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í)iârio da Câmara dos Peputados

lhar da alegria que a Câmara teve pela eleição de V. Ex.a

V. Ex.a é um antigo e velho companheiro,^ um intemerato republicano, cujos sacrifícios são muito de respeitar, e por estas razões ó V. Ex.a a pessoa que melhor pode representar-nos nesse lugar.

Portanto, eu associo-me, como todos os oradores que me antecederam, às homenagens que lhe foram tributadas." Venho depois de muito tempo de descanço —permita-me V. Èx.a o termo — mas venho com a mesma fé e ardor de compartilhar dós trabalhos e dos perigos até possíveis, para que a nossa Pátria e para que a nossa Eepública . sejam aquilo que nós queremos, e que até certo ponto foi.

Nós que temos a grave responsabilidade deste momento, não ternos o direito de desanimar.

Termino afirmando a V. Ex.a que no meu posto estarei pronto a dar o meu esforço para bem da nossa Pátria, e para glória da nossa Eepública. Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Agradeço as palavras de todos os ilustres Deputados, e torno-as como incentivo para cumprir mais à vontade a espinhosa missão de presidir à Assemblea Legislativa deste país.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Hoje devia fazer-°se a comemoração dos parlamentares falecidos.

Todavia, para dar um significado mais alto a essa homenagem, eu julgo interpretar o sentimento da Câmara, marcando uma sessão especial para esse eí«ito.

Vozes i — Apoiado.

O Sr. Carvalho da Silva:—Sr. Presidente : tenho ouvido com o maior prazer de vários lados da Câmara as declarações de que este Parlamento precisa começar, como muito bem disse o ilustre leader da minoria católica, Sr. Lino Neto, por manifestar claramente ao país, quanto na grave situação que ele atravessa ó capaz; de dar o mais alto esemplo-do isenção è quanto — ao expor ao país com clareza t, situação financeira que atravessamos — este Parlamento deve demonstrar que o« sacrifícios devem começar por cima.

Nestas condições, Sr. Presidente, eu vou ter a honra de, em meu nome e no dos meus ilustrrs colegas da ninoria monárquica, renovar a iniciativa de um projecto de lei que apresentei na sessão transacta, relativo à suspensão io subsídio, pelas funções parlamentares.

Sr. Presidente: de longa data não eram subsidiadas as funções parlamentares, e todavia não faltaram nunca ao Parlamento individualidades do mais alto prestígio, nos diferentes ramos da mentalidade nacional.

Nestas condições, e porque muito mais graves são hoje as circunstancias financeiras do país, do que ern 1892, quando o ilustre estadista Sr. Dias Ferreira, pro-poz a eliminação do subsídio, en, certo de que interpreto o sentir da Câmara, tenho a honra de renovar a iniciativa do projecto de lei, apresentado na sessão transacta.

O país atravessa uma grave crise de ordem pública, e nós temos infelizmente assistido a factos que seriam a vergonha do país e de um povo. se Osso povo o não condenasse com a maior d as repulsas, quais foram os factos, de 19 de Outubro.

Não quero referir-me a ôles neste momento, porque, como V. Ex.à muito bem disse, é justo que haja uma sessão especial de homenagem as vítimas do 19 de Outubro, mas, Sr. í'residente o que é preciso, antes e acima de tudo, é sabermos quais as causas de ondti advêm factos desta natureza e que dances eram reputados absolutamente impossíveis de se darem em Portugal, dada a bondade do povo português.

Sr. Presidente : as cansas desses factos ó que é preciso combater, e elas são sem dúvida a propaganda akameate perniciosa que se tem feito contra todos os princípios fundamentais da existência de todas as sociedades, e nomeadamente, Sr. Presidente, a propaganda e à perseguição verdadeiramente acintosa qus se tem feito à causa religiosa em Portugal.

O Sr. Sá Pereira:—Não apoiado.