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Sessão de 31 de Outubro de 1922 3

Do Governador Civil de Angra, pedindo a aprovação do projecto de lei que melhora a situação dos funcionários.

Para a Secretaria.

Do Sr. Lago Cerqueira, apresentando os seus cumprimentos- ao Senado e comunicando que se desempenhou da missão de representar a Câmara no funeral de António Cândido.

Para a Secretaria.

Do Presidente da República do Brasil, agradecendo ao Senado os cumprimentos que lhe dirigiu.

Para a Secretaria.

Da família de António Cândido, agradecendo ao Senado a representação no funeral.

Para a Secretaria.

Do Ministro em Madrid, Sr. Melo Barreto, agradecendo o voto de sentimento do Senado pelo falecimento de sua filha.

Para a Secretaria.

Projecto de lei

Do Sr. Ramos da Costa, em que é considerado Monumento Nacional, o histórico palácio dos condes de Almada.

Para segunda leitura.

Requerimentos

Requeiro que na próxima sessão na ordem do dia seja discutida a questão levantada pelo Sr. Meira acêrca da lei n.° 1:340, com prejuízo dos projectos inscritos na ordem do dia. - Frederico Simas.

Aprovado.

Do Reitor do Liceu Central Alexandre Herculano, do Pôrto, pedindo para que as nomeações feitas de professores classificados em segundo lugar, não sejam mantidas, visto que isso representa uma afronta ao Conselho Escolar.

Para a Secretaria.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Vou ter a honra de ler à Câmara o telegrama que o Sr. Presidente da República do Brasil enviou em resposta àquele que lhe foi dirigido por esta Câmara.

Leu.

Vozes: - Apoiado, apoiado.

O Sr. Presidente: - A Sociedade de Geografia enviou à Mesa desta Câmara cinco bilhetes para a conferência que amanhã o aviador herói Sacadura Cabral vai fazer a respeito do raid ao Brasil.

Eu peço à Câmara que cada uma das correntes aqui representadas indique a pessoa a quem há-de ser dado um bilhete, para assim o Senado ser representado por uma deputação na sessão de amanhã.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: - Sr. Presidente: não tendo assistido, por não poder, às primeiras sessões desta nova época parlamentar, pedi a palavra pára dizer a V. Exa. que me associo com profundo pesar aos votos de sentimento propostos nesta Câmara pelos antigos Pares falecidos, como Sousa Carvalho, Pedro de Araújo, Marquês de Penafiel, Marquês de Soveral e António Cândido.

Quando se tem passado o Cabo Tormentoso dos cinquenta, começamos a ter muito mais conhecidos no outro mundo do que neste.

É uma lei fatal, mas quem teima em viver vê desaparecer do seu lado recordações e amizades que não são mais substituíveis: aqueles com quem na nossa infância brincámos, aqueles que nos ensinaram na adolescência, outros que nos acompanharam já na idade viril, vão deixando um vácuo na nossa alma, um vácuo insubstituível.

O Marquês de Penafiel foi meu amigo de infância, brincou muitas vezes comigo.

Nasceu num berço de ouro, no tempo em que a sociedade portuguesa era muito interessante, no tempo em que os Senhores Marqueses seus pais davam festas que ficaram famosas.

Foi aí que fez a sua preparação diplomática.

Subiu sucessivamente os vários degraus da vida diplomática até chegar à situação em que estava, quando morreu, de Ministro plenipotenciário.

Êle tinha todas as qualidades que eram necessárias para saber representar o seu país, e, acima de tudo, era um patriota de