depois na Monumental de Madrid, em 1980,

durante a mais conceituada feira taurina mundial, a Feira de Santo Isidro. A sua vida, que se confunde com a História da tauromaquia, possibilitou-lhe percorrer quase todo o globo,

privando e tornando-se amigo de outros vultos da maior importância, como a atriz Ava Gardner, o pintor Pablo Picasso e os escritores Hemingway e Orson Welles.

Viria a despedir-se no Campo Pequeno, em 1990, numa corrida histórica. Em 2001 inaugura a Casa Museu Mário Coelho, na morada onde nascera, uma homenagem que reuniu os

apoios da CM e da JF de Vila Franca de Xira, em particular pelo empenho da então Presidente da Câmara e hoje Deputada à Assembleia da República, Maria da Luz Rosinha.

Em 2005, publicou «Da Prata ao Ouro», (prefácio de Agustina Bessa-Luís), e já em fevereiro deste ano, António de Sousa Duarte escreveu a sua biografia, apresentada por Manuel Alegre no Campo Pequeno, no Dia da Tauromaquia.

Agraciado com inúmeros troféus, destaca-se a condecoração como Comendador da Ordem do Mérito, em 2005, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio, numa altura em que, em Portugal os políticos não tinham medo em condecorar um toureiro, que como qualquer outro artista eleva o nome de Portugal pelo mundo.

A Assembleia da República manifesta assim o seu mais profundo pesar pela morte do toureiro Mário Coelho, enderençando aos seus familiares e amigos, as suas mais profundas e consternadas condolências.

Assembleia da República, 6 de julho de 2020.

O Deputado do CH, André Ventura.

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PROJETO DE VOTO N.º 277/XIV/1.ª DE PESAR PELO FALECIMENTO DO MAESTRO MÁRIO COELHO

No passado dia 5 de julho faleceu o Maestro Mário Coelho aos 84 anos, vítima da COVID-19.

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