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quantia de cerca de 11 milhões de contos, que estamos a investir, no País, em matéria de segurança nos portos, a todos os níveis.
Isto - como me está a lembrar o Sr. Secretário de Estado - sem contar com os molhes do Douro, que também são importantes. Só aí…

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Mas o que é que os molhes do Douro têm a ver com a segurança?!

O Orador: - Ó Sr.ª Deputada, ainda pergunta o que é que os molhes do Douro têm a ver com o facto de os barcos poderem andar em segurança em toda aquela zona?! Então não têm?!

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr.ª Presidente, se me permite que interrompa, gostaria só de perguntar ao Sr. Ministro se vamos começar a divagar e a falar dos portos de pesca (como lhes chamava há meses o Governo), que, como acontece em Albufeira, são marinas!
Se queremos falar a sério, falemos a sério; se queremos introduzir notas de humor, então, poderemos derivar! Mas, entendamo-nos, os molhes do Douro não têm qualquer relação com uma das componentes do sistema sobre o qual o questionámos concretamente! E isto para não divagarmos muito sobre outros aspectos, pois poderíamos dizer que o Orçamento continua a incluir, em investimentos de pesca, equipamentos que, manifestamente, nada têm a ver com o apoio à actividade pesqueira e são de lazer ou turismo! Serão tudo menos apoio aos pescadores!

O Orador: - Muito bem, não divaguemos, portanto, e falemos do que é fundamental, se assim o entende!
No entanto, quanto aos molhes do Douro, quero dizer que penso que também têm um papel importante nessa área. Todavia, não quero entrar agora numa discussão dessa natureza, nem, tão pouco, discutir sobre o porto de pesca de Albufeira, que, aliás, lhe posso dizer que está praticamente terminado. Aconselho-a a ir visitá-lo, pois estive lá há poucos dias e vi que está muito bonito, independentemente daquilo para que pode ser utilizado. Mas não divaguemos!
A Sr.ª Deputada colocou uma questão muito importante sobre as infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias. Como é evidente, sabemos que há, no âmbito da União Europeia, uma discussão muito concreta, e muito acertada, do meu ponto de vista, sobre a promoção e a inversão da tendência que existiu em toda a Europa, e não só em Portugal, de privilegiar os investimentos na área rodoviária em detrimento dos investimentos ferroviários.
Ainda não conseguimos atingir esse objectivo de ter mais investimento em ferrovia do que em rodovia, porque o atraso no desenvolvimento das acessibilidades rodoviárias em Portugal era gigantesco, pelo que havia muito a fazer nesta área. Mas comungo da sua preocupação e posso dizer-lhe algo que vai ao encontro da mesma.
Aliás, na discussão dos quadros comunitários de apoio, uma das questões complexas da negociação é sempre a do princípio a que devem obedecer estes investimentos.
O que gostaria de lhe dizer é que, por exemplo, entre 1995 e 1999, os investimentos em infra-estruturas ferroviárias duplicaram relativamente ao passado. Nesta Legislatura, manteve-se a mesma percentagem, ou seja, maior relativamente ao passado, em investimentos ferroviários. Não conseguimos ainda foi atingir o que referiu e nisso estou de acordo.
Sobre a questão das ligações de mercadorias, estamos a fazer algo que me parece extremamente importante, e que a Sr.ª Deputada também referiu bem, que é projectar e começar a concretizar ligações ferroviárias aos portos. Ainda há pouco, o Primeiro-Ministro falou, numa visita a Sines, das ligações que queremos fazer à Europa, através do porto de Sines, em bitola europeia, assunto que estamos a negociar com o governo espanhol.
Mas, para lhe dar um mero exemplo, posso dizer-lhe que, neste momento, falta cerca de um mês para se concluir a obra da ligação da ferrovia ao porto da Figueira da Foz. Ou seja, estamos a ir ao encontro daquilo que é fundamental fazer para se resolver este problema de pôr mais mercadorias em ferrovia em detrimento do que tem acontecido até agora na maioria dos portos do País, que consiste em os produtos saírem de lá pela via rodoviária, com todas as consequências que daí advêm.
Outra área extremamente importante, e que constitui um dos objectivos centrais do Governo nesta Legislatura, é o lançamento das plataformas logísticas no nosso país. Estamos a trabalhar com grande força nessa matéria e o facto de ir haver um conjunto de plataformas logísticas, associadas, normalmente, a tudo o que tem a ver com os aeroportos ou com portos de grande dimensão, vai fazer com que exista uma optimização na área ferroviária, em detrimento da área rodoviária. É, pois, nessa lógica que vão ser concretizadas.
Sobre a linha do Oeste e a questão das linhas inter-regionais, quero deixar duas notas breves.
Como é evidente, a construção do aeroporto internacional de Lisboa, cuja concretização está em curso, na Ota, tem várias implicações, nomeadamente no campo das acessibilidades que estão previstas para o mesmo.

O Sr. Joaquim Matias (PCP): - Afinal, sempre é a linha do Oeste, em vez do TGV!

O Orador: - Meu caro amigo, vamos devagar! Vai ter as duas coisas, como vai ver e eu lhe vou explicar!
Relativamente ao projecto da rede de alta velocidade, os Srs. Deputados sabem que estamos a trabalhar também em alta velocidade no mesmo, tendo já sido constituída a empresa que o vai concretizar. Na próxima quarta-feira, receberei, em visita oficial a Lisboa, o Ministro do Fomento espanhol para discutirmos estas matérias, em termos de traçados, de projecto conjunto quanto ao que é fundamental, pois é um projecto feito entre os dois países. É com muito gosto que o receberei, o que, aliás, ocorrerá na sequência das várias reuniões que tem havido, para concretizarmos esse projecto, que é muito importante para o desenvolvimento do nosso país.
Como eu dizia, o aeroporto internacional de Lisboa vai ter ligações através da grande velocidade, mas, como é óbvio, também temos de aproveitar este tipo de projectos para se concretizar o desenvolvimento das áreas onde vão ser construídos estes novos empreendimentos.
Como tal, no que tem a ver com a linha do Oeste, estamos a estudar dois aspectos. Um, é a ligação da linha do Oeste à