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18 | I Série - Número: 003 | 22 de Setembro de 2007

segurança social, dar-lhe mais força, mais crédito, mais prestígio, por forma a garantir a todos as pensões de hoje e as pensões de amanhã. Foi isso que fizemos com a reforma da segurança social, mas fizemo-lo com coragem e não com a demagogia daqueles que não querem mexer em nada e que, com isso, ameaçam uma base do nosso Estado social, que é a segurança social pública.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Considero que a segurança social pública é um instrumento de coesão da maior importância e foi por isso que fizemos essa reforma.
Finalmente, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que respeitamos a independência dos bancos centrais, tanto do banco central português como do Banco Central Europeu. Também sou dos que acham que a Europa e os políticos europeus devem fazer mais pelo crescimento, mas o Banco Central Europeu saberá o que fazer e eu respeitarei essa independência.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Portanto, lava as mãos, como Pilatos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Lamento que o Partido Comunista ainda não tenha reconhecido a importância que tem a independência dos bancos centrais para o bom funcionamento da nossa economia.

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O que, aliás, está à vista de todos!

O Sr. Presidente: — Visto que ainda dispõe de tempo, ao contrário do que sucede com o Sr. PrimeiroMinistro, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro pediu um debate sério, mas referiu que em relação à reforma da segurança social queríamos que ficasse tudo na mesma. Ora, é preciso lembrar que não está a ser rigoroso nem verdadeiro. Nós tínhamos alternativas. Tínhamos era procurado outras fontes de financiamento, porque o Governo apenas fez pagar uma parte — os trabalhadores e os reformados — e isto é que devia ser dito!

Aplausos do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Têm falta de coragem para enfrentar a banca!

O Sr. Presidente: — Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Portugal pode estar em terceiro lugar no ranking do e-Government, mas V. Ex.ª está certamente em primeiro lugar no «Governo virtual»!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, V. Ex.ª esconde-se no que é importante e repetese no que é propaganda. O exemplo maior do que digo é a situação económica. Todo o Ocidente vive, desde há meses, a perspectiva da crise dos créditos. Sabemos a consequência que esta perspectiva teve nas bolsas e vivemos a possibilidade de uma crise financeira e de uma alteração dos ciclos económicos.
Mas, porque não confundo a independência do Banco Central Europeu com a ausência de pensamento crítico sobre os factos e sobre as políticas, gostava de saber o que a sua maioria fez quanto a esta matéria. O Ministro das Finanças disse: «Não revejo as previsões!» A verdade, porém, é que outros o fizeram!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — O Governador do Banco de Portugal, que quer ficar de bem com qualquer possibilidade, disse: «Pode haver impactos negativos.» O Presidente da Agência de Investimento, por seu turno, chama a atenção e diz que a crise afecta mercados fundamentais para Portugal. Já percebemos, portanto, que há três discursos diferentes, mas o mais extraordinário é o Sr. Ministro da Economia dizer que não vê nada de negativo e, em plena crise, referir que estamos a caminho de uma retoma sólida.
O Dr. Salazar falava em «orgulhosamente sós» e tinha um império.

Vozes do PS: — Oh!

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