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devem favorecer as suas preferências pessoais, mas há, realmente, casos tão gritantes e tão importantes - acontecerá, com certeza, também nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e noutras partes do País - em que se constata, da parte de toda a população, uma vibração, uma consonância em relação ao equipamento (que até é bastante pequeno neste caso) que deve ser sublinhada. O Sr. Deputado sublinhou-a e eu também, tal como o poderia fazer em relação a outros que referi há pouco, alguns agora visitados pelo Sr. Presidente da República, na Presidência Aberta que está a fazer ao distrito da Guarda (e tantos outros), em que há, efectivamente, uma simbiose entre a população e um equipamento cultural com uma grande raiz histórica que merece ser destacada.
Apenas lhe posso dizer que a Casa Camões (que é, aliás, pequena) e a hipótese da tal verba pequena que solicita está a ser apreciada ao nível do Ministério da Cultura, sendo certo que a Casa já está bastante avançada. Estive lá no dia 10 de Junho e fiquei muito impressionado com o apego de toda a população, uma população camoniana, digamos assim. Portanto, este ponto não será esquecido.
Sr. Deputado Lino de Carvalho, há um ponto em que estamos de acordo, para além das nossas comuns experiências de longos anos na Assembleia do Conselho da Europa e na UEO, bem como aqui, na Assembleia da República, como é evidente. De facto, há algumas matérias em que, tal como acontece noutras políticas, pode haver alguma convergência num ou noutro ponto. E agora constato que há mais uma convergência, porque o Sr. Deputado reconheceu - como tenho andado a dizer há que tempos - que nem tudo na cultura passa pelas verbas orçamentais.
Ainda bem que ficou claro e que o Sr. Deputado o disse, porque esse é, para mim, um ponto fundamental. De facto, por vezes - não no seu caso, mas noutros discursos que tenho ouvido -, fica-se com a impressão de que tudo na cultura é um produto de mais ou menos verbas orçamentais. Tenho combatido essa noção porque ela não é verdadeira mas, sim, falsa e leva ao desperdício e à ilusão, à pura ilusão! Se nós tivermos a ilusão mecanicista (como costumo dizer) de que mais verbas significam melhor e mais cultura e se apenas cruzarmos os braços e pensarmos "se temos verbas, vai haver melhor e mais cultura", o que vai acontecer é o desperdício e várias outras coisas. E isso é alimentar uma ilusão, que deve ser combatida. Não nos esqueçamos disso nem caiamos nessa ilusão.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Como o Sr. Ministro sabe - e peço desculpa pela interrupção -, os marxistas são tudo menos mecanicistas!

O Orador: - Sr. Deputado, veja bem, não estava a falar apenas para si mas para todos, em geral. Eu, que não sou marxista, também não sou mecanicista, bem pelo contrário, nem outras coisas que os marxistas são…!
Referiu ainda - e aí não estou, de todo, de acordo consigo - que entende que há aspectos do meu discurso que não jogam com o de outros meus colegas. Isso não é verdade. Obviamente, cada um tem o seu estilo, os discursos podem ser complementares e não absolutamente iguais, e não temos de ter todos a mesma forma de expressão. Tenho a maior consideração pelos meus colegas que referiu, julgo que estão a fazer um trabalho extraordinariamente difícil em áreas muito difíceis e, portanto, não vejo nada que contrarie, nas acções que quero desenvolver, aquilo que os meus colegas de Governo estão a fazer. Sou solidário com todos eles e quero afirmar expressamente essa minha solidariedade, mas - lá está! - sempre respeitando o estilo de cada um. Nunca ninguém me pediu para abdicar do meu estilo próprio. É óbvio que cada qual tem o seu estilo, e o meu terá qualidades mas, certamente, também defeitos - e alguns deles, aliás, já me têm sido muito apontados, sobretudo da parte daqueles que continuam a considerar que a cultura tem de ter uma componente muito forte de política-espectáculo, aspecto com o qual não concordo.
Claro que a cultura pode e deve ter uma ligação persuasiva para a formação dos novos públicos - esse é um aspecto -, mas outra coisa é que os políticos na cultura se substituam aos criadores e aos artistas e sejam, eles próprios, o centro da atenção, o centro do espectáculo. Não! Para isso temos aqueles que o sabem fazer, e não eu!
Relativamente ao Museu do Douro, também está em equação a questão do arquivo da Real Companhia Velha - é uma questão a ver.
No que diz respeito à Biblioteca Pública e ao Arquivo Distrital da cidade de Évora, evidentemente, já recebi o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Évora há algum tempo. Também aí está um dos sítios… O problema é que não posso ser parcial porque tenho ligações afectivas e vivenciais com tantas terras, e uma delas é Évora, por muitas razões, tal como é Coimbra, por outras razões… Mas esta é uma das minhas grandes preocupações. Como sabe, houve modificações no executivo municipal e nós esperamos que haja uma proposta de solução para este problema, sendo certo que estas são matérias (quer o Arquivo Distrital de Évora quer o Arquivo Distrital de Viseu, que são os dois únicos que faltam) que têm cobertura em fundos europeus.
A Biblioteca Pública de Évora é, como sabem, um caso muito especial que tem de ser contemplado com uma transferência de sítio, porque a sua actual localização constitui uma grande preocupação - como está, é perigosíssimo. São dois equipamentos que não deviam estar no centro da cidade velha e, ainda por cima, impedem o desenvolvimento do museu, como referiu, aliás, e por isso falei dele há pouco.
Estes problemas de Évora têm de ser vistos em conjunto, são problemas sérios e constituem uma das minhas grandes preocupações, não hesito em dizê-lo. Não vamos esquecê-los, mas também precisamos que haja uma grande cooperação da parte da autarquia (e haverá, com certeza) na escolha dos terrenos - como sabe, houve uma mudança do local que estava previsto pelo executivo municipal anterior. Mas, seja como for, estou convencido de que este é um ponto fundamental, porque tem a ver com uma cidade que é Património da Humanidade e cujos três problemas podem resolver-se: transferindo para outro local a Biblioteca Pública e o Arquivo Distrital, o Museu ocupará o espaço da biblioteca e, então, teremos um museu mais digno de uma cidade que é Património da Humanidade.
Sr. Deputado Victor Baptista, julgo que houve um equívoco quando afirmou que não havia tradução orçamental para o que queremos fazer em Coimbra nem recuperação do património. Há, certamente, um equívoco da sua parte! Eu próprio visitei Coimbra e posso convidá-lo a vir comigo. É que está a fazer-se um enorme esforço de recuperação do património em Coimbra, através do IPPAR e de fundos europeus.
Antes de mais, vou indicar Santa Clara-a-Velha, onde se estão a fazer obras para resolver aquele problema, que se arrasta há décadas, dos restauros - como sabem, Santa

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