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modestamente nos dias de perigo extremo.

Tabela 4. Desvios (%) para as classes de perigo meteorológico de incêndio elevado, muito elevado e extremo

de alguns indicadores de piroatividade em 2018-2020 relativamente ao período 2008-2017. Destacam-se a azul

e a vermelho os desvios que indiciam respetivamente melhor e pior desempenho.

Classe

Número

ignições

Probabilidade

fogos ≥1 ha

Duração

fogos ≥1 ha

Dimensão

fogos ≥1 ha

Probabilidade

reacendimento

Área

ardida

Elevado -42,0 -33,3 -32,9 -61,7 12,9 -29,2

Muito

Elevado -53,9 -23,3 -36,8 -40,2 12,6 -16,9

Extremo -57,8 -12,7 -44,6 89,5 -12,9 11,9

3.3.4 Desvios nos indicadores de piroatividade à escala distrital

A Tabela 5 revela uma grande diversidade de situações regionais relativamente aos desvios

registados em 2018-2020, dado o n.º de indicadores em jogo e as possíveis combinações de

resultados.

A redução do n.º de ignições foi muito substancial no norte e centro do país, mas modesta nos

distritos de Castelo Branco, Santarém e a sul do Tejo, sugerindo que é difícil diminuir o n.º de

ocorrências de fogo rural nas regiões onde a densidade de ignições já é baixa. Os desvios

negativos da probabilidade de fogo ≥1 ha foram particularmente evidentes em Vila Real, Viseu e

Leiria, sendo esse progresso tímido no sul do país. Contudo, boa parte dos distritos do sul

evidencia menor duração e menor dimensão dos fogos ≥1 ha em 2018-2020. A norte,

distinguiram-se neste aspeto os distritos de Braga e Porto.

Sendo ponto assente que o principal problema reside no número e dimensão dos maiores

incêndios, distinguem-se pela negativa, ou seja, por desvios positivos em pelo menos um dos

indicadores, os distritos de Viseu, Santarém e Beja, e particularmente os distritos de Bragança,

Aveiro, Castelo Branco, Leiria e Faro. Os restantes distritos apresentam números favoráveis e

foram muito pouco ou nada (desvios de -100%) assolados por incêndios ≥1000 ha.

As idiossincrasias regionais estão bem patentes no indicador probabilidade de reacendimento.

A este respeito merecem atenção os distritos do Porto e Bragança e, em menor grau, alguns

distritos do sul do país.

Relativamente à área ardida total, constatam-se desvios positivos de grande amplitude em Faro

e Castelo Branco, exatamente onde ocorreram os incêndios mais marcantes de 2018-2020 e

que ultrapassaram 10 000 ha, seguidos a grande distância por Beja, Portalegre e Leiria. Note-se

que a magnitude destes desvios positivos é influenciada pela perda de «memória» inerente ao

processo de modelação relativamente aos grandes incêndios de 2003-2006, uma vez que

28 DE DEZEMBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________

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