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91 | II Série GOPOE - Número: 007 | 4 de Novembro de 2005

com o futuro do Estado social, que tem a ver com o futuro do Estado, como hoje o vemos e o representamos.
Este é o problema.
Disse-lhe apenas não a um organismo novo, com razões que mantenho totalmente. E não posso aceitar que venha dizer-me que eu disse «nada», porque todos os que me conhecem nesta Assembleia sabem que «dizer nada» não é a minha especialidade. «Dizer nada» não é, nunca foi, a minha especialidade, garanto-lhe! Durante legislaturas anteriores à sua vinda a esta Assembleia, dediquei muita atenção, com muitas iniciativas, a esta matéria da corrupção. Portanto, permitir-me-á que eu não possa aceitar que a Sr.ª Deputada venha dizer «política zero» ou «disse nada». Realmente, não posso aceitar. Trata-se de uma questão de respeito para consigo, porque se não lhe tivesse respeito olharia para o lado e não lhe diria o que quer que fosse.
Mas digo-lhe: não aceito que diga isso! Também não aceito que diga que movi uma guerra aberta contra as magistraturas. Não foi essa a intenção, nem foi essa a realidade. Essa também é uma mentira que, nem por ser muitas vezes dita, nem por ser «rementira» muitas vezes, passará! Um dia também se esclarecerá isso! Não há guerra alguma contra magistrados ou contra magistraturas.
Há aqui uma grande soma de equívocos, de manipulações, de corporativismos e de outras reacções que fazem criar uma ideologia imaginária em torno de um problema completamente diferente, que também tem a ver com a incompreensão acerca do funcionamento do Estado e da justiça.
Esse é o ponto importante: até que ponto sabemos ver, quando olhamos para o sistema de justiça. Às vezes, sabemos as leis, conhecemos as categorias profissionais, temos umas noções, ouvimos e lemos uns textos, mas não sabemos como funciona em profundidade o sistema de justiça. É fundamental ter uma ideia sobre isso. Alguns dos membros presentes nesta Assembleia têm «uma ideia» de como funciona o sistema de justiça, de quais são as premissas, de quais são as condicionantes e os constrangimentos desse funcionamento efectivo.
Portanto, Sr.ª Deputada, tem da minha parte a garantia de todo o interesse e de todo o empenhamento nestas questões, embora não um interesse em criar mais organismos ou defender mais organismos, mas em obter mais resultados na luta contra a corrupção.
Sobre a questão das seringas, não vou dizer-lhe aqui que vou introduzir as seringas, mas não tenho preconceito algum no sentido de considerar que essa matéria seja estudada e de que se tomem as decisões na base dos pareceres e perícias apropriados. Não tenho preconceito algum em relação a isto.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Ministro.
Srs. Deputados, concluímos esta audição.
Está encerrada a reunião.

Eram 00 horas e 30 minutos.

A DIVISÃO DE REDACÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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