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II SÉRIE-B — NÚMERO 10

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Manuel de Jesus Ferreira, 39 anos, luso-venezuelano, filho de pais madeirenses, naturais de Câmara dos

Lobos, morto ao tentar proteger alguns paroquianos de um grupo de assaltantes, segundo testemunha que

estava, naquele momento, na igreja de San Juan Bautista, em San Carlos, Estado de Cojedes, na Venezuela.

O padre José Manuel de Jesús Ferreira viveu cerca de dez anos em Mariara, no Estado de Carabobo,

depois foi transferido para a cidade de San Carlos, onde foi responsável por várias paróquias.

O Grupo Parlamentar do PS acompanha atentamente e com grande preocupação esta grave situação que

vive o povo da Venezuela e toda a comunidade portuguesa residente naquele país, manifestando suas

condolências à família do padre José Manuel de Jesús Ferreira, bem como a todas as famílias das vítimas de

violência na Venezuela, lamentando, ainda, profundamente, que tal situação tenha-se agravado nos últimos

anos.

Assim, a Assembleia da República manifesta sua preocupação com a grave situação que atravessa a

Venezuela e transmitir o seu pesar e condolências à família do padre José Manuel de Jesús Ferreira e aos

seus paroquianos, bem como às famílias das vítimas da violência na Venezuela.

Palácio de São Bento, 27 de outubro de 2020.

Os Deputados do PS: Paulo Porto — Paulo Pisco — Lara Martinho — Marta Freitas — Romualda

Fernandes — Pedro Cegonho — Cristina Mendes da Silva — Santinho Pacheco — Francisco Rocha — João

Miguel Nicolau — Olavo Câmara — Telma Guerreiro — Susana Correia — Nuno Fazenda — Palmira Maciel

— Fernando Paulo Ferreira — Ana Maria Silva — Alexandra Tavares de Moura — Sílvia Torres — José

Manuel Carpinteira — Cristina Sousa — Lúcia Araújo Silva — Anabela Rodrigues — Clarisse Campos — Ana

Passos — Maria Joaquina Matos — Jorge Gomes — Vera Braz — João Azevedo Castro — Pedro Sousa —

Filipe Pacheco — Norberto Patinho — Rita Borges Madeira — Sofia Araújo — Ricardo Pinheiro — Bruno

Aragão.

———

PROJETO DE VOTO N.º 371/XIV/2.ª

DE PESAR PELO ASSASSINATO DE SAMUEL PATY

Samuel Paty, professor de História e Geografia, de 47 anos, foi decapitado, no passado dia 16 de outubro,

em plena via pública em Conflans-Sainte-Honorine, um subúrbio da região parisiense, por ter mostrado

caricaturas do Profeta Maomé, no âmbito de uma aula sobre liberdade de expressão.

Este ato hediondo constitui mais um ataque à laicidade, à segurança e à liberdade, na senda de outros

ataques que têm assolado a França nos últimos anos, mas desta vez num contexto escolar que se quer livre,

plural e democrático, formador de uma geração pacífica, tolerante e consciente da importância dos direitos

humanos.

A liberdade de expressão e de pensamento são valores universais que defendemos, dos quais não

abdicamos e que sempre protegeremos. Com eles, nos defendemos a todas e a todos contra quem quer

atacar as nossas liberdades, lançando o terror e o medo. É reafirmando os nossos direitos, os nossos valores,

o Estado de direito que afirmamos que não nos vencerão.

Quem semeia o terror quer lançar a pretensa existência de um conflito de culturas, de um mundo dividido,

quer atacar os nossos valores de inclusão e solidariedade. Aceitar esta visão dicotómica é permitir que as

ideias do terror dividam as nossas sociedades. Não o permitiremos.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu mais profundo pesar pelo

assassinato de Samuel Paty, transmitindo as suas condolências aos seus familiares, amigos e alunos, e

fazendo votos para que os valores da paz, da liberdade, da democracia, da liberdade de expressão e da

tolerância intercultural e religiosa se sobreponham à repressão, à divisão e à islamofobia.

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