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RELATÓRIO | OBSERVATÓRIO TÉCNICO INDEPENDENTE

fundamental do sistema por ser extremamente influente na qualidade, quantidade e distribuição

dos combustíveis florestais.

Recomendações

Destacar as acções relacionadas com a Organização do Território, associadas à Política Pública

de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo das de Gestão do Combustível.

Associar as acções de Gestão do Combustível às da Política de Energia, no sentido da utilização

útil da Biomassa Florestal.

Desenvolver o Programa Nacional de Fogo Controlado para níveis com impacto ao nível da

paisagem e da consequência para limitar a extensão e intensidade dos incêndios, o que implica

o uso de ferramentas visando o planeamento espacial estratégico.

5.1.3 Sensibilização

A sensibilização, como componente da prevenção inclui, segundo a Diretiva Única, "todas as

ações dirigidas aos cidadãos e organizações com vista à modificação de comportamentos e à

adoção das melhores práticas de segurança, individual e coletiva".

Sensibilizar para a proteção da floresta e para os seus usos diretos e indiretos é uma ação que

se deve iniciar nas escolas do ensino Básico e Secundário, especialmente pelo facto de Portugal

ser um dos países do Sul da Europa com maior área com coberto florestal. A sustentabilidade

desta característica num período de acentuadas mudanças sociais, económicas e climáticas

depende da sensibilização da população para os valores com que a floresta contribui para o

desenvolvimento sustentável do país. A sensibilização para a floresta, para as suas

vulnerabilidades e riscos, para a modificação de comportamentos e para a adoção de melhores

práticas de segurança, individual e coletiva não deve ser apenas feita a nível documental, com

acesso a exposições nas salas de aula, brochuras, livros, vídeos, filmes e outros meios

audiovisuais, mas sobretudo por meio de visitas a espaços florestais, especialmente em áreas

protegidas. Nas saídas de campo os temas da floresta deveriam ser associados aos temas do

ambiente, da biologia, da biodiversidade e para os anos escolares mais avançadas ao tema do

desenvolvimento sustentável. São conhecidas as causas que impedem geralmente que este tipo

de saídas de campo se realizem: verbas escassas, indisponibilidade de tempo por parte dos

professores devido a sobrecarga administrativa e letiva, indisponibilidade dos professores devido

às dificuldades de organização e viabilização destas iniciativas e desinteresse.

Contudo, trata-se em última análise de uma questão de prioridades estabelecidas não só pelo

corpo diretivo e docente das escolas como pelas respetivas tutelas. Sem um contacto direto com

a natureza, sem algum conhecimento direto e presencial da flora e da fauna nacionais, sem

conhecer os valores de uso indireto da floresta, sem noções básicas sobre as características e

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