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II SÉRIE-B — NÚMERO 3

20

Partido Socialista nas VI, VII, VIII e IX Legislaturas que Joel Hasse Ferreira se reafirmou como um dos mais

brilhantes parlamentares da sua geração.

A sua frontalidade, lealdade e força na defesa das causas que abraçou sempre foram acompanhadas pelo

respeito pelos seus opositores, o que lhe permitiu granjear amizades e conquistar a admiração de todos. O

falecimento de Joel Eduardo Neves Hasse Ferreira constitui uma perda irreparável para o País, para o nosso

regime democrático, para os seus muitos amigos próximos e, sobretudo, para a sua família.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, evoca a memória de Joel Eduardo Neves

Hasse Ferreira e apresenta à sua família as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 6 de abril de 2022.

As Deputadas e os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Susana Amador — Eurídice Pereira — Pedro

Delgado Alves — Pedro Cegonho — Lúcia Araújo da Silva — Francisco Pereira de Oliveira — Hugo Pires —

Maria Antónia de Almeida Santos — Susana Correia — Clarisse Campos — Alexandra Leitão — Cristina Mendes

da Silva — Ana Isabel Santos — Sara Velez — Dora Brandão — Ricardo Lima — Luís Capoulas Santos —

Tiago Brandão Rodrigues — Miguel Matos — João Paulo Rebelo — José Rui Cruz — Palmira Maciel — Patrícia

Faro — Vera Braz — Mara Lagriminha Coelho — João Pedro Matos Fernandes — João Miguel Nicolau —

Nelson Brito — Luís Graça — Ricardo Pinheiro — Marta Freitas — Norberto Patinho — Francisco Rocha —

Alexandra Tavares de Moura — Rita Borges Madeira — Raquel Ferreira — Nuno Fazenda — Fernando José —

Romualda Nunes Fernandes — Fátima Correia Pinto — Agostinho Santa — Cristina Sousa — Anabela

Rodrigues — Jorge Seguro Sanches.

———

PROJETO DE VOTO N.º 25/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JORGE SILVA MELO

Faleceu, no dia 14 de março de 2022, o encenador, dramaturgo e cineasta Jorge Silva Melo, figura

proeminente da cultura portuguesa, que marcou de forma perene o teatro e o cinema.

Jorge Silva Melo iniciou estudos em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,

onde integrou o grupo de teatro. Em 1969, enquanto bolseiro da Fundação Gulbenkian, parte para Inglaterra,

diplomando-se em realização na London Film School.

De regresso a Portugal, funda com Luís Miguel Cintra o Teatro da Cornucópia (1973), onde foi ator e

encenador. Sete anos depois, deixa a companhia teatral e vai estagiar para Berlim e depois para Milão, sendo,

respetivamente, discípulo de Peter Stein e Giorgio Strehler. De novo em Portugal, em 1995 funda a Artistas

Unidos, companhia que dirigia à atualidade e da qual era encenador.

Dramaturgo genial, foi autor de diversas peças, entre as quais, Seis Rapazes Três Raparigas, António, Um

Rapaz de Lisboa, Eu Não Quero Viver, O Navio dos Negros, e ainda do libreto de Le Château dês Carpathes,

de Philippe Hersant.

No cinema, depois da colaboração com João César Monteiro, Paulo Rocha, António-Pedro Vasconcelos e

Alberto Seixas Santos, estreia-se como realizador em 1980, com o filme Passagem – Ou a Meio Caminho.

Realizou diversas longas-metragens, bem como documentários dedicados a artistas (Álvaro Lapa, Skapinakis,

Ângelo de Sousa e Fernando Lemos). Entre as peças em palco e os Livrinhos de Teatro, editados pela Artistas

Unidos, Silva Melo apostou permanentemente em jovens atores, revelando e encenando autores

contemporâneos.

Foi agraciado com a Ordem da Liberdade em 2004, em 2020, recebeu o Prémio D. Diniz, da Casa de Mateus,

foi homenageado com a Medalha de Mérito Cultural em dezembro 2021, e tornou-se doutor honoriscausa pela

Universidade de Lisboa, em abril desse mesmo ano.

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