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II SÉRIE-B — NÚMERO 23

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espera uma quebra de conectividade fluvial.

5 – A eletricidade produzida na barragem seria caríssima. O Estado propor-se-á a pagar 0,90 euros por

megawatt/hora ao invés de custear 0,45 euros, uma tarifa garantida com um regime de licenciamento agilizado

como o que existe para os parques eólicos. Tal medida apenas beneficia o investidor e não os contribuintes.

6 – Foi uma empresa privada que ganhou o direito de fazer o investimento, apesar de existirem fortes

oposições de poderes municipais envolvidos. Portugal só perde com isto!

7 – Esta barragem constitui mais uma ameaça para o Interior, uma região de Portugal já extremamente

afetada e fragilizada por uma desertificação acentuada, incêndios florestais devastadores como os de 2017, e

mais recentemente a ameaça da exploração de lítio. Chega de uma mentalidade de extração para a nossa

região.

Exigimos uma estratégia de valorização e não de delapidação dos recursos!

8 – Preocupamo-nos com a herança que vamos poder deixar aos nossos filhos e netos. As gerações

vindouras têm o direito ao mesmo mundo de biodiversidade tal e qual nós o conhecemos.

9 – O nosso microclima ir-se-ia modificar drasticamente. A barragem iria aumentar enormemente a superfície

da água e os níveis de humidade iriam sofrer um acréscimo, com nevoeiros matinais diários, o que iria ter um

impacto nefasto sobre a produção de azeite e outras culturas. Temos muitas oliveiras em Meda de Mouros e

arredores, fatores de extrema importância para a subsistência dos pequenos agricultores da zona.

10 – Meda de Mouros é agora uma mancha verde no meio de uma área que ardeu por completo em 2017.

Urge manter a pouca natureza intacta que temos e nós propomo-nos a protegê-la com todos os meios ao nosso

alcance.

O projeto desta barragem em específico, pretendia em 2010, reforçar a conformidade do Estado português

no que dizia respeito ao Protocolo de Quioto. Ora, o objetivo de Portugal de atingir 31% de energias renováveis

consumidas em 2020 já foi alcançado. De acordo com a REN, em janeiro deste ano, as fontes de energia

renovável contribuíram com 68,17% do total da geração de eletricidade. Neste contexto, a construção de uma

hídrica no rio Alva está desprovida de qualquer sentido.

Juntos podemos: salvar o nosso rio com os seus habitantes, toda uma vegetação ribeirinha e 11 edifícios

antigos/ocorrências patrimoniais, dos quais 10 iriam ficar submersos!

Data de entrada na Assembleia da República: 2 de dezembro de 2020.

Primeiro peticionário: Maria José das Neves Fernandes Silva.

Nota: Desta petição foram subscritores 4793 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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