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II SÉRIE-B — NÚMERO 14

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armadas em Cabo Delgado já tenham provocado cerca de 2 mil mortos e mais de 300 mil deslocações

forçadas, sem que sejam vislumbradas quaisquer soluções efetivas que permitam pôr termo ao clima de

violência que dura desde 2017.

Por isso mesmo, a instabilidade em Moçambique deve merecer a mais urgente atenção da comunidade

internacional, com vista a apoiar o governo e as demais autoridades moçambicanas através de todos os meios

que possibilitem a segurança e a paz dos seus povos.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena os ataques perpetrados contra as

populações da província de Cabo Delgado, em particular aquele que recentemente vitimou centenas de

homens, mulheres e crianças das vilas de Muatide e Nanjaba, apelando para uma resolução concertada que

leve à paz do povo moçambicano.

Assembleia da República, 16 de novembro de 2020.

As Deputadas e os Deputados do BE: Pedro Filipe Soares — Alexandra Vieira — Beatriz Gomes Dias —

Mariana Mortágua — Jorge Costa — Fabíola Cardoso — Isabel Pires — Joana Mortágua — João Vasconcelos

— José Manuel Pureza — José Maria Cardoso — José Moura Soeiro — Luís Monteiro — Maria Manuel Rola

— Moisés Ferreira — Nelson Peralta — Ricardo Vicente — Sandra Cunha — Catarina Martins.

———

PROJETO DE VOTO N.º 396/XIV/2.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE GONÇALO RIBEIRO TELLES

Faleceu no passado dia 11 de novembro, em Lisboa, aos 98 anos Gonçalo Pereira Ribeiro Telles,

personalidade pioneira da arquitetura paisagista em Portugal e antigo líder do Partido Popular Monárquico.

Gonçalo Ribeiro Telles nasceu em Lisboa a 25 de maio de 1922, licenciou-se em Engenharia Agrónoma e

terminou o Curso Livre de Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica

de Lisboa.

Ilustre ambientalista, na sua área profissional destacam-se o Corredor Verde de Monsanto e os jardins da

Fundação Calouste Gulbenkian, pelo qual foi galardoado com o Prémio Valmor de 1975. Destacam-se

também o Vale de Alcântara, a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, e a Integração na

Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.

Em 2013 recebeu o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, o mais relevante galardão internacional na área da

arquitetura paisagista.

Gonçalo Ribeiro Telles foi também um destacado político e ativista cívico, tendo começado a intervir na

sociedade ainda durante o Estado Novo, integrando a Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil da

Ação Católica Portuguesa.

Posteriormente, integrou a Comissão Eleitoral Monárquica, que integrou a coligação Comissão Eleitoral de

Unidade Democrática, que concorreu nas eleições de 1969.

Após a instauração da democracia, fundou e presidiu ao Partido Popular Monárquico, pelo qual foi

Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma

pasta, no I Governo Constitucional.

Em 1979, juntamente com Francisco Sá Carneiro e Freitas do Amaral formam a Aliança Democrática,

tendo sido eleito Deputado à Assembleia da República em 1979, 1980 e 1983, tendo sido Ministro de Estado e

da Qualidade de Vida entre 1981 e 1983.

Após sair do PPM em 1984, criou o Movimento Alfacinha, pelo qual foi eleito vereador à Câmara Municipal

de Lisboa.

Voltou a ser eleito Deputado em 1985, mas desta vez como como independente, eleito nas listas do Partido

Socialista.

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