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II SÉRIE-B — NÚMERO 33

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assumir as missões que o MFA lhe incumbiu, abraçando todas elas com dedicação e empenho, tendo sempre

por guia os objetivos do MFA.

Ao longo da sua vida foi sempre um empenhado interveniente na defesa e afirmação dos valores e projeto

de Abril.

José Emílio foi um homem íntegro, coerente defensor de Abril, do seu projeto e do cumprimento da

Constituição da República.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pelo falecimento de José

Emílio da Silva e apresenta aos seus familiares e amigos, as mais sentidas condolências.

Assembleia da República, 24 de setembro de 2024.

Os Deputados do PCP: Paulo Raimundo — Paula Santos — António Filipe — Alfredo Maia.

–——–

PROJETO DE VOTO N.º 330/XVI/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DE ROGÉRIO DE CARVALHO

Foi com profundo pesar que o País recebeu, no passado dia 21 de setembro, a notícia do falecimento de

Rogério de Carvalho, uma figura ímpar no teatro português e internacional, sendo reconhecido como um dos

mais discretos, porém, mais admiráveis criadores da cena teatral portuguesa.

Nascido em 1936, Rogério trouxe uma sensibilidade única ao palco ao explorar a profundidade da condição

humana através de um teatro envolvente, questionador e muitas vezes disruptivo.

Estreou-se no Teatro Nacional D. Maria II, em 1967, ainda como estagiário, com a peça Senhora na Boca do

Lixo, do autor Jorge Andrade. Entre as suas obras mais emblemáticas, destaca-se a encenação da peça Os

Negros, de Jean Genet, apresentada no Teatro Nacional São João em 2006, que revolucionou o palco ao trazer

uma reflexão poderosa sobre as questões raciais e sociais, com um elenco diversificado que incluía atores de

Moçambique, Angola, São Tomé, Cabo Verde e Portugal.

Ao longo da sua extensa carreira, Rogério de Carvalho foi um verdadeiro mestre das artes cénicas, um

encenador que não se dedicou apenas a criar espetáculos memoráveis, mas também a formar gerações de

artistas que hoje carregam o legado da sua sabedoria e visão.

Com uma dedicação ímpar à arte de encenar, Rogério de Carvalho deixou-nos não só um vasto repertório

de peças, mas também uma forma de pensar o teatro como uma arte de resistência, de transformação social e

de profunda reflexão humana.

Apesar de evitar homenagens públicas e concessão de honras, Rogério de Carvalho lega uma herança

imensa, que transformou o teatro e a forma como este é entendido em Portugal. A sua obra permanecerá como

um dos capítulos mais importantes da nossa história teatral.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar à família e

amigos pela morte de Rogério de Carvalho, reconhecendo a imensa contribuição de sua vida e obra, cuja perda

irreparável deixa um legado de dedicação, talento e humanidade que jamais será esquecido.

Palácio de São Bento, 24 de setembro de 2024.

Os Deputados do PS: Edite Estrela — Maria Begonha — Mara Lagriminha Coelho — Miguel Matos —

Clarisse Campos — José Costa — Rosário Gambôa — Pedro Delgado Alves — Ricardo Costa — Pedro Sousa

— Carlos Pereira — Tiago Barbosa Ribeiro — Fátima Correia Pinto — Walter Chicharro — José Luís Carneiro

— Gilberto Anjos — Lia Ferreira — João Paulo Rebelo — António Mendonça Mendes — Ana Bernardo — Nuno

Fazenda — Fernando José — Carlos Silva — Irene Costa — Eurico Brilhante Dias — Eurídice Pereira — Ana

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