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16 Diário das Sessões do Senado

Regimento, e não me consta que êsse lado da Geminara tenha protestado contra isso.

O Sr. Herculano Galhardo: - Duas palavras apenas para desfazer um equívoco.

Ontem o Sanado resolveu que visto haver um projecto na Mesa com pare ser da comissão o nos termos do artigo 84.° do Regimento, fôsse dispensada a impressão e o prazo do 48 horas.

Ora, o lacro do Senado ontem ter Botado que entrasse imediatamente em discussão o projecto não quere dizer que no momento da discussão, se o Senado reconhecesse a conveniência dêle voltar a outra comissão, não pudesse voltar a essa comissão; não.

Portanto, o requerimento do Sr. Ribeiro do Melo tem toda a oportunidade, e não vai de encontro à deliberação que o Senado ontem tomou.

O Senado resolveu que o projecto entrasse imediatamente em discussão, mas não resolveu, nem podia resolver, que não se interrompesse a discussão.

Suponhamos que durante essa discussão aparecia uma emenda tam importante que exigia o estudo de outra comissão,

Não devia voltar o projecto a essa comissão?

Era isto. Sr. Presidente, que eu tinha a declarar.

O orador não reviu.

Posto à votação o requerimento do Sr. Ribeiro de Melo, foi rejeitado.

O Sr. Afonso de Lemos: - O assunto era para levar muito tempo, mas eu, ao contrário do que fez o Sr. Herculano Galhardo, vou ser o mais breve possível.

Em primeiro lugar devo dizer que a minha proposta foi aceita pelo Sr. Presidente do Ministério e pelo Sr. Ministro das Finanças, com a declaração feita nas cadeiras ministeriais.

Não sabe isso o Sr. Herculano Galhardo, porque não estava nessa ocasião presente" S. Exa. estava em férias.

Estranho que S. Exa., como presidente muitíssimo digno da comissão de finanças, ao voltar do férias procedesse por uma forma que apenas quero classificar de pouco gentil para com os seus colegas da comissão, declarando que o parecer dado por ela não tem de modo algum semelhança com os pareceres habituais.

Isto certamente é um bocadinho de vaidade, aliás justificadíssima, não só na pessoa de S. Exa., pelo cuidado que dedica a todos os negócios públicos, como também peles altos dotes de inteligência e pelo seu critério. Mas como se trata de colegas que ficaram trabalhando na ausência de S. Exa., confesso que estranho que a volta de S. Exa. houvesse êsse excesso de vaidade,

O Sr. Herculano Galhardo: - Eu tenho uma grande consideração pelo Sr. Afonso de Lemos, sou seu velho amigo, mas entendo que S. Exa., agora, está um pouco fora da ordem pela maneira como está falando.

O Orador: - Entendo que estou dentro dei ordem, e creio que nas minhas considerações não houve o menor intuito de melindrar S. Exa.

Continuando nas minhas considerações, visto estar na ordem.

O Sr. Herculano Galhardo: - Eu não me julgo melindrado.

Como S. Exa. sabe, pedi licença na Câmara para me ausentar durante dez dias, a fim de tratar da minha saúde. No regresso encontro um projecto com o qual não estou de acôrdo, não na generalidade, mas na especialidade, e quando li êste parecer, tam pouco financeiro, confundi-o com o parecer da comissão de obras públicas.

O Orador: - Continuando e ratificando o que disse, compete-me apenas representar dois colegas meus dessa comissão de finanças, os Srs. Alves de Oliveira e Sousa Varela; em nome dêles cumpre-me agradecer a V. Exa. essa pouca gentileza. Creio bem que os seus dois correligionários. Srs. Ramos da Costa e Santos Garcia, por sua vez, agradecerão a V. Exa.

Indo já directamente à argumentação do Sr. Herculano Galhardo que se baseou numa argumentação que jocosamente podemos classificar de ortográfica, da lei que aumentou a circulação fiduciária, eu disse não apoiado. Vou responder com nina argumentação gramatical.

Concluiu S. Exa. que a autorização parlamentar só referia apenas aos 40 mil e não aos 140 mil contos.