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23 DE MAIO DE 1991 2661

intervém num sector em que ele pensa que tem o monopólio. Mas os monopólios, como o PSD defende, já acabaram em Portugal! E, na verdade, o Sr. Deputado Vasco Miguel não tem esse monopólio!
Todos estamos preocupados com os problemas no sector vitivinícola, pelo que é nosso dever intervir e fazê-lo da forma como o fizemos.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Vasco Miguel, a Mesa foi informada de que o Sr. Deputado João Rui de Almeida também pretende usar da palavra para defesa da honra e da consideração da bancada. Assim sendo, gostaria de saber se o Sr. Deputado pretende dar explicações já ou no fim da próxima intervenção.

O Sr. Vasco Miguel (PSD):-Responderei no fim. Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem, então, a palavra o Sr. Deputado João Rui de Almeida.

O Sr. João Rui de Almeida (PS): -Sr. Presidente. Srs. Deputados: Dado que o Sr. Deputado Alberto Avelino, que o Sr. Deputado Vasco Miguel citou na sua intervenção, não está presente, eu não poderia deixar de intervir sobre as referencias que foram feitas a seu respeito.
Sr. Deputado Vasco Miguel, vou explicar-lhe o que aconteceu: estava previsto o Sr. Deputado Alberto Avelino fazer a sua intervenção em determinado dia e, depois, por razoes que acontecem com alguma frequência, não pode fazê-la. Porém, à semelhança do que também acontece outras vezes -e, certamente, também no seu partido-, ele informou a comunicação social do teor da sua intervenção.
Portanto, repito, foi por razões relacionadas com a orgânica dos trabalhos que a intervenção que esteve programada não foi produzida.
Finalmente, Sr. Deputado Vasco Miguel, gostaria de dizer que lamento a forma como o senhor produziu as suas afirmações! No entanto, julgo que não o fez de forma propositada e leviana! Em todo o caso, aconselho-o a que, para a próxima vez, se informe das razões pelas quais o deputado Alberto Avelino não pôde intervir.

O Sr. Presidente:-Para dar explicações, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Vasco Miguel.

O Sr. Vasco Miguel (PSD): - Srs. Deputados, estranho que as bancadas do PCP e do PS se tivessem sentido ofendidas, porque eu não quis ofendê-las! Aliás, penso que a estratégia de se sentirem ofendidos foi porque não gostaram nem estavam à espera que eu interviesse nesta sessão, em resposta, digamos assim, àquilo que foram as intervenções que, na minha opinião, não estão adequadas nem correspondem, no mínimo, àquilo que se pretendia que fosse a sessão de hoje.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP):-Essa é boa!...

O Orador: -O Sr. Deputado Lino de Carvalho disse, no início da sua defesa da honra, que, efectivamente, tinham sido acordados determinados parâmetros na Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Eu não disse nada disso!

O Orador: - Sr. Deputado Lino de Carvalho, todos nós na Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas...

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Você nem sabe ouvir!...

O Orador:-Sr. Deputado, eu não o interrompi!... Ouvi calma e serenamente o que o senhor disse acerca da problemática do vinho.
Sr. Deputado, não quero ter o monopólio do vinho, mas não posso permitir que aqueles que nada fazem para resolver esse problema venham, depois, ferir o ambiente -e isto tem a ver com uma intervenção que os senhores produziram - vasando vinho na rua, leite no rio, etc. Não posso permitir nada disso!
Enquanto andei preocupado em resolver a problemática do vinho, não vi os senhores interessados nisso... Ou melhor, peço desculpa, está alguém na vossa bancada que esteve interessado e esteve, lado a lado, comigo... Mas, de qualquer forma, falei em termos políticos, isto é, em termos de PCP!
Aliás, posso dizer que nunca trouxe a esta Câmara a «minha defesa» da problemática do vinho, porque sempre tratei desse assunto em termos técnicos, pessoais e não partidários.
Assim, o Sr. Deputado foi infeliz quando aqui disse que eu queria ser líder e ter o monopólio da problemática do vinho. Para mim, o vinho é uma coisa muito séria, pelo que não posso deixar que, levianamente, se levantem bandeiras acerca dessa temática.
Sr. Deputado, não é com quatro resoluções ilegais, puramente ilegais, que não passam de quatro bandeiras políticas para iludir os mais incultos, que se trata da problemática do vinho, muito menos depois de se ter acordado em comissão... Aliás, o senhor deu-me aval para eu redigir um texto alternativo ao seu. Esta é que é a verdade! Diga lá, Sr. Deputado, se isto é ou não verdade?

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - É mentira!

O Orador:-Ó Sr. Deputado, desculpe, mas não diga isso! O senhor não diga isso! O senhor sabe muito bem que na Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas foi acordado que eu redigiria um texto e que o senhor participaria na sua redacção. Isto é verdade ou não. Sr. Deputado? Deixo esta pergunta à sua consideração.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP):-Posso interrompê-lo, Sr. Deputado?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - O que ficou combinado, na Comissão, foi que, em relação ao projecto de deliberação, o Sr. Deputado e eu próprio introduzíssemos as alterações que pudessem fazer chegar a um consenso entre nós e o PSD. Acontece que o Sr. Deputado Vasco Miguel...

O Orador: - Não é consenso!... É que o texto era profundamente ilegal e era preciso revê-lo.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): -O Sr. Deputado Vasco Miguel, no dia seguinte, após ter consultado...

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