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II SÉRIE-B — NÚMERO 24

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colonial. Foi preso na sequência da ocupação da Capela do Rato, em 1972, e acabou sendo expulso do Liceu

Padre António Vieira.

Aquando do 25 de Abril de 1974, era estudante de História na Faculdade de Letras da Universidade de

Lisboa. O processo revolucionário fê-lo abandonar o curso para se dedicar em exclusivo à militância política. Foi

um dos fundadores do Movimento de Esquerda Socialista e militante deste partido até à extinção do mesmo.

Como o próprio dizia, não migrou para o PS, ficou onde sempre esteve.

Ao longo da vida teve várias profissões, operário fabril e da construção civil, administrativo, vendedor, revisor

de provas tipográficas, até que, em 1985, se mudou de Lisboa para Marvão e se tornou técnico de bibliotecas.

Trabalhou durante quase quatro décadas na Biblioteca Municipal de Castelo de Vide.

Regressou à militância partidária aquando da fundação do Bloco de Esquerda, tendo sido um dos

organizadores do primeiro núcleo deste partido no distrito de Portalegre, bem como candidato à Assembleia da

República por este círculo eleitoral. Acabou por se afastar da militância partidária, mas manteve as suas

convicções políticas e sociais, apoiando, nomeadamente, os movimentos ecologistas contra a exploração de

urânio.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Miguel

Teotónio Pereira e endereça à família e amigos sentidas condolências.

Assembleia da República, 6 de agosto de 2024.

As Deputadas e os Deputados do BE: Fabian Figueiredo — Marisa Matias — Joana Mortágua — José Moura

Soeiro — Mariana Mortágua.

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PROJETO DE VOTO N.º 259/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELO CENTÉSIMO TRIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA

DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO SUL E SUESTE

Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste celebraram o seu centésimo trigésimo aniversário, a 23 de julho

de 2024.

Forjados por pessoal dos caminhos de ferro, surgiu, em 1894, a então designada Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, sendo inicialmente a única corporação de

bombeiros do Barreiro, crucial ao desenvolvimento do concelho. Esta instituição tornou-se sinónimo de bravura,

altruísmo e dedicação inabalável à nossa comunidade.

O primeiro quartel do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste situava-se em terrenos que viriam a ser adquiridos

pela CUF para instalação das fábricas, na zona do Largo das Obras, o que levou à saída da Associação daquele

local. Realojaram-se num edifício cedido pela então Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses (CP, atual

Comboios de Portugal), onde permaneceram por quase um século, de 1912 a 2008, quando se relocalizaram

no Parque Industrial do Barreiro, marco histórico esse que simbolizou a devolução de parte da zona fabril à

cidade.

Os bombeiros não são apenas uma força de segurança e proteção; são um verdadeiro pilar da sociedade

que, ao longo de mais de um século, têm garantido a nossa segurança, estabilidade e bem-estar. O trabalho

daqueles que dedicaram horas das suas vidas ao ofício, com todos os momentos difíceis para si e para os seus,

foi por diversas vezes reconhecido a nível local, distrital e nacional. Títulos com Comendador da Ordem de

Benemerência, em 1946, e a Fénix de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses, em 2012, são alguns dos

vastos galardões concedidos à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste.

Neste marco histórico, é imperativo homenagear todos aqueles que, ao longo destes 130 anos, contribuíram

para a grandeza desta instituição. É também justo reconhecer o apoio inestimável das famílias dos bombeiros.

O sacrifício pessoal e a compreensão daqueles que ficam em casa enquanto os seus entes queridos se