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22 DE JULHO DE 2022

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PROJETO DE VOTO N.º 117/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LUÍS FERREIRA ALVES

Faleceu no passado dia 9 de julho, aos 84 anos, Luís Ferreira, nome maior de fotografia de arquitetura,

nome incontornável na história da arquitetura portuguesa das últimas quatro décadas.

Luís Ferreira Alves nasceu em Valadares, Vila Nova de Gaia, a 25 de abril de 1938, no seio de uma família

democrática onde os seus ideais sociais e políticos se formaram. Foi um ativo militante comunista antifascista

e opositor ao regime do Estado Novo, tendo sido preso cinco vezes pela PIDE, entre 1959 e 1974.

O cinema foi a paixão que primeiro emergiu. Membro ativo do Cineclube do Porto, durante a década de

1950, e integrou a equipa que realizou o documentário Auto da Floripes. Esta experiência teve um forte

impacto na sua formação e é a partir deste outro olhar que a aproximação à fotografia se faz, com reflexos no

rigor, perfecionismo e rara sensibilidade com que capta as atmosferas dos objetos fotografados.

Expõe, pela primeira vez em 1982, com um diaporama sobre um trabalho do Arquiteto Pedro Ramalho.

Será durante essa década que irá fotografar de forma única e insuperável várias obras icónicas da arquitetura

portuguesa, como a Casa de Moledo, de Álvaro Siza, a casa das Artes, de Souto Moura, ou, a Casa César

Ferreira, de Gonçalo Byrne. Fez a cobertura sucessiva à criação destes e outros arquitetos como Fernando

Távora, Viana de Lima, Agostinho Ricca, etc., contribuindo decisivamente para a divulgação nacional e

internacional da arquitetura portuguesa e da sua evolução.

Realizou vídeos culturais, captando a atividade teatral de várias companhias da cidade do Porto, como o

TEP, o TUP ou o TEAR. A sua ação artística expandiu-se, ainda, em dezenas de livros editados e exposições

realizadas dentro e fora do País.

Foi o primeiro fotógrafo a ser distinguido como Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos, em 2013. Em

2015, foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha Municipal de Mérito — Grau Ouro, e em

outubro de 2021 pelo Estado português com a Medalha de Mérito Cultural.

O seu arquivo pessoal, com mais de 178 mil fotografias, foi doado, em vida, à Casa de Arquitetura onde

estará aberto à consulta.

Assim, a Assembleia da República reunida em sessão plenária, presta homenagem ao percurso singular e

exemplar de Luís Ferreira Alves enquanto pioneiro da fotografia de arquitetura e expressa o seu sentido pesar

pelo seu falecimento, apresentando à família e amigos as suas mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 16 de julho de 2022.

Os Deputados do PS: Rosário Gambôa — Carla Sousa — Francisco Dinis — Clarisse Campos — Cristina

Sousa — Eduardo Oliveira — Maria João Castro — Ricardo Lima — Rosa Venâncio — Sara Velez.

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PROJETO DE VOTO N.º 118/XV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE EM SERVIÇO DO COMANDANTE PILOTO ANDRÉ SERRA

No passado dia 15 de julho, durante as operações de combate a um incêndio rural na localidade de Urros,

em Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, o Comandante Piloto André Serra, de 38 anos, perdeu a vida

tragicamente no cumprimento da sua missão, na sequência da queda do avião anfíbio Fire Boss, do Centro de

Meios Aéreos de Viseu, afeto ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.

O acidente que vitimou este piloto, que morreu a salvar vidas, deixa-nos a todos profundamente

consternados e lamentamos que o elevado número de incêndios que ocorre, mais uma vez, no nosso País,

continue a vitimar os profissionais que corajosamente arriscam diariamente a sua vida em prol da comunidade.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pelo falecimento do

Comandante Piloto André Serra e expressa as suas condolências e o mais profundo sentimento de respeito e

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