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1604 | I Série - Número 028 | 05 de Dezembro de 2003

 

todos e cada um de nós.
Mas adiante! Lembrar Sá Carneiro não pode ser, ele não quereria que fosse, olhar para o passado.
Um dos melhores modos que tenho de homenagear Sá Carneiro neste dia passa por vos relatar o Congresso do PSD/Açores, realizado no passado fim-de-semana.
Começo por acentuar que fui uma candidata independente nas listas do PSD/Açores. Sou, por isso, nesta Câmara, uma Deputada independente, alguém que olha para a realidade política da minha região e do nosso país com um espírito crítico jornalístico que não perdi, que não vou perder.
É com essa independência e com esse espírito crítico que vos digo que o Congresso Regional do PSD foi um momento alto na vida do meu arquipélago.
Um momento alto porque fez o diagnóstico rigoroso dos problemas dos Açores.
Um momento alto porque definiu as soluções para esses problemas.
Um momento alto porque devolveu a esperança a milhares de açorianos.
Sá Carneiro teria orgulho neste trabalho.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

A Oradora: - O produto interno bruto per capita, nos Açores, parou de crescer, está a 52% da média europeia e a 75% da média nacional. É por isso que o líder do PSD/Açores elege como o maior desafio da região a alteração destes números. Victor Cruz coloca como meta a atingir, numa primeira fase, o nível médio nacional do PIB e, depois, o nível médio europeu. Este é um dos mais importantes compromissos da sua moção, moção em que o líder regional do PSD reflecte sobre todas as questões que importam ao arquipélago e apresenta soluções maduras, sérias e responsáveis.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - A moção preconiza uma nova cultura política para os Açores. Escreve Victor Cruz: "A nossa estratégia política tem um referencial ideológico de base: as pessoas como primeira opção. Defendemos as reformas geracionais, as reformas culturais, as reformas das políticas sociais e as reformas das políticas económicas.".
Sá Carneiro deixou "herdeiros". Senão vejamos, mais em detalhe, quais são as propostas do PSD/Açores.
Na área económica, a moção começa por identificar as dificuldades da região autónoma: a "perificidade", a insularidade e a descontinuidade territorial acarretam custos suplementares e desvantagens do processo de desenvolvimento do arquipélago. São condições que fazem dos Açores uma região de competitividade reduzida.
O que o PSD/Açores propõe como estratégia de desenvolvimento sustentável harmoniza três perspectivas determinantes: fomento e desenvolvimento das actividades económicas tradicionais; relançamento das actividades económicas capazes de atraírem o investimento em resultado de uma atitude de inovação; valorização das condições de proximidade das regiões ultraperiféricas europeias que estão geograficamente mais perto.
Para a reforma das políticas sociais, a moção defende a criação de uma carta social.
Nos Açores, 13% da população tem idade igual ou superior a 65 anos, é por isso que o PSD/Açores exige da acção governativa uma particular atenção à terceira idade.
Na primeira linha das preocupações está o combate à pobreza e à exclusão social. Intervir contra a pobreza e a exclusão social não se pode limitar a acções circunscritas. Por isso, o PSD/Açores quer desenvolver uma acção coordenada em quase todos os domínios das políticas sociais.
Também urge uma política regional de habitação social, política que deve ser acompanhada de formação cívica.
A moção de Victor Cruz propõe um rápido combate ao analfabetismo, elege a educação como um dos grandes projectos da acção governativa regional. É, a todo o custo, necessário evitar o abandono escolar.
Também a melhoria do Serviço Regional de Saúde está entre as grandes prioridades do PSD/Açores.
Quanto às reformas culturais, Victor Cruz começa por lembrar que os açorianos são senhores de uma cultura de mais de cinco séculos, uma cultura marcada pela criatividade e pela universalidade, e propõe: mais do que "importadores" de cultura, os Açores devem ser "exportadores" de cultura.
E agora refiro-me a outra reforma importante defendida por Victor Cruz: a reforma de gerações. Ela faz-se numa transição pacífica, mas determinada.
Para começar de novo, escreve Victor Cruz, "foi preciso não negarmos o nosso passado político e o orgulho que nele temos. É o orgulho de um partido que defendeu e protagonizou a implantação da autonomia". Na verdade, ninguém o pode negar, as vivências da democracia e da autonomia estão, nos Açores,

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