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II SÉRIE-B — NÚMERO 8

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prevista para as cantinas, o processo de pegar na comida na cantina e almoçar na sala de aula. Porém fica a preferência de uma vida emocional mais saudável face às medidas necessárias para garantir uma minimização de contágios em contexto escolar, em que havendo a opção dos pais terem os seus filhos e educandos em ensino à distância, onde a socialização não será igualmente descartada podendo ocorrer em contextos de menor risco onde o número de crianças juntas em simultâneo será substancialmente menor e a gestão das medidas de higiene serão bastante mais fáceis de implementar adequadamente. Sabendo como são as crianças, as regras são uma constante imposição e acredito que agora mais reforçadas, mas no entanto existirão crianças que irão ser crianças e extrapolar todas as regras, ou por crença familiar ou por ingenuidade ou no caso de um adolescente, para não ser julgado e se por acaso forem assintomáticas ou saudáveis, mesmo sem suspeita poderão comprometer outras crianças ou adolescente bem como a restante família e agregado familiar, esta situação torna-se tanto mais complicada quanto maior for o número que crianças/jovens a frequentar o mesmo recinto em simultâneo. Reforço que a higiene e o controlo da curva de contágio teria uma melhoria se o ensino pudesse funcionar online, ou parcialmente online, evitando assim o descontrolo do contágio por COVID-19. Embora compreenda todos os esforços para garantir a segurança por parte do ministério, não considero seguro esse processo, acarretando muito trabalho aos funcionários bem como responsabilizações acrescidas. Funcionários esses que poderão, contudo, representar também o pico de um agregado de risco. A cadeia de contágio tende a expandir, pelo que considero impraticável a adoção das medidas de segurança necessárias durante a permanência de todos os professores, funcionários e de todos os alunos durante este funcionamento escolar em período letivo. Os WC, mesmo que em casa e na escola as crianças e adolescentes saibam quais são todas as recomendações necessárias, deparamo-nos com a questão da operacionalização na prática do cumprimento dessas medidas. Sabendo que o vírus pode entrar no nosso organismo através da boca, nariz e olhos, sendo o seu transporte passível por via aérea e tátil, não me parece possível que crianças, jovens e adultos que têm que tocar em fichas, maçanetas de portas, aparelhos eletrónicos, livros, papel e canetas, consigam fazer a gestão da desinfeção adequada de todos estes materiais, a todo o instante. Quando uma multidão se encontra como no caso da escola, esse é um procedimento que tenderá ao fracasso.

8.º – Mais uma vez, nesta petição, e, considerando o que aqui é referido, reitero que com a possibilidade à opção do ensino à distância bem como presencial, só teremos a beneficiar. É do conhecimento geral, que algumas famílias poderão dispor de familiares próximos ou os mesmos, para prestar auxílio aos seus educandos desde o pré-escolar, ensino básico, 2.º e 3.º ciclos, bem como o secundário, sabendo isso, poderão também dispor de pelo menos de um computador por aluno ou por casa, garantindo assim o complemento ao ensino à distância, em contexto atípico por consequência pandémica.

9.º – Mais se conclui que com a possibilidade da oportunidade das aulas em casa, ficam as turmas com maior probabilidade de gestão para um número mais reduzido de alunos por sala de aula, para quem não tenha possibilidade de ter os filhos em casa. Menos alunos por turma, presentes na escola, menor probabilidade de contágios em massa.

 Sabendo que as escolas estão atualmente mais sensibilizadas para um ensino inclusivo, deparamo-nos com outras questões também elas bastante possíveis de falhar, com o foco da atenção escolar nos cuidados de higiene não é difícil prever um acréscimo de casos que se descontrolam por falta de capacidade de resposta/atenção adequada a crianças e jovens com transtorno do espectro autista, perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA) e/ou dificuldades de aprendizagem. São crianças que necessitam de uma atenção e acompanhamento específicos, o que se torna ainda mais difícil de garantir quando aos profissionais da comunidade educativa é solicitado o cumprimento rigoroso de todas medidas, que são reconhecidamente necessárias para travar a propagação do vírus em contexto escolar;  Na creche e no pré-escolar, com bebés e crianças pequenas, que levam tudo à boca, algumas ainda

não percebem nem sabem lavar as mãos, não se higienizam após o uso do WC, o cumprimento das medidas necessárias torna-se também ainda mais difícil com a lotação esgotada por sala. A monitorização de todas as medidas de segurança necessárias no espaço exterior tenderá a ser igualmente impraticável pelo que a aproximação do outono e do inverno representa uma forte probabilidade de agravamento, onde inúmeras escolas não têm condições para agrupar alunos à vez no exterior por falta de espaço interior, comprometendo também aqui as medidas mínimas exigidas pela DGS. Sabemos que a exposição a situações de grande stress se vêm a desenvolver em altos níveis de ansiedade e trauma proveniente de uma situação não controlada pelos adultos e acabando por tornar-se assustadora para muitas crianças;

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