O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 10

4

saudoso Joaquim Agostinho foi mais longe ao ser segundo e terceiro na Vuelta e no Tour, respetivamente.

Mas pese embora o mediatismo de que o feito de João Almeida foi alvo, e bem, também outro jovem

ciclista português deu cartas no Giro. Trata-se de Ruben Guerreiro, vencedor da classificação da montanha

italiana, a primeira camisola conquistada por um português, numa das grandes voltas, e da 9.ª etapa da prova.

Trinta e um ano depois, um ciclista português voltou, assim, a vencer uma das quatro classificações

principais de uma grande volta, um feito que merece ser destacado, especialmente porque foi a primeira vez

que um atleta luso conseguiu conquistar o prémio da montanha, uma prova de elevada exigência física.

Neste dia, que é de felicidade, a Assembleia da República, reunida em Plenário, vem assim, com grande

satisfação, congratular o esforço levado a cabo por estes dois ciclistas, que lhes permitiu levar o nome de

Portugal mais além no ciclismo mundial.

Palácio de São Bento, 26 de outubro de 2020.

O Deputado do CH, André Ventura.

———

PROJETO DE VOTO N.º 365/XIV/2.ª

DE PESAR PELO HOMICÍDIO DO PROFESSOR SAMUEL PATY

Na passada sexta-feira, dia 16 de outubro, o professor Samuel Paty foi assassinado junto ao colégio, nos

subúrbios de Paris, onde ensinava História e Geografia. O ataque, alegadamente levado a cabo por um jovem

de origem chechena, foi mais um episódio do radicalismo islâmico na Europa com comportamentos que são

incompatíveis com as exigências de um Estado democrático.

O ataque terá acontecido apenas porque, em contexto de aula, numa discussão sobre a liberdade de

expressão, foi abordada a questão dos cartoons do profeta Maomé que, no passado, estiveram na origem de

atos de violência e de extenso debate público em França e por todo o mundo.

Este atentado terrorista veio, mais uma vez, procurar, através do terror e da violência sobre inocentes,

abalar os valores da liberdade religiosa, da liberdade de expressão e afetar as bases da democracia e do

Estado de direito. Não podemos deixar de salientar que a separação entre o Estado e a religião, o respeito

pelas diferenças e pelas culturas, são valores em que se alicerçam as sociedades democráticas europeias.

Tal como referiu o Presidente Emmanuel Macron, o professor Paty foi morto porque «encarnou valores da

República, como o laicismo», acrescentando que a França não cederá a este tipo de ataques.

Samuel Paty que, a título póstumo, recebeu a Legião de Honra, a mais importante condecoração francesa

passou a encarnar, segundo o Presidente francês, «a cara da luta pela liberdade e razão», uma luta que

Macron diz que continuará em seu nome «porque é mais necessária que nunca».

Assim, a Assembleia da República exprime o seu mais profundo pesar pelo assassínio do professor

Samuel Paty, exprimindo os seus sentimentos à sua família, amigos e alunos, manifesta a solidariedade com a

França e com o povo francês e condena mais este ataque terrorista contra alguém que ensinava os valores da

liberdade de expressão e da tolerância religiosa.

Palácio de São Bento, 22 de outubro de 2020.

Os Deputados do PSD: Carlos Alberto Gonçalves — Catarina Rocha Ferreira — Nuno Miguel Carvalho —

Eduardo Teixeira — José Cesário — Isabel Meireles — Pedro Roque.

———

Páginas Relacionadas
Página 0009:
31 DE OUTUBRO DE 2020 9 Assembleia da República, 27 de outubro de 2020.
Pág.Página 9