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políticas que estudámos, se aplicam. Mas devia haver uma parte mais prática que nos permitisse chegar e aplicar esses conhecimentos mais práticos. (Ent. 14)

Mas nem todos os entrevistados questionam o campo teórico. Há um reconhecimento de que

a dimensão prática do currículo e posteriormente o exercício profissional têm de ser

fundamentados numa reflexão teórica, para que a realidade seja entendível e as práticas

profissionais tenham sentido e possam ser racionalizadas. Por isso, alguns entrevistados

foram reconhecendo, ao longo do exercício da profissão, que afinal as teorias aprendidas

tinham utilidade prática.

Quando estamos na faculdade, não se dá importância àquilo que é dado. Achamos sempre que aquilo nunca vai ser importante. Aqui, é o consolidar dos nossos conhecimentos. Acaba por ser o dia-a-dia. Vamos aprendendo coisas novas e vamos vendo que faz tudo sentido, aquilo que nós demos a nível teórico. Nós temos muitas cadeiras a nível de Sociologia, Antropologia. São muitas teorias que agora, acabam por nos ajudar a compreender os comportamentos, as atitudes das pessoas. Tentar encontrar um outro, às vezes parte dessas teorias que aprendemos no curso. (Ent. 12)

Quando inquiridos sobre a formação académica actualmente disponível em Portugal na área

do Serviço Social, constatamos três grandes tipos de respostas: uma primeira, que

simplesmente ignora a forma como hoje em dia se processa a formação em Serviço Social;

uma segunda que afirma um conhecimento relativo e parcial sobre a realidade formativa; e,

finalmente, uma terceira forma de responder informada e crítica sobre a formação. Constata-

se que são as respostas das entrevistas aos profissionais que desempenham cargos

institucionais as que são mais informadas e fundamentadas nas suas apreciações sobre o

processo formativo em Portugal.

Deixando de lado o primeiro grupo de respostas, pela sua irrelevância, verifica-se, no que

diz respeito ao segundo grupo, algum desconhecimento acerca da realidade formativa por

parte dos entrevistados ao avaliarem a forma como a formação actual decorre. De entre este

grupo de entrevistados, as respostas são de dois tipos: os que têm uma opinião negativa e os

que têm uma ideia positiva acerca da actual formação académica em Portugal.

Os entrevistados com opinião desfavorável à formação actual em Serviço Social assinalam o

surgimento de diversas instituições de formação e a consequente massificação dos cursos e

perda de qualidade formativa. Alguns comentários são referidos ao desfasamento entre a