O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

a sua conferência e que, depois, era responsável pela emissão das letras. E existiam contratos que, curiosamente, previam sobrejuros superiores a 10% para a eventualidade de ocorrer algum tempo entre a emissão da factura e a solução do não pagamento imediato através de letras - situação que não é normal, isto não está previsto em contrato algum -, mas, mesmo assim, encontrámos espaços de mais de um ano, no mesmo serviço, entre a emissão da factura e a sua conferência, representando isto (sem que se perceba o porquê desta situação) custos, em alguns contratos, superiores a 200 000 contos/ano. Ou seja, pela ineficiência do serviço que emite a factura, que confere a factura e que, depois, é responsável pela emissão da letra eram gastos 200 000 contos/ano pelos sobrejuros anormalmente previstos em contratos de fornecimento assinados pela RTP.
Por fim, ainda em relação às medidas a adoptar para a reposição da normalidade institucional, temos a análise das relações com agências de publicidade e fornecedores de conteúdos e a definição das regras de utilização de meios de produção internos e externos. No que respeita à produção, encontrámos na RTP esta situação espantosa, que tem a ver com os custos das horas extraordinárias: havia serviços previstos e, enfim, nunca era possível executá-los até às 18 horas, porque até essa hora os equipamentos estavam avariados. Fomos fazer o inventário do último ano: a partir das 18 horas, os equipamentos estavam a funcionar e os serviços eram cumpridos, obviamente, em horário extraordinário!
Para se atingir a conformação do serviço público de televisão no âmbito da reestruturação do audiovisual temos: a definição de uma política integrada de intervenção na televisão por cabo (é indesculpável o facto de a RTP não ter um canal no cabo que valorize e aproveite o arquivo da RTP, ao lado, por exemplo, de um canal de um dos operadores privados, que apenas tem um arquivo de meia dúzia de anos); a aquisição da totalidade da NTV à PT (e, caso queiram, posso prestar esclarecimentos acerca disto, pois parece ter havido alguma incompreensão sobre como é que uma empresa na situação da RTP compra a NTV); a criação de uma única empresa detentora dos meios de produção em estúdio e meios pesados de produção de exteriores, que permite a criação de valor associando à existência de mercado (a necessidade de conteúdos que a RTP tem), a disponibilidade de meios técnicos e humanos na FOCO, na EDIPIM e na CPP, a capacidade de gestão que tem faltado nesta área; a análise e clarificação das relações entre a RTP e diversas instituições, tais como o ICAM, a Fundação para o Desporto (e o Sr. Deputado conhece bem estas situações) e o incumprimento grave em que se encontrava a RTP; o levantamento sistemático e exaustivo dos passivos existentes nesta matéria; e a regularização, a curto prazo, do passivo acumulado no que se refere à entrega ao ICAM da taxa de publicidade, recuperando a autoridade moral para exigir uma revisão dos protocolos em vigor.
Para desenvolver um programa de reequilíbrio económico, o Governo propõe: reduzir de forma substancial os custos de grelha, ajustando-os às possibilidades da empresa, revendo, particularmente, os custos suportados pela RTP em matéria de futebol (é de facto absolutamente inaceitável aquilo que a RTP gastava, com absoluta complacência da tutela nesta matéria); reduzir os custos com cachets, que eram considerados manifestamente desadequados; optar por conteúdos mais informativos e menos de "entretenimento", com adequação às capacidades de produção próprias da RTP; renegociar com a PT o tarifário de rede de distribuição, simultaneamente com a negociação dos aproximadamente 100 milhões de euros de dívida; incrementar a produtividade; eliminar as contribuições negativas das participadas da RTP (todas elas dão prejuízo), com a alienação da TV Guia (já concretizada), a liquidação da RTC e da Viver Portugal e a reestruturação das estruturas de produção audiovisual dispersas pela FOCO, EDIPIM e Centro de Produção do Porto; e, finalmente, o movimento de pessoal. E, como primeira medida, temos a adesão ao programa de rescisões. Não sei se os Srs. Deputados se recordam, mas há uns meses muito se dizia sobre a dificuldade de implementar este plano, sobre a má recepção que este plano iria ter, que ninguém iria aderir a ele, que se estimava entre 0 e 100 unidades aqueles que adeririam. Porém, neste momento, há mais de 600 pessoas que, na RTP, aderiram a este plano. São mais de 600 pessoas no universo de redução, entre a adesão ao programa de decisões, as transferências programadas para as participadas alienadas e a não renovação de contratos a prazo. Somam mais de 600 unidades num processo pacífico e que não mereceu, afinal, a continuação da contestação anunciada.
Finalmente, para o desenvolvimento de um plano de reestruturação financeira, dividindo a dívida na conta de curto prazo de 2002 (90 milhões de euros, ou 110 milhões de euros), na conta de reestruturação (150 milhões de euros) e na conta de médio e longo prazo (500 milhões de euros), sobre os quais poderei dar o detalhe de um modelo previsto de financiamento, o qual obrigou a um trabalho aturado junto dos credores internacionais. Como o Sr. Deputado sabe, vários credores tinham já ameaçado com a falência da RTP - a situação que encontrámos foi a da existência de requerimentos de falência prontos a dar entrada -, e não era possível qualquer reestruturação da televisão pública sem um acordo de todos os credores internacionais.
Portanto, foi um trabalho aturado aquele que teve de se fazer para se conseguir a anuência de todos eles, credores internacionais e nacionais, ao plano de reestruturação, pois não era possível tocar num único activo da RTP sem o acordo da totalidade do universo dos credores.
Relativamente à lista de acontecimentos exclusivos, gostaria de dizer que o que se passa é que este Governo entendeu que, também aqui, vivíamos numa situação de incumprimento legal ao não ser ouvida a Alta Autoridade para a Comunicação Social sobre esta matéria. É entendimento deste Governo que deve ser ouvida a Alta Autoridade para a Comunicação Social.

O Sr. Arons de Carvalho (PS): - Pelo amor de Deus! Toda a vida foi ouvida!

O Orador: - No ano passado, essa lista não foi enviada à Alta Autoridade para Comunicação Social, como se recordará. Este ano, essa lista foi enviada à Alta Autoridade para a Comunicação Social, no final do mês de Outubro, e é essa a razão por que só será publicada depois de conhecida a resposta dessa entidade.
Por fim, sobre o porte-pago, como o Sr. Deputado bem sabe, o novo modelo de porte-pago entrou em vigor em 2001; 2002 é o primeiro ano em que teremos um exercício completo com o novo modelo de porte-pago e, portanto, só no final do ano de 2002 será possível, em função do balanço que se venha a fazer, concluir da necessidade de introduzir novas soluções ou de afectar outros recursos financeiros à liquidação do porte-pago.

Páginas Relacionadas
Página 0262:
  O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que declaro aberta a reunião. <
Pág.Página 262
Página 0263:
  (e estou a falar de travessia ferroviária) - não a considera uma prioridade, mas a verba
Pág.Página 263
Página 0264:
  não seja só para o Porto ou para Vigo, mas tenha uma possibilidade de ser alimentada por
Pág.Página 264
Página 0265:
  Quanto às áreas metropolitanas, gostaria de destacar a aprovação do diploma legal, também
Pág.Página 265
Página 0266:
  Portanto, para além dessa classificação, gostaríamos que todo este processo avançasse no
Pág.Página 266
Página 0267:
  ao Picoto e depois há um outro ainda, do Picoto ao IC1, que já está construído e concluíd
Pág.Página 267
Página 0268:
  têm apenas um milhão de euros em PIDDAC, o que é manifestamente insuficiente - só o Metro
Pág.Página 268
Página 0269:
  lesiva do interesse nacional e do estatuto de companhia de bandeira que se pretende para
Pág.Página 269
Página 0270:
  da Administração do Porto de Sines e da Administração do Porto de Singapura, que precisam
Pág.Página 270
Página 0271:
  De maneira que estamos a tentar fazer as coisas com a maior economia de meios e (muito im
Pág.Página 271
Página 0272:
  Públicas, Transportes e Habitação considera serem os principais empreendimentos deste Orç
Pág.Página 272
Página 0273:
  estão a ser estudadas e algumas delas já a ser concretizadas, podem ou não reduzir o temp
Pág.Página 273
Página 0274:
  autorização para "guarnecer" a comissão de avaliação e isso foi feito. Ela foi recomposta
Pág.Página 274
Página 0275:
  CP, em articulação com a Refer, a tratar de estimular e de arranjar novas maneiras de exp
Pág.Página 275
Página 0276:
  A ligação de Sines a Espanha é fundamental. Não podemos, por deficiência de ligações ferr
Pág.Página 276
Página 0277:
  O meu colega Deputado Joel Hasse Ferreira já aqui focou o problema de Sines, mas é precis
Pág.Página 277
Página 0278:
  também tem direito a alguma comodidade e a alguma rapidez no trajecto que diária e perman
Pág.Página 278
Página 0279:
  E uma vez que se trata de um concurso não por concessão, porque foi retirado do concurso
Pág.Página 279
Página 0280:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Ministro. O Sr. Ministro das Obras Públicas,
Pág.Página 280
Página 0281:
  Quanto à reformulação do ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária) e do ICERR (Instit
Pág.Página 281
Página 0282:
  O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas (Vieira de Castro): - Sr. Presidente, os Sr
Pág.Página 282
Página 0283:
  Para terminar, queria que me dissesse se vai ser feito estudo ou avaliação de impacte amb
Pág.Página 283
Página 0284:
  poder ser utilizada como revenda, o que levará a que uma família tome uma casa de arrenda
Pág.Página 284
Página 0285:
  ser electrificada? Como é que vai avançar, qual é a calendarização? Por outro lado, t
Pág.Página 285
Página 0286:
  O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habita
Pág.Página 286
Página 0287:
  que existam os projectos de execução, avançar-se-á para a construção, exactamente porque
Pág.Página 287
Página 0288:
  de euros é um número que está bastante longe dos 200 milhões de euros, que é em quanto as
Pág.Página 288
Página 0289:
  Gostaria, portanto, de saber se há alguma ideia de datas. Não sei se está previsto algum
Pág.Página 289
Página 0290:
  Sr. Ministro sabe, está já projectada a ligação Vigo/Madrid, que passa a 50 km de Braganç
Pág.Página 290
Página 0291:
  era então Ministro do Planeamento e, na altura, o seu Ministério defendeu uma posição dif
Pág.Página 291
Página 0292:
  resposta à intervenção da Sr.ª Deputada Edite Estrela, referiu que era preciso remover um
Pág.Página 292
Página 0293:
  cordiais em matéria de realojamento; estamos a tratar da questão do traçado, especialment
Pág.Página 293
Página 0294:
  Uma outra questão que quero colocar tem a ver com a taxa da radiodifusão, que, tradiciona
Pág.Página 294
Página 0295:
  Sr. Deputado esteve presente na primeira reunião que tivemos em sede de comissão, há larg
Pág.Página 295
Página 0297:
  Ainda assim, direi, sem qualquer temor, que não é intenção do Governo inverter o caminho
Pág.Página 297
Página 0298:
  Por outro lado, creio que é ilegítimo afectar a taxa de radiodifusão a outras finalidades
Pág.Página 298
Página 0299:
  conclusões que são corajosas, no sentido de que marcam uma opção, que, porventura, é semp
Pág.Página 299
Página 0300:
  retorqui, dizendo "bom, de facto, tem resultado positivo, não gasta a totalidade da taxa!
Pág.Página 300
Página 0301:
  logo, a RTP, em mais este processo desastroso em que se enfiou sem fazer contas, como aco
Pág.Página 301
Página 0302:
  que tomou em relação à NTV, mas o Sr. Ministro já a explicou ao responder ao Sr. Deputado
Pág.Página 302
Página 0303:
  Há cinco anos, falar de jogos ou de outras realidades interactivas em televisão - e, hoje
Pág.Página 303
Página 0304:
  crime e, no Orçamento do Estado, se eu falsificar as contas, não cometi um crime". Acho q
Pág.Página 304
Página 0305:
  Para além deste plano, existem ainda - mas isso é distinto disto - programas de iniciativ
Pág.Página 305
Página 0306:
  Por exemplo, numa matéria como a da imigração, em que o número de imigrantes, depois de t
Pág.Página 306
Página 0307:
  Ainda neste plano da comunicação social, relevaria a atenção que todo o Programa do Gover
Pág.Página 307
Página 0308:
  Portanto, Sr. Ministro, cada argumento que traz ao nosso convívio é um erro que comete.
Pág.Página 308
Página 0309:
  Em primeiro lugar, um que já foi assinalado: o Sr. Ministro vem aqui desmentir, contradiz
Pág.Página 309
Página 0310:
  muito sério que vamos ter que travar de uma forma muito empenhada. A informação estat
Pág.Página 310
Página 0311:
  uma vez que a iniciativa nesta matéria já não pertence ao Governo mas ao Parlamento. Era
Pág.Página 311
Página 0312:
  considere as componentes educação, cultura, telecomunicações, para além da simples questã
Pág.Página 312
Página 0313:
  Em relação à taxa da RDP, não há qualquer subterfúgio. O valor que constará no Orçamento
Pág.Página 313
Página 0314:
  devem ser consideradas como alternativas para garantir um financiamento estabilizado à te
Pág.Página 314
Página 0315:
  num aspecto nunca mencionado: é que pela tal situação de suficiência em que os senhores c
Pág.Página 315
Página 0316:
  A segunda questão é a de saber se, na sequência do debate que aqui se travou, sim ou não
Pág.Página 316
Página 0317:
  necessário afectar para uma realidade, que não pode ser uma realidade de mais de mil títu
Pág.Página 317
Página 0318:
  Ora, o Sr. Ministro vai defrontar-se - diria mais, não é apenas o Sr. Ministro, somos tod
Pág.Página 318
Página 0319:
  Por exemplo, recentemente, o Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes dis
Pág.Página 319
Página 0320:
  difícil que significa gastar o mesmo, investir mais; e é possível "no gastar o mesmo" ter
Pág.Página 320
Página 0321:
  Sr. Deputado Marques Júnior, creia que é com satisfação que digo que a primeira questão a
Pág.Página 321
Página 0322:
  se pretendia precisamente reforçar, por um lado a cooperação europeia e, por outro, uma p
Pág.Página 322
Página 0323:
  Em todo o caso, para quem quer aproximar-se do arco da governabilidade, é uma questão que
Pág.Página 323
Página 0324:
  Orçamento para 2003, é de cerca de 1,4%. Por conseguinte, o objectivo dos partidos que ap
Pág.Página 324
Página 0325:
  Sr. Ministro, tinha um conjunto de perguntas para lhe colocar, que, no entanto, já foram
Pág.Página 325
Página 0326:
  da política de defesa nacional, que é o conceito estratégico de defesa nacional. Convém,
Pág.Página 326
Página 0327:
  E a consequência sobre um entendimento em questões estruturantes é conseguir um entendime
Pág.Página 327
Página 0328:
  de questões pessoais, que lhes foi pura e simplesmente retirada pela administração. A
Pág.Página 328
Página 0329:
  um esforço para reestruturar e recuperar a empresa. É nosso compromisso, queremos salvar
Pág.Página 329
Página 0330:
  vou referi-lo, porque o Sr. Ministro falou muito nisso - e no crescimento da Lei de Progr
Pág.Página 330
Página 0331:
  houve o primeiro impacto e, agora, há uma estagnação relativamente ao futuro. Penso que i
Pág.Página 331
Página 0332:
  e que, além do mais, intervirá em pleno parque ecológico do Funchal através de postos de
Pág.Página 332
Página 0333:
  Sr. Secretário de Estado deram algumas respostas de esclarecimento que me agradaram, mas
Pág.Página 333
Página 0334:
  Também não está inscrito no Orçamento - creio que não só no orçamento do Ministério da De
Pág.Página 334
Página 0335:
  O Sr. José Lello (PS): - Não estamos a falar da mesma coisa! O Orador: - Mas por qu
Pág.Página 335
Página 0336:
  Podemos todos discutir por que é que há tantos anos os planos de investimento da defesa p
Pág.Página 336
Página 0337:
  O Sr. Secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes: - Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 337