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17 DE OUTUBRO DE 2020

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18.º – Posto isto, em ponderação com as várias opções apresentadas bem como os benefícios, tanto sociais como económicos, resta reforçar que a não-aceitação da proposta da petição apresentada pode resultar negativamente da seguinte forma:

– Havendo ainda casos de COVID-19 em circulação, nas várias localidades do País, haverá com certeza um aumento significativo de contágio e de casos ativos, devido à concentração de alunos por turma e por recinto escolar;

– Serão de esperar baixas de professores; – Funcionários também terão que fazer a sua quarentena ou ficar de baixa; – Cumulativamente a isto, será de esperar mais internamentos hospitalares, cuidados intensivos e óbitos

associados, direta ou indiretamente, ao SARS-CoV-2; – Os alunos terão menos professores e funcionários e o ensino irá parecer uma montanha russa, de sai

da escola – volta à escola, comprometendo a tranquilidade necessária e o rigor para a assimilação dos conteúdos, levando provavelmente a um menor aproveitamento escolar;

– Famílias e familiares de risco COVID-19 e de não risco estarão mais expostos ao contágio; um crescimento exponencial de necessidade de acesso ao SNS pode levar a uma entropia dos recursos hospitalares, humanos e materiais, tornando muito difícil dar resposta adequada a todas as situações;

– Os próprios profissionais de saúde não estão imunes à situação tendo também eles de recorrer a baixas médicas;

– Este cenário não augura nada de bom para económica do País irá não é difícil imaginar que parente tal situação haja um rumo negativo no âmbito do setor da saúde, que porventura necessitará de mais profissionais de saúde disponíveis e equipamentos necessários ao controlo e tratamento da doença, podendo essa situação voltar a comprometer a capacidade de reposta do SNS a todos os sectores necessários;

– A população que anteriormente podia criar um cerco mais seguro quanto à exposição à doença e respetivos danos, deixa de o poder fazer;

– É do conhecimento mundial, divulgações da OMS, que há sequelas da doença COVID-19 ainda em estudo, registadas em inúmeras pessoas, sejam previamente consideradas clinicamente saudáveis ou não;

– Teremos consequentemente uma população mais doente, presa a medicamentos e menos ativa/funcional profissionalmente;

– Teremos crianças a serem submetidas a um contexto de stress nas escolas e em contexto familiar aquando de um surto, stress que se pode minimizar criando um contexto de equilíbrio e tranquilidade perante uma situação tão atípica e sem precedentes na história da humanidade, como esta que estamos a viver. Não será possível pôr tantas medidas em prática, e de forma adequada, em simultâneo com o habitual número de alunos a frequentarem os estabelecimentos de ensino nem poupar as crianças e jovens do stress que esta situação representa. A culpa e responsabilidade sentida, em algumas a partir de determinada faixa etária, é outra realidade que existe, pela possibilidade de a ida à escola pôr em risco algum familiar que possa vir a padecer da doença ou a falecer9;

– Nestas circunstâncias a socialização das crianças, em contexto escolar, fica também comprometida. Mesmo sendo estas medidas muito rigorosas e exemplares, além de não serem suficientes para garantir um cenário caótico de contágios, comprometem o bem-estar emocional das crianças, que apesar de terem uma capacidade extraordinária de adaptação a vários cenários estarão constantemente sujeitas ao stress sentido pelos adultos responsáveis por elas, quer sejam os familiares/cuidadores, particularmente e com mais probabilidade os que fazem parte da população de risco COVID-19, quer sejam os profissionais ativos nos estabelecimentos de ensino. Pelo que há que acautelar e sensibilizar a sociedade para a importância da socialização, mas a mesma deve ocorrer em contextos que permitam ser psicologicamente saudáveis, o que não se compatibiliza de todo atualmente com o contexto escolar nas circunstâncias atuais;

– «Socializar» num contexto de tensão constante e de regras restritas a esse nível pode levar a um agravamento de situações de desequilíbrio psicoafectivo que se pretendem evitar ou ainda criar traumas que poderiam perfeitamente ser evitados;

– Não precisamos de colocar um registo de dificuldades acrescidas e de culpas e outras frustrações desnecessárias no processo de construção da personalidade dos nossos jovens, crianças e adolescentes;

9 file:///C:/Users/minni/Downloads/54998-Texto-do-artigo-751375207107-4-10-20200901.pdf.

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