O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Página 1

Sábado, 25 de junho de 2022 II Série-B — Número 17

XV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2022-2023)

S U M Á R I O

Voto n.º 62/2022: De condenação das atrocidades cometidas pela Junta Militar do Myanmar contra a comunidade lusodescendente Bayingyi. Projetos de Voto (n.os 88 e 101 a 108/XV/1.ª): N.º 88/XV/1.ª (De condenação das atrocidades cometidas pela Junta Militar do Myanmar contra a comunidade lusodescendente Bayingyi): — Alteração do texto inicial do projeto de voto. N.º 101/XV/1.ª (PS) — De saudação ao Dia Mundial do Refugiado. N.º 102/XV/1.ª (PSD) — De saudação ao Dia Mundial dos Refugiados. N.º 103/XV/1.ª (Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto e subscrito por uma Deputada do PSD) — De congratulação à Orquestra Sem Fronteiras pela atribuição do Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude 2022. N.º 104/XV/1.ª (PS) — De congratulação pela escolha da

Região do Douro para «Cidade Europeia do Vinho 2023». N.º 105/XV/1.ª (PAR e subscrito por Deputados do PS, do PSD, do CH, do IL, do PCP, do BE e do PAN) — De saudação pelo Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso. N.º 106/XV/1.ª (PS) — De pesar pela morte de Sara Barros, vítima de violência doméstica. N.º 107/XV/1.ª (PSD) — De congratulação pela escolha do «Douro» como Cidade Europeia do Vinho 2023. N.º 108/XV/1.ª (PAN) — De pesar pelas vítimas de violência doméstica. Petições (n.os 12 e 26/XV/1.ª): N.º 12/XV/1.ª (Criação do Dia Nacional dos Jardins/25 de maio): — Relatório final da Comissão de Ambiente e Energia. N.º 26/XV/1.ª (STEC – Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD) — Contabilização na carreira dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos dos anos de 2013 a 2016.

Página 2

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

2

VOTO N.º 62/2022

DE CONDENAÇÃO DAS ATROCIDADES COMETIDAS PELA JUNTA MILITAR DO MYANMAR

CONTRA A COMUNIDADE LUSODESCENDENTE BAYINGYI

A Assembleia da República condena veementemente os ataques perpetrados contra a comunidade Bayingyi,

no Myanmar, e expressa o seu apoio a todas as iniciativas do Governo e da comunidade internacional no sentido

do apuramento e da investigação de eventuais crimes contra a humanidade e da proteção das minorias

históricas do país.

Apreciado e votado na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas em 21 junho de

2022.

Nota: Aprovado, com votos a favor do PS, do PSD, do CH e do IL, tendo-se registado a ausência do BE e do

PCP.

———

PROJETO DE VOTO N.º 88/XV/1.ª (*)

(DE CONDENAÇÃO DAS ATROCIDADES COMETIDAS PELA JUNTA MILITAR DO MYANMAR

CONTRA A COMUNIDADE LUSODESCENDENTE BAYINGYI)

No último mês de maio, a Junta Militar do Myanmar iniciou uma ofensiva sobre o norte do país, tendo como

um dos seus alvos a minoria lusodescendente Bayingyi. Alegando ações antiterroristas, a Junta Militar tem

atacado várias minorias no país desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, que depôs um governo

democraticamente eleito e despertou uma onda de protestos e resistência armada pelo país. Desde então, a

escalada de violência no Myanmar tem feito várias vítimas, entre as quais a comunidade lusodescendente no

país, que viu muitas das suas aldeias na região do Sagaing arder pela mão do exército, conforme relatado no

sítio oficial de José Ramos-Horta. Esta ofensiva foi também denunciada, em comunicado, pela Associação

Internacional dos Lusodescendentes e enquadra-se nas várias notícias que têm saído na imprensa nacional e

internacional a violência do novo regime militar no Myanmar. A imprensa católica regional, como a Union of

Catholic Asian News ou o Malaysia Herald, tem realçado os ataques à comunidade Bayingyi em particular, sendo

esta uma das várias minorias católicas presentes no país.

Para além dos ataques mais recentes, o Myanmar já apresentava vários problemas na ordem dos direitos

humanos. Foi durante o breve período de tentativa de democratização do país que a minoria muçulmana

Rohingya foi alvo de uma prolongada campanha genocida por parte do exército, condenada pela ONU, com a

conivência do anterior Governo eleito. Com a tomada do poder do exército em 2021, espera-se que as

campanhas contra as várias minorias do país continuem a intensificar-se. Cabendo ao Governo o

acompanhamento das comunidades portuguesas e lusodescendentes, é urgente tomar as diligências

necessárias junto da comunidade internacional para promover a pacificação interna do Myanmar e a proteção

da minoria Bayingyi.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena veementemente os ataques perpetrados

contra a comunidade Bayingyi no Myanmar e expressa o seu apoio a todas as iniciativas do Governo e da

comunidade internacional no sentido do apuramento e da investigação de eventuais crimes contra a humanidade

e da proteção das minorias históricas do país.

Palácio de São Bento, 21 de junho de 2022.

Página 3

25 DE JUNHO DE 2022

3

Os Deputados do IL: Rodrigo Saraiva — Bernardo Blanco — Carla Castro — Carlos Guimarães Pinto —

Joana Cordeiro — João Cotrim Figueiredo — Patrícia Gilvaz — Rui Rocha.

(*) O texto inicial foi publicado no DAR II Série-B n.º 15 (2022.06.11) e foi substituído a pedido do autor em 21 de junho de 2022.

———

PROJETO DE VOTO N.º 101/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO AO DIA MUNDIAL DO REFUGIADO

O Dia Mundial do Refugiado é celebrado anualmente a 20 de junho, com o objetivo de afirmar o dever de

proteção perante todos os que tiveram de fugir à guerra, perseguições ou a cenários de terror, e também os que

por qualquer outra razão como a raça, religião, nacionalidade, pertença a um grupo social particular ou com

opinião política, foram forçados a deslocar-se para outra região que não a sua.

Em 2022, o tema do Dia Mundial do Refugiado é «seja quem for, seja quando for, seja onde for: Todas as

pessoas têm direito a buscar proteção». O desafio coletivo da criação de uma cultura de refugiados com elevado

standard de proteção com especial enfoque nas crianças e mulheres refugiadas, e capacidade de atuação eficaz

sobre as violações sistemáticas aos direitos humanos de onde se destaca o tráfico de seres humanos, é assim

premente e fundamental.

De acordo com os últimos dados do relatório do ACNUR «Tendências Globais» o número de pessoas

forçadas a fugir de conflitos, violências, violação de direitos humanos e perseguições ultrapassou, pela primeira

vez, a marca de 100 milhões, impulsionado pela guerra na Ucrânia que já gerou mais de 8 milhões de

deslocações forçadas e outros conflitos violentos a decorrer em diversas regiões do globo como a Etiópia,

Burkina Faso, Myanmar, Nigéria, Afeganistão e República Democrática do Congo. Em 2021, o número de

pessoas refugiadas cresceu para 27,1 milhões.

O Alto-Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi fez mesmo um apelo: «ou a comunidade

internacional se une para enfrentar esta tragédia humana, resolver conflitos e encontrar soluções duráveis, ou

esta tendência terrível continuará». Ainda assim, o relatório «Tendências Globais» traz alguns sinais de

esperança. O número de repatriamentos voluntários entre pessoas refugiadas e deslocadas internamente

cresceu em 2021, retornando aos níveis anteriores à pandemia de COVID-19, com uma subida de 71% da

repatriação voluntária.

Como defende o ACNUR, temos que buscar acima de tudo soluções estruturais que passam pela prevenção

dos conflitos, supervisão internacional permanente, pela condenação das violações perpetradas e pela

assistência ao desenvolvimento.

Assim, a Assembleia da República saúda o assinalar do Dia Mundial do Refugiado e reafirma o seu

compromisso de continuar a pugnar por um dever de cuidado para com os refugiados, em particular para com

as crianças e mulheres refugiadas, assente nos valores da solidariedade e humanismo que nos forjam,

reiterando a defesa intransigente dos direitos expressos na Convenção de Genebra de 1951, relativa ao Estatuto

dos Refugiados e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Palácio de São Bento, 20 de junho de 2022.

As Deputadas e os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Susana Amador — Pedro Delgado Alves —

Alexandre Quintanilha — Maria Antónia de Almeida Santos — Edite Estrela — Berta Nunes — Isabel Alves

Moreira — Romualda Nunes Fernandes — Alexandra Leitão — Joana Sá Pereira — Patrícia Faro — Paula Reis

— Isabel Guerreiro — Raquel Ferreira — Eurídice Pereira — Miguel Matos — Francisco Rocha — Pedro

Cegonho — João Miguel Nicolau — Eduardo Oliveira — Tiago Barbosa Ribeiro — Luís Graça — Maria Begonha

— Mara Lagriminha Coelho — Fernando José — Hugo Costa — João Pedro Matos Fernandes — Fátima Correia

Pinto — Agostinho Santa — Tiago Brandão Rodrigues — João Azevedo Castro — Sérgio Ávila — Sara Velez

Página 4

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

4

— Susana Correia — Gilberto Anjos — Lúcia Araújo da Silva — Dora Brandão — Irene Costa — Eunice Pratas

— Ricardo Lima — Nuno Fazenda — Anabela Real — Alexandra Tavares de Moura — José Carlos Alexandrino

— Clarisse Campos — Maria João Castro — Cláudia Avelar Santos — Cristina Sousa — Carla Sousa — Tiago

Soares Monteiro — Rita Borges Madeira — Jorge Gabriel Martins — Palmira Maciel — Salvador Formiga —

Cristina Mendes da Silva — António Pedro Faria — Pedro Anastácio — Jorge Botelho — Nelson Brito —

Norberto Patinho — Ricardo Pinheiro — Natália Oliveira — José Rui Cruz — Ana Isabel Santos — Pompeu

Martins — Francisco Pereira de Oliveira — Joaquim Barreto — Paulo Marques — Marta Freitas — Miguel

Iglésias — Rosário Gambôa — Paulo Pisco — João Paulo Rebelo — Pedro Coimbra — André Pinotes Batista

— Sérgio Monte — Luís Capoulas Santos.

———

PROJETO DE VOTO N.º 102/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO AO DIA MUNDIAL DOS REFUGIADOS

O Dia Mundial dos Refugiados, adotado na Assembleia Geral das Nações Unidas de 4 de dezembro de 2000,

é celebrado anualmente a 20 de junho, com o objetivo de lembrar todos os que tiveram de escapar à guerra,

perseguições ou a cenários de terror, e também os que por qualquer outra razão, como a raça, religião,

nacionalidade, pertença a um grupo social particular ou com opinião política, foram forçados a deslocar-se para

outra região que não a sua.

Em 2022, este dia celebra-se com o foco no direito à proteção: «Seja quem for, seja quando for, seja onde

for: Todas as pessoas têm direito a buscar proteção».

Este tema reflete a necessidade da garantia de direitos por parte de quem foi forçado a abandonar os seus

lares por causa de conflitos e violência, procurando meios dignos para reconstruir as suas vidas.

O número de pessoas deslocadas por guerras, violência, perseguições e abusos de direitos humanos teve

um crescimento de 8% em relação ao ano anterior e bem mais que o dobro verificado há 10 anos, de acordo

com o relatório «Tendências Globais», da pela agência da ONU para os refugiados (ACNUR).

De acordo com dados disponibilizados por esta entidade, no final de 2021 havia 89,3 milhões de pessoas

deslocadas em todo o mundo, entre as quais 27,1 milhões eram refugiados.

Esta realidade, durante o ano de 2022, tem sido marcada de forma dramática pelo conflito armado na Ucrânia

que tem obrigado milhões de pessoas a deslocar-se e procurar proteção e sem perspetiva de regresso à sua

nação.

A defesa dos direitos dos refugiados, acolhendo-os e integrando-os, é mais do que um imperativo de

consciência, é uma obrigação de todos e Portugal e os portugueses têm demonstrando a sua vocação de

abertura, inclusão e tolerância no acolhimento de pessoas que fugiram dos seus países por inúmeras razões,

em especial por causa dos conflitos armados e as alterações climáticas.

Assim, a Assembleia da República saúda o Dia Mundial do Refugiado e reafirma a sua solidariedade para

com todas as pessoas forçadas a deixar seus países ou locais de origem, bem como o compromisso de garantir

a defesa dos direitos dos refugiados à proteção, ao acolhimento e integração com dignidade.

Palácio de São Bento, 20 de junho de 2022.

Os Deputados do PSD: Paulo Mota Pinto — Catarina Rocha Ferreira — André Coelho Lima — Mónica

Quintela — Ofélia Ramos.

———

Página 5

25 DE JUNHO DE 2022

5

PROJETO DE VOTO N.º 103/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO À ORQUESTRA SEM FRONTEIRAS PELA ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO

EUROPEU CARLOS MAGNO PARA A JUVENTUDE 2022

A Orquestra Sem Fronteiras (OSF), projeto sinfónico dirigido pelo maestro Martim Sousa Tavares, sediada

em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, venceu o Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude

2022. Este prémio, criado em 2008 e gerido pelo Parlamento Europeu, em parceria com a Fundação do Prémio

Internacional Carlos Magno, destaca o trabalho quotidiano desenvolvido por jovens para reforçar a democracia

europeia, apoiando a sua participação ativa na construção do futuro da Europa.

A OSF nasceu em 2019 para apoiar e fixar o talento jovem no interior do País, combatendo o abandono do

ensino da música, dando acesso à cultura apresentando concertos gratuitos em localidades do interior raiano,

promovendo os valores de cooperação e integração transfronteiriça. A sua principal atividade é a apresentação

de concertos, já a tendo levado a cabo em setenta e três localidades em Portugal, Espanha e Brasil. Toda a

programação é gratuita, privilegiando nos concertos o contacto entre alunos e jovens profissionais e profissionais

reconhecidos, convidados para partilharem a sua experiência.

A OSF considera a atividade formativa um complemento indispensável à sua atividade, por isso integra

masterclasses e várias outras iniciativas ligadas à pedagogia musical. Para conseguir levar a música clássica a

freguesias em risco de exclusão social e cultural, criou o Programa Maratonas com a Orquestra de Bolso em

que, em parceria com os municípios, são escolhidas quatro aldeias para realização de concertos durante um fim

de semana. Para muitas delas, esta é a primeira oportunidade de contacto com música clássica tocada ao vivo.

Esta orquestra, composta por mais de 150 jovens músicos, no desempenho da sua missão, constitui-se como

um veículo promotor de coesão social e territorial.

Assim, a Assembleia da República saúda e felicita a Orquestra sem Fronteiras pela obtenção do Premio

Europeu Carlos Magno e pelo trabalho muito meritório realizado junto das Comunidades do Interior.

Palácio de São Bento, 22 de junho de 2022.

O Presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Luís Graça.

Outra subscritora: Sara Madruga da Costa (PSD).

———

PROJETO DE VOTO N.º 104/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA ESCOLHA DA REGIÃO DO DOURO PARA «CIDADE EUROPEIA DO

VINHO 2023»

A Região do Douro foi escolhida, no passado dia 15 de junho, em Bruxelas, para «Cidade Europeia do Vinho

2023», após candidatura, subordinada ao tema «All Around Wine, All Around Douro», que abrangeu, como

promotores, todos os 19 municípios integrantes da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro).

A Cidade Europeia do Vinho é uma iniciativa da Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN), que, desde

2012, lança um concurso anual, com a finalidade de promoção turística e a divulgação das regiões europeias

produtoras de vinho, assumindo caráter rotativo entre os 11 países que fazem parte da rede.

Sublime manjar de cores e de sombras, santuário de água, luz e monte, em que o olhar de espanto faz

apetecer o silêncio da oração, «oitava maravilha do mundo», no dizer de Saramago, «excesso de Natureza»,

na afirmação deslumbrada de Torga, a Região do Douro, «país vinhateiro», para João de Araújo Correia, merece

bem esta aclamação e este prémio, quando se celebram os 20 anos de elevação a património da humanidade.

Percebendo-se desde já, como um dos maiores desafios coletivos assumidos pelo Douro, envolvendo os

municípios da CIM Douro mas, também, as entidades locais e regionais, os cerca de 22 mil cultivadores da vinha

Página 6

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

6

e artífices do vinho e todas as gentes que vivem e amam o território, este é um desígnio comum, um impulso de

vitalidade unificadora, um complemento de força e de alma.

O Douro foi capaz de conquistar uma daquelas oportunidades que não podem deixar de ser aproveitadas,

em toda a sua capacidade afirmadora da identidade e pujança de um território, com o objetivo mobilizador da

sustentabilidade e do equilíbrio produtivo, deixando uma marca bem cunhada nas vertentes económica, social

e cultural.

Liderado pelos municípios promotores da candidatura, o Douro, envolvendo-se e envolvendo crenças,

vontades e sonhos, vai saber estar preparado para este projeto desafiante. Vamos todos acreditar.

Assim, a Assembleia da República, saudando os promotores da candidatura, celebrando o «país vinhateiro»

e as suas gentes, compromisso de pundonor e de alma, e desejando o maior sucesso de todas as iniciativas,

congratula a escolha da Região do Douro como «Cidade Europeia do Vinho 2023».

Palácio de São Bento, 21 de junho de 2022.

As Deputadas e os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Agostinho Santa — Francisco Rocha — Fátima

Correia Pinto — Sobrinho Teixeira — Berta Nunes — João Azevedo — Lúcia Araújo da Silva — José Rui Cruz

— António Monteirinho — Cristina Sousa — João Miguel Nicolau — Clarisse Campos — Manuel dos Santos

Afonso — João Azevedo Castro — Norberto Patinho — Palmira Maciel — Dora Brandão — Joaquim Barreto —

Marta Freitas — Gilberto Anjos — Tiago Soares Monteiro — Rosário Gambôa — Miguel Iglésias — Eduardo

Oliveira — Cláudia Avelar Santos — Pompeu Martins — Sara Velez — Salvador Formiga — Pedro Coimbra —

Nuno Fazenda — Carlos Pereira — Francisco César — Tiago Estevão Martins — Mara Lagriminha Coelho —

Sérgio Monte — Anabela Real — Maria da Luz Rosinha — Jorge Gabriel Martins — Ana Isabel Santos — Maria

João Castro — Tiago Barbosa Ribeiro — Paulo Araújo Correia — Hugo Carvalho — Miguel Matos — Maria

Begonha — Luís Soares — Jorge Botelho — Hugo Pires — Eurídice Pereira — António Pedro Faria — Tiago

Brandão Rodrigues — Eduardo Alves — Carla Sousa — Eunice Pratas — Ricardo Lima — Ricardo Pinheiro —

Rita Borges Madeira — Raquel Ferreira — João Pedro Matos Fernandes — Paula Reis — Luís Graça — Miguel

dos Santos Rodrigues — Rosa Venâncio — Ivan Gonçalves — Irene Costa — Cristina Mendes da Silva — Vera

Braz — Paulo Marques — André Pinotes Batista — João Paulo Rebelo — Fernando José — Francisco Pereira

de Oliveira — Hugo Costa — Luís Capoulas Santos — Carlos Brás — Natália Oliveira — Edite Estrela — Hugo

Oliveira — Paulo Pisco — Romualda Nunes Fernandes — Susana Amador — Pedro do Carmo.

———

PROJETO DE VOTO N.º 105/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELO DIA NACIONAL DA LIBERDADE RELIGIOSA E DO DIÁLOGO INTER-

RELIGIOSO

No dia 22 de junho comemorou-se o Dia Nacional da Liberdade e do Diálogo Inter-Religioso.

Este dia foi instituído pela Resolução da Assembleia da República n.º 86-A/2019, numa iniciativa que logrou

a aprovação unânime de todos os partidos com representação parlamentar.

Com esta resolução, visou-se celebrar e assinalar a importância fundamental dos valores da liberdade

religiosa e do tríptico de direitos em que se pode desdobrar – liberdade de consciência, de religião e de culto –,

contribuindo para uma consciência mais viva de toda a sociedade sobre o lugar central que esses valores e

essas práticas ocupam na sociedade democrática e tolerante que queremos ser.

A liberdade religiosa em Portugal encontra no nosso ordenamento jurídico um enquadramento favorável à

sua proteção, o que se reflete na prática do dia a dia, permitindo que nos possamos orgulhar de ser um dos

países com maior liberdade religiosa no mundo.

Com efeito, deste enquadramento constituem peças chave a consagração da liberdade religiosa como direito

fundamental inviolável na Constituição da República Portuguesa de 1976, e os instrumentos de direito

Página 7

25 DE JUNHO DE 2022

7

internacional que vinculam o Estado português, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a

Convenção Europeia de Direitos Humanos ou a Declaração das Nações Unidas, e, mais recentemente, a Carta

dos Direitos Fundamentais da União Europeia. No plano interno, é de realçar a aprovação da Lei da Liberdade

Religiosa de 2001, cuja importância simbólica se evidencia na escolha da data da sua aprovação, 22 de junho,

para se comemorar este Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso, tendo-se tornado uma

lei estruturante do regime democrático.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, saúda o Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do

Diálogo Inter-Religioso, reflexo da valorização das religiões no quadro da democracia portuguesa, em respeito

pelo pluralismo, igualdade e tolerância devida num Estado laico.

Palácio de São Bento, 22 de junho de 2022.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Outros subscritores: Agostinho Santa (PS) — Alexandra Leitão (PS) — Alexandra Tavares de Moura (PS) —

Alexandre Quintanilha (PS) — Ana Bernardo (PS) — Ana Isabel Santos (PS) — Anabela Real (PS) — Anabela

Rodrigues (PS) — André Pinotes Batista (PS) — António Caracol (PS) — António Monteirinho (PS) — António

Pedro Faria (PS) — Berta Nunes (PS) — Carla Sousa (PS) — Carlos Brás (PS) — Carlos Pereira (PS) —

Clarisse Campos (PS) — Cláudia Avelar Santos (PS) — Cláudia Santos (PS) — Cristina Mendes da Silva (PS)

— Cristina Sousa (PS) — Diogo Leão (PS) — Dora Brandão (PS) — Edite Estrela (PS) — Eduardo Alves (PS)

— Eunice Pratas (PS) — Eurico Brilhante Dias (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Fátima Correia Pinto (PS) —

Fernando José (PS) — Filipe Neto Brandão (PS) — Francisco César (PS) — Francisco Dinis (PS) — Francisco

Pereira de Oliveira (PS) — Francisco Rocha (PS) — Gilberto Anjos (PS) — Hugo Carvalho (PS) — Hugo Costa

(PS) — Hugo Oliveira (PS) — Hugo Pires (PS) — Irene Costa (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Isabel

Guerreiro (PS) — Ivan Gonçalves (PS) — Jamila Madeira (PS) — Joana Lima (PS) — Joana Sá Pereira (PS) —

João Azevedo (PS) — João Azevedo Castro (PS) — João Miguel Nicolau (PS) — João Paulo Rebelo (PS) —

João Pedro Matos Fernandes (PS) — João Torres (PS) — Joaquim Barreto (PS) — Jorge Botelho (PS) — Jorge

Gabriel Martins (PS) — Jorge Seguro Sanches (PS) — José Carlos Barbosa (PS) — José Carlos Alexandrino

(PS) — José Rui Cruz (PS) — Lúcia Araújo da Silva (PS) — Luís Capoulas Santos (PS) — Luís Graça (PS) —

Luís Soares (PS) — Manuel dos Santos Afonso (PS) — Mara Lagriminha Coelho (PS) — Marcos Perestrello

(PS) — Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Maria Begonha (PS) — Maria da Luz Rosinha (PS) — Maria

João Castro (PS) — Marta Freitas (PS) — Miguel Cabrita (PS) — Miguel dos Santos Rodrigues (PS) — Miguel

Iglésias (PS) — Miguel Matos (PS) — Natália Oliveira (PS) — Nelson Brito (PS) — Norberto Patinho (PS) —

Nuno Fazenda (PS) — Palmira Maciel (PS) — Patrícia Faro (PS) — Paula Reis (PS) — Paulo Araújo Correia

(PS) — Paulo Marques (PS) — Paulo Pisco (PS) — Pedro Anastácio (PS) — Pedro Cegonho (PS) — Pedro

Coimbra (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Pedro do Carmo (PS) — Pompeu Martins (PS) — Porfírio Silva

(PS) — Raquel Ferreira (PS) — Ricardo Lima (PS) — Ricardo Lino (PS) — Ricardo Pinheiro (PS) — Rita Borges

Madeira (PS) — Romualda Nunes Fernandes (PS) — Rosa Isabel Cruz (PS) — Rosa Venâncio (PS) — Rosário

Gambôa (PS) — Rui Lage (PS) — Salvador Formiga (PS) — Sara Velez (PS) — Sérgio Ávila (PS) — Sérgio

Monte (PS) — Sérgio Sousa Pinto (PS) — Sobrinho Teixeira (PS) — Sofia Andrade (PS) — Susana Amador

(PS) — Susana Correia (PS) — Tiago Barbosa Ribeiro (PS) — Tiago Brandão Rodrigues (PS) — Tiago Estevão

Martins (PS) — Tiago Soares Monteiro (PS) — Vera Braz (PS) — Bruno Aragão (PS) — Eduardo Oliveira (PS)

— Rui Tavares (L) — Adão Silva (PSD) — Afonso Oliveira (PSD) — Alexandre Poço (PSD) — Alexandre Simões

(PSD) — André Coelho Lima (PSD) — Andreia Neto (PSD) — António Maló de Abreu (PSD) — António Prôa

(PSD) — António Topa Gomes (PSD) — Artur Soveral Andrade (PSD) — Bruno Coimbra (PSD) — Carla

Madureira (PSD) — Carlos Cação (PSD) — Carlos Eduardo Reis (PSD) — Catarina Rocha Ferreira (PSD) —

Clara Marques Mendes (PSD) — Cláudia André (PSD) — Cláudia Bento (PSD) — Cristiana Ferreira (PSD) —

Duarte Pacheco (PSD) — Emília Cerqueira (PSD) — Fátima Ramos (PSD) — Fernanda Velez (PSD) —

Fernando Negrão (PSD) — Firmino Marques (PSD) — Firmino Pereira (PSD) — Francisco Pimentel (PSD) —

Germana Rocha (PSD) — Guilherme Almeida (PSD) — Gustavo Duarte (PSD) — Helga Correia (PSD) — Hugo

Carneiro (PSD) — Hugo Maravilha (PSD) — Hugo Martins de Carvalho (PSD) — Hugo Patrício Oliveira (PSD)

Página 8

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

8

— Inês Barroso (PSD) — Isabel Meireles (PSD) — Isaura Morais (PSD) — Joana Barata Lopes (PSD) — João

Barbosa de Melo (PSD) — João Marques (PSD) — João Montenegro (PSD) — João Moura (PSD) — Joaquim

Miranda Sarmento (PSD) — Joaquim Pinto Moreira (PSD) — Jorge Paulo Oliveira (PSD) — Jorge Salgueiro

Mendes (PSD) — José Silvano (PSD) — Lina Lopes (PSD) — Luís Gomes (PSD) — Márcia Passos (PSD) —

Maria Emília Apolinário (PSD) — Maria Gabriela Fonseca (PSD) — Miguel Santos (PSD) — Mónica Quintela

(PSD) — Nuno Carvalho (PSD) — Ofélia Ramos (PSD) — Olga Silvestre (PSD) — Patrícia Dantas (PSD) —

Paula Cardoso (PSD) — Paulo Moniz (PSD) — Paulo Mota Pinto (PSD) — Paulo Ramalho (PSD) — Paulo Rios

de Oliveira (PSD) — Pedro Melo Lopes (PSD) — Pedro Roque (PSD) — Ricardo Baptista Leite (PSD) — Ricardo

Sousa (PSD) — Rui Cristina (PSD) — Rui Cruz (PSD) — Rui Rio (PSD) — Rui Vilar (PSD) — Sara Madruga da

Costa (PSD) — Sérgio Marques (PSD) — Sofia Matos (PSD) — Sónia Ramos (PSD) — Tiago Moreira de Sá

(PSD) — André Ventura (CH) — Bruno Nunes (CH) — Diogo Pacheco de Amorim (CH) — Filipe Melo (CH) —

Gabriel Mithá Ribeiro (CH) — Jorge Galveias (CH) — Pedro dos Santos Frazão (CH) — Pedro Pessanha (CH)

— Pedro Pinto (CH) — Rita Matias (CH) — Rui Afonso (CH) — Rui Paulo Sousa (CH) — Bernardo Blanco (IL)

— Carla Castro (IL) — Carlos Guimarães Pinto (IL) — Joana Cordeiro (IL) — João Cotrim Figueiredo (IL) —

Patrícia Gilvaz (IL) — Rodrigo Saraiva (IL) — Rui Rocha (IL) — Alma Rivera (PCP) — Bruno Dias (PCP) —

Diana Ferreira (PCP) — Jerónimo de Sousa (PCP) — João Dias (PCP) — Paula Santos (PCP) — Catarina

Martins (BE) — Joana Mortágua (BE) — José Moura Soeiro (BE) — Mariana Mortágua (BE) — Pedro Filipe

Soares (BE) — Inês de Sousa Real (PAN).

———

PROJETO DE VOTO N.º 106/XV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DE SARA BARROS, VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

No dia 22 de junho, Sara Barros de 38 anos de idade, foi brutalmente assassinada pelo marido, de quem

estava separada há cerca de um mês.

No dia em que ia buscar roupa para o filho adolescente de ambos foi vítima de três tiros à queima-roupa na

casa de morada de família em São Domingos de Rana, Cascais.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República, expressa o seu profundo pesar e

solidariedade à respetiva família, mormente ao seu filho adolescente, e presta a sua sentida homenagem a Sara

Barros, vítima de mais um hediondo crime de violência doméstica, que retirou o seu direito inviolável à vida.

Palácio de São Bento, 22 de junho de 2022.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Susana Amador — Patrícia Faro — Pedro Delgado Alves —

Palmira Maciel — Romualda Nunes Fernandes — Rosa Isabel Cruz — Rui Lage — Cristina Mendes da Silva —

Alexandra Tavares de Moura — Rosário Gambôa — Miguel Iglésias — Eduardo Oliveira — António Monteirinho

— Cláudia Avelar Santos — Pompeu Martins — Lúcia Araújo da Silva — Sara Velez — Salvador Formiga —

Clarisse Campos — Pedro Coimbra — Nuno Fazenda — Carlos Pereira — Francisco César — Tiago Estevão

Martins — Mara Lagriminha Coelho — Sérgio Monte — Anabela Real — Maria da Luz Rosinha — Jorge Gabriel

Martins — Cristina Sousa — Ana Isabel Santos — Maria João Castro — José Rui Cruz — Berta Nunes — Tiago

Barbosa Ribeiro — Paulo Araújo Correia — Hugo Carvalho — Miguel Matos — Maria Begonha — Alexandra

Leitão — Luís Soares — Jorge Botelho — Fátima Correia Pinto — Hugo Pires — Eurídice Pereira — António

Pedro Faria — Tiago Brandão Rodrigues — Eduardo Alves — Carla Sousa — Eunice Pratas — Ricardo Lima

— Ricardo Pinheiro — Francisco Rocha — Gilberto Anjos — Rita Borges Madeira — Raquel Ferreira — João

Pedro Matos Fernandes — Paula Reis — Luís Graça — Miguel dos Santos Rodrigues — João Azevedo Castro

— Rosa Venâncio — Ivan Gonçalves — Irene Costa — Vera Braz — Paulo Marques — Norberto Patinho —

Joaquim Barreto — André Pinotes Batista — João Paulo Rebelo — Agostinho Santa — Fernando José — Dora

Página 9

25 DE JUNHO DE 2022

9

Brandão — Francisco Pereira de Oliveira — Hugo Costa — Luís Capoulas Santos — Carlos Brás — Natália

Oliveira — Pedro Anastácio — Edite Estrela — Marta Freitas.

———

PROJETO DE VOTO N.º 107/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA ESCOLHA DO «DOURO» COMO CIDADE EUROPEIA DO VINHO 2023

A Rede Europeia de Cidades do Vinho escolheu a Região do Douro como Cidade Europeia do Vinho para o

ano de 2023.

Fez-se justiça a um território e às pessoas que o mantêm como «Reino Maravilhoso».

Os autarcas dos dezanove municípios que integram a CIM Douro e todos quantos ajudaram a pensar e

desenvolver a iniciativa «All Around Wine, All Around Douro» são dignos destinatários da nossa gratidão.

Uma vez que a economia da Região Demarcada do Douro está fortemente especializada nas áreas da vinha

e do vinho, este reconhecimento é muito relevante por contribuir para trazer ao Douro um acréscimo de

oportunidades de negócio. Cumulativamente também é densificada a atividade turística, o que não é

despiciendo.

Ficou demonstrado que a Região do Douro, para quem a traz no coração, é a melhor do mundo, e, do mesmo

passo, que os seus méritos são reconhecidos fora do País, o que merece ser saudado pela Assembleia da

República.

Palácio de São Bento, 22 de junho de 2022.

As Deputadas e os Deputados do PSD: Paulo Mota Pinto — Artur Soveral Andrade — Fátima Ramos —

Paulo Ramalho — João Marques — Carlos Cação — Hugo Maravilha — Francisco Pimentel — Sónia Ramos

— Adão Silva — Cláudia Bento – Gustavo Duarte — Claúdia André — Germana Rocha — Emília Cerqueira —

João Moura — Luís Gomes — Sara Madruga da Costa.

———

PROJETO DE VOTO N.º 108/XV/1.ª

DE PESAR PELAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Sara, 45 anos. Baleada na cabeça, à porta de casa, em São Domingos de Rana pelo ex-companheiro. A

vítima já tinha apresentado queixas na PSP devido a ameaças de morte depois de ter pedido o divórcio e tinha

um dispositivo de alerta. O agressor acabou por cometer suicídio. Um menor ficou órfão.

Assunção, 78 anos. Encontrada morta em casa, em São Martinho, foi agredida pelo neto de 31 anos, que

vivia com ela. O agressor já tinha tentado asfixiar a avó por esta lhe recusar dinheiro e insistir para que arranjasse

emprego.

Sílvia, 45 anos. Morta a tiro por uma caçadeira à porta de uma fábrica de calçado em Refontoura, pelo ex-

marido, com quem foi casada durante 20 anos. Estavam separados há dois anos, mas o ex-companheiro

recusava a formalização do divórcio. Uma semana, o agressor já havia tentado esfaquear Sílvia.

Celestina, 52 anos. Morta dentro do carro, em Escariz, com um tiro na cabeça, pelo ex-marido, com quem

vivera durante 27 anos e de quem estava separada há quatro meses. O homicida tentou matar-se em casa, ao

pé dos seis filhos, mas a arma não disparou. Há cerca de três meses, Celestina já havia apresentado queixa na

GNR.

Página 10

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

10

Sónia, 33 anos. Baleada com três tiros de pistola pelo marido, nos arredores de Ponte de Lima, depois de

levar os dois filhos, de 12 e 3 anos, à escola. O homicida tentou depois suicidar-se, mas sobreviveu. Foi detido

pela Polícia Judiciária depois de ter alta hospitalar. Já havia antecedentes de violência contra os sogros.

Marta, 47 anos. Foi baleada duas vezes na cabeça pelo marido numa rua de Barcelos quando saiu de casa

da mãe para ir trabalhar. O homicida suicidou-se após o crime numa rua próxima. Marta já tinha apresentado,

em março, uma queixa por violência doméstica.

Lucília, 55 anos. Foi esfaqueada e estrangulada no lugar de Penela, Arcos de Valdevez pelo ex-companheiro,

que não aceitou a separação após dez anos juntos.

Silvana, 35 anos. Morta a tiro pelo marido, de 53 anos, que se suicidou de seguida. Os corpos do casal, de

nacionalidade brasileira, foram encontrados em casa após o alerta de amigos e vizinhos que estranharam não

os ver há alguns dias.

Sandra, 31 anos. Foi encontrada sem vida, nua, enrolada num edredão, num monte em Rio de Moinhos,

Penafiel. A investigação da Polícia Judiciária permitiu reconstruir o crime e chegar ao homicida, o companheiro

de 41 anos, com quem a vítima vivia há vários anos, desde que imigrara para Espanha. Encontravam-se em

Portugal, porque o homicida tinha sido condenado em Espanha por violência doméstica contra Sandra, que

perdeu um bebé devido às agressões. Perdoou-o e para evitar que fosse detido regressou com ele à terra. Os

episódios de violência doméstica repetiram-se, ao ponto de Sandra ficar com várias costelas partidas, ser

arrastada na rua e ser dopada com medicação excessiva para não conseguir fugir. Terá sido morta por asfixia

e escondida durante três dias na casa que partilhava com o companheiro.

Alda, 49 anos. Morta com dois tiros de caçadeira pelo marido, que se suicidou em seguida, com a mesma

arma. O crime ocorreu nas vinhas da herdade do Hotel Club de Azeitão, em Setúbal, onde o casal trabalhava.

Foi o neto, de 14 anos, que encontrou os corpos. As discussões eram frequentes, mas não se conheciam

queixas às autoridades. Alda tencionava separar-se do marido e ir viver para a Bélgica.

Elsa, 44 anos. Morta a tiro, em Beja, pelo companheiro de 35 anos, na casa onde ambos viviam. O agressor,

que aguarda julgamento no Estabelecimento Prisional de Beja, já tinha cumprido pena pelo crime de violência

doméstica, cometido contra outra mulher numa anterior relação. Elsa tinha dois filhos, de 24 e 12 anos.

Jéssica, 3 anos. Esta criança morreu no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, não tendo sobrevivido aos

maus tratos que terão sido infligidos. Estava referenciada pela CPCJ.

Estes são os nomes das mulheres e menina, vítimas mortais, que, nos primeiros seis meses deste ano,

perderam a vida em contexto de violência doméstica, incluindo contra crianças. À data, Portugal regista já quase

tantos casos de vítimas mortais como o total verificado no ano de 2021.

A Associação de Apoio à Vítima (APAV) regista em média 54 casos de violência doméstica, por dia. Esta é

apenas a face visível e que chega às notícias de uma guerra que se eterniza, em que o agressor é quase sempre

homem e pessoa íntima, e o crime cometido entre quatro paredes. Em mais de metade dos casos há

antecedentes de agressões e 40% das vítimas já haviam apresentado queixa contra o homicida. Este continua

a ser um flagelo no nosso País. Continuamos a falhar todos, enquanto comunidade, quando perdemos vidas

para a violência, incluindo a violência contra crianças.

Reunida em Plenário, a Assembleia da República mostra o seu profundo pesar pela morte de todas as vítimas

de violência doméstica e expressa as mais sentidas condolências aos seus familiares e amigos.

Palácio de São Bento, 23 de junho de 2022.

A Deputada do PAN, Inês de Sousa Real.

———

Página 11

25 DE JUNHO DE 2022

11

PETIÇÃO N.º 12/XV/1.ª

(CRIAÇÃO DO DIA NACIONAL DOS JARDINS/25 DE MAIO)

Relatório final da Comissão de Ambiente e Energia

Índice

I. Nota prévia

II. Objeto e conteúdo da petição

III. Análise da petição

IV. Diligências efetuadas

V. Opinião do relator

VI. Conclusões e parecer

I. Nota prévia

A Petição n.º 12/XV/1.ª, subscrita por 1121 peticionários, que tem como 1.º subscritor Carlos Alberto Garrinho

Gonçalves Café, deu entrada na Assembleia de República a 22 de abril de 2022 e baixou à Comissão de

Ambiente e Energia, a 28 de abril de 2022, para apreciação e elaboração do respetivo relatório. Na reunião da

referida Comissão, de 31 de maio de 2022, foi esta petição admitida liminarmente e nomeada relatora a

signatária do presente relatório.

II. Objeto e conteúdo da petição

Os peticionários solicitam que o dia 25 de maio seja instituído como o dia nacional dos jardins, considerando

que seria uma justa e merecida homenagem ao arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, que nasceu a 25 de maio de

2022, tendo falecido em novembro de 2020.

Os peticionários fundamentam a pretensão na importância do seu legado enfatizando que Gonçalo Ribeiro

Telles foi um pensador visionário, um político generoso e empenhado, um cidadão exemplar a quem o País

muito deve. Deixou obra de referência em matéria ambiental, defendendo que as cidades e as vilas são tanto

mais humanas quanto mais verdes e sustentáveis forem.

O texto da petição também sublinha a importância dos jardins como lugares de encontro entre diferentes

gerações, referindo que o jardim é uma metáfora feliz de tudo o que o arquiteto nos ensinou. A instituição do dia

nacional do jardim, no dia do seu nascimento, constituiria uma justa homenagem a «um dos heróis do nosso

tempo».

Os peticionários referiram o voto de pesar da Assembleia da República pelo falecimento do arquiteto Gonçalo

Ribeiro Telles, aprovado por unanimidade, destacando a vertente interventiva e realçando a sua ação «na

harmonia da natureza e na defesa da dignidade da pessoa humana, inaugurando, em Portugal, o discurso

ecológico, pioneiro e tolerante». Referem, ainda, que o grupo «Olhar o Futuro com Ribeiro Telles» lançou, por

ocasião do centenário do seu nascimento, um manifesto, subscrito por 100 personalidades, com o propósito de

enaltecer a sua vida e obra, dando continuidade ao seu pensamento.

III. Análise da petição

O objetivo da petição está claramente definido, as propostas apresentadas são consistentes e

fundamentadas, o texto é inteligível e o 1.º peticionário está devidamente identificado, para além de cumprir os

requisitos constitucionais, formais e de tramitação, estabelecidos no n.º 1 do artigo 52.º (Direito de petição e

Página 12

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

12

direito de ação popular) da Constituição da República Portuguesa, bem como no artigo 232.º do Regimento da

Assembleia da República e, ainda, nos artigos 9.º, 17.º e seguintes da Lei n.º43/90, de 10 de agosto, na sua

redação atual (Exercício do Direito de Petição).

Nos termos do disposto no n.º 1, do artigo 21.º da Lei do Exercício do Direito de Petição, uma vez que esta

petição foi subscrita por mais de mil cidadãos, mais precisamente mil cento e vinte e um signatários, mostrou-

se obrigatório proceder à audição dos peticionários.

IV. Diligências efetuadas

No dia 9 de abril de 2022, pelas 14h, na sala 2 do Palácio de São Bento, teve lugar a audição dos subscritores

da petição em análise, que contou com a presença do primeiro peticionário Carlos Alberto Garrinho Gonçalves

Café.

Estiveram presentes, para além da Deputada relatora signatária do presente relatório, os Deputado Bruno

Coimbra, Sónia Ramos, Patrícia Dantas e Fernanda Velez (PSD), Isabel Guerreiro, Luís Graça e Jamila Madeira

(PS), Bernardo Blanco (IL), Inês de Sousa Real (PAN) e Rui Tavares (L).

A Deputada Claúdia Bento, na qualidade de relatora, deu as boas-vindas ao primeiro peticionário, o prof.

Carlos Gonçalves Café, e aos demais acompanhantes. Prosseguiu apresentando os deputados presentes nesta

audição e descrevendo o modo de condução dos trabalhos, após o que passou a palavra ao primeiro peticionário

para uma exposição inicial.

O prof. Carlos Café, começou por expressar a sua enorme satisfação por estar nesta audição em

representação dos alunos e todos os peticionários. Enquadrou a petição referindo que surgiu no âmbito de uma

aula de Cidadania e Desenvolvimento em que desafiou os alunos a elegerem um assunto a tratar nesta

disciplina.

A partir do tema musical Heroes, de David Bowie, lançou aos seus alunos o repto para que abraçassem num

projeto mais ousado, em que pudessem também ser heróis por um dia. Dando-se a circunstância de essa aula

ter ocorrido dias depois do falecimento do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, os alunos decidiram aceitar este

desafio, tratando e estudando o seu legado, conduzindo a esta petição.

Descreveu depois a dinâmica do projeto que foi evoluindo e passando por várias fases. Depois da sala de

aula, passou para o atrium, a escola, em torno do tema dos jardins e das flores, abrangendo todos os alunos

dos vários níveis de escolaridade. Depois, o projeto alargou o seu âmbito à «Ágora, a Cidade». Com efeito, os

alunos foram recebidos, em audiência, na Câmara Municipal de Portimão, surgindo uma proposta para atribuir

o nome do arquiteto ao novo parque urbano da cidade, localizado ao lado da escola.

O projeto evoluiu, finalmente, para o nível nacional, através da presente petição. Referiu ainda que os alunos

vieram a Lisboa e tiveram uma visita guiada ao Jardim Gulbenkian, uma obra emblemática de Gonçalo Ribeiro

Telles. Foram também recebidos no Ministério da Educação, tendo sido, nesse âmbito, elaborado um vídeo.

Concluiu dizendo que este evento foi mobilizador e deu força ao projeto inicial e à ideia fundadora de que

uma nação tem de saber agradecer aos seus filhos mais ilustres, como Gonçalo Ribeiro Telles, que além de

grande arquiteto, foi também político e um visionário, enfim, um herói do nosso tempo.

Aberto o período de debate, fez a primeira intervenção a Deputada Isabel Guerreiro (PS) que depois de

saudar os peticionários, elogiou esta petição considerando-a muito bem elaborada. Fez referência ao voto de

pesar, aprovado por unanimidade, na Assembleia da República, revelador, na sua opinião, da importância do

legado de Gonçalo Ribeiro Telles, a quem a petição faz jus. Aproveitou, ainda, para enaltecer a sua obra e

pensamento, graças a quem devemos hoje os corredores verdes e as hortas urbanas. Realçou ainda a sua

importância e influência no debate atual sobre a humanização das cidades, sobre a cidade inclusiva, enfim,

sobre o direito à cidade. Concluiu, dirigindo-se ao peticionário perguntando-lhe como é que a escola, e os seus

alunos, gostariam que fosse celebrado este dia.

De seguida, tomou a palavra o Deputado Bernardo Blanco (IL) que, depois de agradecer esta iniciativa de

participação cívica, manifestou o seu acordo ao que é solicitado, aproveitando ainda para convidar os alunos da

escola para uma visita à Assembleia República.

A Deputada Inês de Sousa Real (PAN) exprimiu também o seu acordo e apoio a esta petição. Louvou ainda

Página 13

25 DE JUNHO DE 2022

13

esta iniciativa de «sala de aula aberta e viva», que conduziu a um resultado muito positivo de participação na

vida pública, que promove o direito à natureza e à valorização do património natural. Disse acompanhar esta

iniciativa que aponta também para a necessidade de preservação dos jardins e reiterou o convite, formulado

pelo anterior orador, para uma visita à Assembleia República.

Prosseguiu o Deputado Rui Tavares (L) sublinhando o facto de esta petição constituir, a seu ver, um bom

exemplo daquilo a que designou «objeto de desejo político». Dissertando sobre este tema, defendeu a ideia de

que muitos cidadãos se envolvem politicamente procurando conquistar algo e que depois dessa conquista, fica

o exemplo e a vontade de acrescentar outras conquistas. No seu entender, este constituirá, ou deverá constituir,

o próximo passo desta iniciativa. Questionou, por exemplo, como garantimos o preenchimento do dia com

atividades e conteúdos adequados. Ainda a título exemplificativo, questionou se já haveria um catálogo completo

das obras do arquiteto. Observou, finalmente, que este ponto de partida, trazido por esta petição, levará,

desejavelmente, a uma nova próxima fronteira. Deixou, como sugestão, o tema dos caminhos arborizados,

comummente designados como veredas.

O Deputado Bruno Coimbra (PSD) considerou o tema da petição muito entusiasmante, tendo reunido muito

interesse junto dos Deputados. Mencionou também o voto de pesar aprovado na Assembleia da República,

sublinhando a figura maior que foi o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles e enaltecendo o seu legado, que, como

neste caso se observa, tem continuidade nas novas gerações. Salientou que o PSD tem preparado um projeto

de resolução sobre esta matéria, que, acredita, reunirá certamente amplo consenso na 11.ª Comissão, onde

será discutido. Terminou deixando um caloroso cumprimento aos peticionários pelo exemplo que deixaram com

a sua iniciativa.

Por fim, a Deputada relatora, reiterando as palavras dos anteriores intervenientes, enalteceu esta bela

iniciativa que, além de se inserir no exercício dos direitos cívicos, e revelando especiais preocupações

ambientais, constitui uma excelente homenagem ao prof. Gonçalo Ribeiro Telles. Questionou também os

peticionários sobre o tipo de iniciativas que gostariam de promover nesse dia. Partindo do desejo expresso pelo

peticionário sobre o efeito mobilizador da iniciativa, sublinhou a necessidade da sua concretização.

Na sua intervenção final, o prof. Carlos Gonçalo Café começou por manifestar a sua alegria com o bom

acolhimento que esta iniciativa encontrou no Parlamento. Prosseguiu, lembrando que o jardim é um espaço de

fruição para todos – crianças, idosos, animais – e um espaço de encontros, aproveitando ainda para defender a

importância das aulas ao ar livre. Embora não tenha ainda sido concretizado o tipo de iniciativas que poderiam

ser incluídas num programa de celebração deste dia, entende que deve ser uma «homenagem global com

criatividade local» e que deverá envolver os vários agentes locais, como as juntas de freguesias e as câmaras

municipais. Sustentou que, para nos assegurarmos que o tema dos jardins está na ordem do dia, é necessário

que comunidades locais assumam também essa responsabilidade, e que se organizem para criar pressão,

seguindo o bom exemplo do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles.

A Deputada relatora agradeceu a presença e os esclarecimentos prestados pelo peticionário. Deu nota das

diligencias subsequentes, tendo de seguida encerrado a audição e dado por concluídos os trabalhos.

Diversas informações sobre a audição, incluindo a gravação áudio, podem ser encontradas na página Internet

da petição.

V. Opinião do relator

A Deputada relatora, nos termos do disposto no artigo 137.º do Regimento, exime-se de emitir quaisquer

considerações sobre a petição em apreço, deixando essa apreciação e análise política ao critério de cada

Deputado/a e/ou Grupo Parlamentar.

Contudo, importa referir que, no seguimento da análise da petição e da própria audição dos peticionários, o

Grupo Parlamentar do PSD submeteu, a 9 de junho de 2022, o Projeto de Resolução n.º 98/XV/1.ª – «Consagrar

o dia 25 de maio como ‘Dia Nacional dos Jardins’ e celebrar o legado de Gonçalo Ribeiro Telles na proteção do

ambiente e na promoção da qualidade de vida».

Página 14

II SÉRIE-B — NÚMERO 17

14

VI. Conclusões e parecer

1 – A Comissão de Ambiente e Energia admitiu, a 31 de maio de 2022, a Petição n.º 12/XV/1.ª – Criação do

Dia Nacional dos Jardins/25 de maio.

2 – O objeto da petição é claro e está bem especificado, encontrando-se identificado o 1.º peticionário e

preenchidos os demais requisitos formais e de tramitação estabelecidos na legislação em vigor.

3 – Nos termos do n.º 1 do artigo 21.º da Lei do Exercício do Direito de Petição foi realizada a audição dos

peticionários.

4 – Deve ser dado conhecimento do teor da presente petição e do respetivo relatório final aos Grupos

Parlamentares e ao Governo para os devidos efeitos.

5 – O presente relatório deve ser remetido ao Presidente da Assembleia da República, nos termos do n.º 8

do artigo 17.º da Lei do Exercício do Direito de Petição, na redação em vigor à data de entrada desta petição.

6 – Concluídas as diligências suprarreferidas, deve ser dado conhecimento do presente relatório aos

peticionários, procedendo-se de seguida ao seu arquivamento nos termos do disposto da referida Lei do

Exercício do Direito de Petição.

Palácio de São Bento, 15 de junho 2022.

A Deputada relatora, Cláudia Bento — O Presidente da Comissão, Tiago Brandão Rodrigues.

———

PETIÇÃO N.º 26/XV/1.ª

CONTABILIZAÇÃO NA CARREIRA DOS TRABALHADORES DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS DOS

ANOS DE 2013 A 2016

Quando da intervenção de ajuda externa a Portugal pelo FMI, Comissão Europeia e BCE (troica), os

trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos, S.A., banco público detido pelo governo da República portuguesa,

nos anos de 2013 a 2016, foram também incluídos nos cortes salariais e congelamento de carreiras. à

semelhança do ocorrido para a generalidade dos trabalhadores da função pública e do sector empresarial do

Estado.

Em dezembro de 2016, é publicada a Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro (OE 2017), nos termos do qual as

restrições deixam de se aplicar aos trabalhadores da CGD, bem como às demais empresas do Grupo CGD que

integram o setor empresarial do Estado, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017, ou seja, a referida lei veio

reconhecer os trabalhadores da CGD como trabalhadores do setor financeiro. ou seja, bancários, e que aquelas

restrições, salariais e de carreira, nunca lhes deveriam ter sido aplicadas (aliás, estas restrições não foram

aplicadas aos restantes trabalhadores do setor bancário em Portugal).

Por sua vez, a Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro (Orçamento do Estado para 2018), veio consagrar para

a generalidade dos trabalhadores da função pública, e bem, no seu artigo 18.º a contabilização de todo o tempo

anterior a 2018, .com efeitos financeiros apenas para o futuro, mas esquecendo-se dos trabalhadores da Caixa

Geral de Depósitos.

Na verdade, para os trabalhadores da CGD os anos entre 2013 e 2016 serviram para ficarem mais velhos.

Serviram para a contagem de tempo da reforma, serviram para as diuturnidades, serviram para serem avaliados,

mas continuam a não servir para progressão na carreira.

Apesar de todos os esforços, nomeadamente pelo STEC – Sindicato Trabalhadores das Empresas do Grupo

CGD, sindicato mais representativo na empresa CGD, junto da Administração da CGD, junto do Presidente da

República, junto do Primeiro-Ministro, junto do Ministro das Finanças, junto dos diversos partidos políticos com

assento parlamentar, em que apesar de todos concordarem estar-se perante uma injustiça dada a dualidade de

critérios sobre a mesma matéria, na verdade nada de concreto se fez.

Página 15

25 DE JUNHO DE 2022

15

Os sucessivos Orçamentos do Estado desde 2017, sempre se esqueceram dos trabalhadores CGD, o que é

uma tremenda injustiça.

Talvez numa tentativa de se repor alguma justiça, a Assembleia da República fez uma recomendação ao

Governo (Resolução da Assembleia da República n.º 1/2018) para em diálogo com os sindicatos garanta que,

nas carreiras cuja progressão depende também do tempo de serviço prestado (como é o caso dos trabalhadores

da CGD), seja contado todo esse tempo para efeitos de progressão na carreira e da correspondente valorização

remuneratória, mas a verdade é que também esta superior recomendação se ficou pelo papel.

Face ao exposto. o STEC apela a V. Ex.ª, que possa contribuir e tornar passivei a reparação desta injustiça

perante os trabalhadores desta grande instituição que é a Caixa Geral de Depósitos, que sempre contribuíram

com o seu esforço, empenho, dedicação e sentido de missão, no apoio a famílias e empresas de Portugal e de

todos os portugueses.

Data de entrada na Assembleia da República: 26 de maio de 2022.

Primeiro peticionário: STEC – Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD.

Nota: Desta petição foram subscritores 2499 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

Páginas Relacionadas
Página 0006:
II SÉRIE-B — NÚMERO 17 6 e artífices do vinho e todas as gentes que v
Página 0007:
25 DE JUNHO DE 2022 7 internacional que vinculam o Estado português, como a Declara
Página 0008:
II SÉRIE-B — NÚMERO 17 8 — Inês Barroso (PSD) — Isabel Meireles (PSD)

Descarregar páginas

Página Inicial Inválida
Página Final Inválida

×