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9 DE MAIO DE 2019

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Figura 26. Fluxos de informação (setas a azul) e elementos da decisão para o Plano Estratégico de Ação (setas a

vermelho) que define as ações estratégicas a adotar (seta a cinzento). O papel do NAD-AIR na recolha de

informação e no seu tratamento para apoio à decisão é absolutamente central e fundamental em todo o processo de

incorporação do conhecimento nas decisões de combate.

Desta figura ressalta o papel central do NAD-AIR na recolha de vários tipos de informação espacial e

temporal, de combustíveis e de meteorologia, de propagação do incêndio através de meios aéreos e satélites,

de localização de meios. Esta multiplicidade de informações obriga a uma análise cuidada por um conjunto de

profissionais que possam utilizar essa informação e interpretá-la à luz dos conhecimentos técnicos e científicos

existentes mas também da experiência profissional de terreno na área da gestão de ocorrências complexas e

de gestão do fogo. De facto, em situações de grande complexidade em que as preocupações principais são as

da segurança e da eficácia do combate há que fazer análises adequadas de forma a otimizar recursos.

Da experiência do incêndio de Monchique importa concluir que a informação e análises efetuadas foram

insuficientemente utilizadas no teatro de operações.

Esta situação decorre naturalmente da pouca experiência de trabalho coordenado entre o comando das

operações e o NAD-AIR que deverá ser muito mais reforçado, testado e preparado com a antecedência

devida.

O Observatório considera muito relevante o esforço iniciado pela pequena equipa do NAD-AIR de

incorporação da melhor informação e das melhores técnicas de análise para apoio à decisão. Este esforço

precisa de ser muito mais desenvolvido e aprofundado, afetando mais recursos e mais formação, de forma a

que seja atribuída progressivamente maior responsabilidade à equipa central do NAD-AIR e às equipas

regionais EAUF associadas.

O Observatório recomenda que seja revista a prática dos Planos Estratégicos de Ação, que não podem ser

apenas uma obrigação legal e burocrática, mas antes uma ferramenta simples e sempre atualizada que

permita a todos os agentes implicados conhecerem a todo o tempo o seu enquadramento e funções e que

possam ser posteriormente utilizados para a prática saudável da procura das lições aprendidas durante a

ocorrência.

Recomenda-se que a informação meteorológica seja incorporada e distribuída a intervalos de tempo muito

mais curtos, complementando a informação do IPMA com outras como as constantes da figura apresentada. A

informação em tempo real (ou quase real) e da previsão do campo de ventos deveria tirar partido de outras