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número. Nós acreditamos que estejam conscientes deles, mas não são esses os números que nós temos no Orçamento do Estado dados pelo Ministério das Finanças. Provavelmente, aquilo que estamos a comparar hoje é um orçamento inicial de 2003 e, portanto, é lógico compará-lo com o inicial de 2002. Daqui a algum tempo, falaremos da execução do de 2003 e compararemos com a execução do de 2002. E aí, sim, teremos uma nova base sólida de comparação para ver como é que se processaram as políticas.
Eu também nunca disse que mais dinheiro era mais qualidade, nem sequer que os dois estão obrigatoriamente ligados. Naturalmente, tem muito a ver, mas é evidente que há outras qualidades que o dinheiro por si só não consegue encontrar - e, aí, temos a formação dos técnicos, etc. Por isso é que eu disse: atenção, Sr. Ministro, às contrapartidas que vai pedir aos agentes culturais, porque pode correr-se o risco de, para conseguir os apoios, as contrapartidas serem tão essenciais para os diversos grupos apoiados que eles façam, a qualquer custo, acções de sensibilização de novos públicos que tenham o efeito contrário, que é o de afastar definitivamente os públicos! Uma má experiência de sensibilização "mata" anos seguidos de trabalho nesta área.
Por isso, quando falei em serviços educativos, queria dizer o seguinte: não é qualquer professor - e não estou aqui a tecer qualquer consideração sobre a qualidade e a qualificação dos professores -, só por ter horário zero ou só por ter horários reduzidos, que pode fazer sensibilização cultural. Portanto, atenção aos retrocessos a que uma má sensibilização pode levar! Penso que o Sr. Ministro estará de acordo com isso.
Também não vou falar dos públicos, se há mais gente nas plateias, etc., senão nunca falaríamos de Manuel de Oliveira. E nós, na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, falamos muito do exemplo de internacionalização e de grande projecção internacional de um elemento como Manuel de Oliveira, mas não estamos, com certeza, a contabilizar isso através do número de espectadores dos seus filmes. Há outros critérios que é preciso ter em conta. E eu, que me farto de ver na televisão, quando faço zapping, imensos estádios de futebol com meia dúzia de pessoas, depois de tanta publicidade televisiva, acho que nós ainda não estamos muito mal na área da cultura, porque vejo muitas enchentes em sítios onde era insuspeito poderem estar. Portanto, não estou tão pessimista quanto isso.
Sr. Ministro, sei que as coisas na cultura são a longo prazo ou, se quiser, a médio prazo. Aquilo que eu disse vale tanto para hoje como para há dois anos, quando um ministro da Cultura (não sei se o actual Sr. Deputado Augusto Santos Silva) teve de escrever ao ministro das Finanças a pedir mais verbas. O que desejo é que o Sr. Ministro escreva muitas vezes e tenha muitas respostas positivas.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Fonseca de Almeida.

O Sr. Ricardo Fonseca de Almeida (PSD): - Sr. Presidente, serei sintético, até porque a minha pergunta é muito específica e tem a ver com o meu círculo eleitoral, o Porto, concretamente, com o Teatro Nacional de São João.
Tive a oportunidade de ouvir uma entrevista da Sr.ª Deputada Manuela Melo, por quem tenho muito respeito, desde o tempo em que eu era estudante e a Sr.ª Deputada vereadora da Câmara Municipal do Porto, e fiquei preocupado. Por isso, queria saber se o Sr. Ministro e o Sr. Secretário de Estado podiam despreocupar-me.
É que a Sr.ª Deputada referiu, em entrevista ao canal NTV, que estava preocupada com o futuro do Teatro Nacional de São João, nomeadamente com a nomeação do encenador Ricardo Pais. Todos nós reconhecemos o seu valor e a sua mais-valia para o Teatro Nacional de São João, conheço bem o seu trabalho, pelo que gostaria de saber se, de facto, existem condições para o encenador Ricardo Pais estar à frente do Teatro Nacional de São João, visto que, na referida entrevista, isso foi posto em causa. Obviamente, congratulo-me com essa ideia do Sr. Ministro e do Sr. Secretário de Estado, porque julgo que é uma mais-valia para o Teatro Nacional de São João e, obviamente, para a cidade.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Cultura.

O Sr. Ministro da Cultura: - Sr. Presidente, Srs. Deputados, agradeço muito as questões e os comentários. Podem crer que tentarei responder o mais rapidamente possível, mas não tive qualquer intenção, se houve esse julgamento por parte da Sr.ª Deputada Manuela Melo (espero que seja mais benevolente), de fazer aqui um exercício de sapiência; pelo contrário. A Sr.ª Deputada, aqui, ao contrário do que é costume, "viu o copo meio cheio, em vez de ver o copo meio vazio". Agora, vejo a outra parte que acrescentei: acrescentei também as limitações do campo da política e, até, as imperfeições, não só as que já pratiquei e que são óbvias, como as que são inerentes a toda a acção política. Portanto, não quis dar aqui uma lição de sapiência completa e, quase diria, arrogante - com certeza, não foi essa, reconhecê-lo-ão, a minha postura aqui.
Sr. Deputado Fagundes Duarte, à sua pergunta concreta, sobre a razão por que há na rede de bibliotecas municipais, que, aliás, vai ser alargada às regiões autónomas (há protocolos nesse sentido), verbas de 100 ou 500 euros, a minha resposta é simples: é para manter as rubricas abertas para que (e esta foi a parte que o Sr. Deputado não acrescentou, mas que eu quero acrescentar), tão logo que existam propostas para acções concretas, se possam transferir verbas para essas mesmas rubricas. Portanto, há sempre a esperança, a possibilidade, através da gestão flexível ou da utilização de verbas… É que há sempre - e, Srs. Deputados, deixem-me também sublinhar este ponto - muitas verbas que acabam por não ter utilização (pelo menos, no campo da cultura é assim), porque não há correspondência num município por qualquer motivo, etc. Portanto, estas aberturas são para evitar que as verbas se percam. Se há um município que, por qualquer motivo (muitas vezes, justificado ou outro), não pode utilizar essas verbas na sua biblioteca, que está na rede de leitura pública, rede esta que - como já aqui foi dito, e muito bem, pelo Sr. Deputado Gonçalo Capitão - foi lançada pela hoje Deputada Teresa Gouveia, na altura secretária de Estado no governo do Prof. Cavaco Silva… E nós queremos que este programa, que está bastante avançado e, como sabe, já cobre uma boa parte do País, continue. Este é, portanto, o mecanismo para assegurar o aproveitamento destas rubricas, caso haja alguma transferência possível.
A Casa Camões, como o Sr. Deputado reconheceu, é-me muito cara. É claro que os ministros não podem nem

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