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II SÉRIE-B — NÚMERO 62

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cofundador do Centro Cultural de Cinema.

Em 1958, com Alçada Baptista e Bénard da Costa, integra o projeto editorial da Morais, onde cria e dirige a

coleção Círculo de Poesia. Em 1963, no âmbito do projeto editorial da Moraes, fundam a revista O Tempo e o

Modo, – publicação que constituiu um marco da critica social, cultural e política no horizonte epocal da ditadura.

Tamen será diretor literário da Moraes até 1975, altura em que integra o conselho de administração da

Fundação Gulbenkian, onde permanece até 2000. Entre 1988-91 foi Presidente do Pen Club Português.

A tradução – esse vício, como o denominava – esteve sempre presente, tendo traduzido de forma exímia

dezenas de autores de renome mundial: Georges Bataille, Mario Vargas Llosa, Gabriel García Márquez, Camilo

José Cela, Michel Foucault, André Breton, Gustave Flaubert ou Marcel Proust (com destaque para a

emblemática tradução dos sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido), entre tantos outros.

Mas é na poesia que a sua singularidade se afirma, que o seu cunho individual se revela. A sua obra poética

inicia-se em 1956, posicionando-se, desde logo, de modo próprio no panorama nacional, ao arrepio de

tendências. A sua poesia situa-se num horizonte estético intemporal, cuidado na atenção clássica ao equilíbrio,

às regras da harmonia e do belo, ao rigor na contenção expressiva.

A sua obra foi reconhecida em Portugal e no estrangeiro com a atribuição de inúmeros prémios literários e

em 1993 foi condecorado com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Mário

Soares.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República presta a sua homenagem à memória e obra

literária de Pedro Tamen, endereçando as suas sentidas condolências à família e amigos.

Palácio de São Bento, 4 de agosto de 2021.

Os Deputados do PS: Rosário Gambôa — Pedro Delgado Alves — Alexandre Quintanilha — Fernando Paulo

Ferreira — Palmira Maciel — Francisco Rocha — Cristina Mendes da Silva — Lúcia Araújo Silva — Anabela

Rodrigues — Miguel Matos — Marta Freitas — Elza Pais — José Manuel Carpinteira — Sílvia Torres —

Fernando José — Telma Guerreiro — Paulo Pisco — Clarisse Campos — João Miguel Nicolau — Ana Passos

— Cristina Sousa — Francisco Pereira Oliveira — Nuno Fazenda — Susana Amador — Maria Joaquina Matos

— José Rui Cruz — Rita Borges Madeira — Romualda Fernandes — Martina Jesus — Joaquim Barreto — André

Pinotes Batista — Filipe Pacheco — Ivan Gonçalves — Vera Braz — Olavo Câmara — Eurídice Pereira — Jorge

Gomes — Sofia Araújo — Maria da Graça Reis — Pedro Sousa — Norberto Patinho — Luís Capoulas Santos.

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PROJETO DE VOTO N.º 659/XIV/2.ª DE CONGRATULAÇÃO PELO 30.º ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DA UCRÂNIA

No dia 24 de agosto de 2021, a Ucrânia celebra 30 anos como Estado soberano e independente. A

proclamação da independência da Ucrânia constituiu um marco histórico de inegável relevância para o povo

ucraniano – que reconquistou o seu Estado soberano, a sua identidade e cultura nacional – mas também para

a Europa e para o mundo, ao estabelecer-se uma nova nação com livre assento no conserto entre as nações,

tornando-se um membro de pleno direito da comunidade internacional.

Estas três décadas de independência nacional foram assinaladas pelo desenvolvimento económico, cultural,

social e político da sociedade ucraniana e nomeadamente, depois de 2014, pelo assumir da identidade

democrática do regime e instituições da Ucrânia, iniciando-se um conjunto relevante de reformas tendentes a

garantir o funcionamento pleno de um Estado de direito democrático e soberano, livre de ingerências externas

e de pendor europeu.

Por ocasião do 30.º Aniversário da Independência da Ucrânia, a Assembleia da República reconhece e saúda

o caminho de liberdades e garantias cívicas e políticas, de direitos e de emancipação que a sociedade e o povo

ucraniano defendem e conquistaram já, assim como o respeito pela soberania absoluta do povo ucraniano em

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