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fiança em absoluto— e sem ter qualquer iintipatia e tendo até muita consideração pelo comércio honesto da nossa praça e sabendo o mal que daí poderá advir com a circunstância de ser recusada qualquer reforma, foi a razão das minhas palavras, palavras o mais bem intencionadas possível e q;ie eu soube pesar mu.to bem porque se: que tratava cousas muitíssimo sérias.

E eu, com o respeito que devo à imprensa e a consideração que tenho por V. Ex.a, peco-lhe a fineza de interceder jnuto dos representantes da jmprezisa para que sejam rectificadas as pala-sraí que foram publicadas, em conformidade com a declaração que acabo de fazer.

O Sr. Presidente: — Estou certo de que a imprensa, depois de ouvir as palavras de Y. Ex.a. rectificará o que por lapso publicou o

O Sr. Celestino de Almeida: — Pedi a palavra para requerer a V. Ex.a s.? digne consultar o Senado sobre se permite que seja substituído na comissão de administração pública o Sr. Manuel Augusto Martins que está ausente, pelo Sr. André de Fretas que ebtá presente.

Postas à votação as propostas dos Srs. Celestino de Almeida e Hercuíano^GaUiar-do} foram aprovadas.

O Sr. Constando de Oliveira: — Sr. Presidente: eu pedi a palavra quando acabava de falar o nosso ilustre cclega Sr. Varela a respeito do retraimento que, segundo consta, os Bancos, estamíaz?ndo nas operações -do desconto de letra?.

Não é para estranhar que tal fa^to se esteja dando por i^so que 03 por cento aproximadamente, cia nossa circulação fiduciária se encontra espalhada nas mãos dos particulares, principalmente dos que vivem na província. E imo admira tain-bêm que tal suceda, porque na província desconhecB-se ainda quais bLo as fançò'es dos Bancos de depósitos, que, como sabem, consistem em fazer canalizar as quantias que estão disponíveis, para o comercie 3 para a indústria, procurando assim o seu desenvolvimento.

Acresce ainda a circunstância de que cada c:dacao é hoje portador ciúme, quantia muiío superior à, que anteríorm£nte

Diário das Sessões do Senado

era necessária, para adquirir os produtos de que diariamente car?ce.

Estas duas circunst3ncias fazem com que os Bancos não tenham as disponibilidades, necessárias para o largo desenvolvimento que ultimamente tem havido no nosso comércio e na nossa indústria.

Isto explica a dificuldade que os Bancos põem no desconto de novas letras, não se esquivando, todavia, a fazer as suas reformas.

Este mal ultimamente agravou-sc, e foi por isso que o Sr. Sousa Varela veio fa-lar^sôbre o caso.

Este mal agravou-se porquê?

Agravou-se em virtude do pânico que na nossa praça foi produzido, primeiro pela aprovação das medidas de fazenda, e, em especial, da referente ao imposto sobre os lucros da guerra; depois, pela frase leviana proferida na outra casa do Parlamento, rclatKamente às importâncias que estão depositadas nos bancos, e que tanto apavorou aqueles que têm lá os seus depósitos.

É preciso que se não -esqueça que o que só diz no Parlamento tem eco lá fera, e que muitas.vezes as palavras aqui proferidas podem trazer consequências gravíssimas.

Sr. Presidente: foram, como disse, o receio das medidas clt1 fazenda c a ameaça contida na frase proferida na outra casa do Parlamento que fizeram ultimamente cescer as disponibilidades nos nossos bancos. O que não quere dizer que para isso não tenham concorrido outras causas, como a de estarmos atravessando a ápocL em que das províncias retiram capitais cos bancos para os trabalhos de lavoura e outras despesas reclamadas pela agricultura.

Sr. Presidente: eu s^ou daqueles que não me apavoro com a actual situação financeira, porque estou convencido de que o nosso país dispõe dos recursos necessários, não digo para equilibrar de pronto o seu Orçarnenlo, nem para melhorar considerávelmeute dum momento pa:%a o outro o seu câmbio, mas para, tanto quanto possível, atenuar o déficit orçamental e valorizar a nossa moeda.