O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE ABRIL DE 2022

23

Matos Fernandes — Agostinho Santa — Mara Lagriminha Coelho — Patrícia Faro — Eduardo Alves — Norberto

Patinho — Tiago Brandão Rodrigues — Alexandra Tavares de Moura — Nelson Brito — Anabela Rodrigues —

Ricardo Pinheiro — Tiago Monteiro — Paula Reis — Dora Brandão — Eunice Pratas — Marta Freitas — Miguel

Matos — Cristina Sousa — Luís Graça — Vera Braz — Romualda Nunes Fernandes — João Miguel Nicolau —

Francisco Pereira de Oliveira — André Pinotes Batista.

———

PROJETO DE VOTO N.º 28/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE AMÉLIA CAVALEIRO MONTEIRO ANDRADE DE AZEVEDO

Amélia Cavaleiro Monteiro Andrade de Azevedo faleceu no dia 25 de janeiro de 2022, aos 92 anos.

Natural de Tabuaço, Viseu, concluiu, com elevada classificação, a licenciatura e o mestrado em direito na

Universidade de Coimbra.

Amélia de Azevedo deve ser lembrada, acima de tudo, como uma defensora convicta e empenhada dos

valores da democracia e da social-democracia.

Antes do 25 de Abril, participou ativamente no grupo de católicos que se constituiu para apoiar o Bispo do

Porto, D. António Ferreira Gomes, impedido de regressar ao seu País e assim condenado ao exílio que havia

de durar cerca de dez anos.

A ação deste grupo teve uma grande repercussão a nível do Porto, mas acabou por ganhar igual relevo a

nível nacional, através da participação relevante em iniciativas, como a da ala liberal e da SEDES, que tinham

o objetivo de promover a instauração da democracia em Portugal.

Após o 25 de Abril, foi uma das fundadoras do Partido Social Democrata e do Sindicato dos Professores da

Zona Norte, a cuja Assembleia Geral presidiu durante vários anos.

Exerceu funções como professora de direito comercial no Instituto Superior de Contabilidade e Administração

do Porto e no Instituto de Serviço Social do Porto.

Na sua atividade política, foi Deputada à Assembleia Constituinte de 1975, na primeira vez que as mulheres

puderam votar e ser eleitas.

Posteriormente, foi Deputada do PSD na I, II, III e IV Legislaturas, eleita sempre pelo círculo do Porto.

Empenhou-se particularmente nas matérias da educação e nas respeitantes aos direitos das mulheres.

No exercício dos mandatos parlamentares, foi Secretária da Mesa da Assembleia, Presidente da Comissão

de Educação, Ciência e Cultura, e presidente do Conselho Nacional de Alfabetização e Educação Básica de

Adultos.

No plano internacional, fez parte da delegação portuguesa à Assembleia dos Parlamentares da NATO e da

delegação portuguesa ao Conselho da Europa. Nesta última, onde esteve de 1979 a 1987, foi Vice-Presidente

da Comissão de Educação e Cultura.

Em 1987, acompanhou o marido – o também Deputado constituinte Amândio de Azevedo -, entretanto

nomeado Embaixador das Comunidades Europeias em Brasília.

Seis anos mais tarde, no regresso a Portugal, retomou as funções como professora do ISCAP, até se

reformar.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária no dia 13 de abril, aprova um voto de pesar pela

morte de Amélia de Azevedo e apresenta sentidas condolências à sua família e a todos os que sentem

profundamente a sua ausência.

Assembleia da República, 8 de abril de 2022.

Os Deputados do PSD: Paulo Mota Pinto — Adão Silva — Afonso Oliveira — Alexandre Poço — Alexandre

Simões — André Coelho Lima — Andreia Neto — António Maló de Abreu — António Prôa — Artur Soveral

Andrade — Bruno Coimbra — Carla Madureira — Carlos Cação — Carlos Eduardo Reis — Catarina Rocha

Ferreira — Clara Marques Mendes — Cláudia André — Cláudia Bento — Cristiana Ferreira — Duarte Pacheco

Páginas Relacionadas
Página 0022:
II SÉRIE-B — NÚMERO 3 22 Fonseca — Joaquim Pinto Moreira — João Marqu
Pág.Página 22