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33 | I Série - Número: 058 | 19 de Março de 2009

Aliás, Sr. Primeiro-Ministro, devo dizer-lhe que tínhamos, precisamente, criticado a forma como reduziu essas comparticipações.
Mas faço-lhe uma pergunta directa. Diz que, no caso de doenças crónicas de idosos com rendimentos baixos, a comparticipação melhora. Sr. Primeiro-Ministro, há alguma razão para que um desempregado de longa duração com uma doença crónica e com um subsídio de desemprego baixo não possa ser abrangido por esta medida?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, peço desculpa, mas não me desmentiu.
Estamos a procurar um consenso na Assembleia da República.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Com o PSD!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não, Sr. Deputado, desculpe»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Connosco ninguém falou!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Eu sei que não. Mas importam-se de ouvir por um minuto? Se me deixarem acabar de falar, talvez compreendam.
Tenho a maior esperança de poder vir a beneficiar do apoio do Bloco de Esquerda quando conhecer o nome que o Partido Socialista quer apresentar. Não desistimos desse consenso e não desistimos de convencer o Bloco de Esquerda da bondade desse nome. Considero da maior importância o diálogo entre o PS e o PSD, bem como com todas as outras bancadas, na procura desse nome. Lá chegará o momento em que falaremos também com o Bloco de Esquerda.
Sr. Deputado, compreendo que valorize e sublinhe estas medidas.
Estamos perante um momento muito especial da economia mundial. A atitude de um Governo tem de ser humilde, de quem acompanha a situação e procura responder aos problemas que as pessoas e as empresas vão tendo. No nosso ponto de vista, a orientação que seguimos é concentrar os recursos financeiros naqueles que precisam, ou seja, os desempregados.
Naturalmente, consideramos que as despesas com a educação e com a habitação são a prioridade das prioridades. Mas para as famílias, e em particular para os idosos, o que nos parece essencial é ajudar os idosos que mais precisam, os idosos que têm uma pensão inferior ao salário mínimo.
Como sabe, esses idosos beneficiavam já de um regime especial, um regime cuja comparticipação era aumentada em 15%. Aumentamo-la agora em 30%. É para esses, Sr. Deputado, que julgo deverem ser dirigidos os nossos esforços. É que esses também pesam nas famílias. Não se pretende apenas ajudar os idosos. Como se sabe, muitos desses idosos vivem também com a solidariedade familiar. Esta é, pois, uma forma de também ajudar as famílias.
Por isso, Sr. Deputado, éramos capazes de definir e de elencar 1001 medidas que poderíamos tomar. Mas, face aos recursos disponíveis, o que estamos a fazer é um esforço sério e honesto de dirigir esses recursos financeiros para quem mais precisa em Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O Sr. Primeiro-Ministro quer convencer-me das vantagens de um diálogo a duas velocidades: primeiro, com o PSD e, depois, com a política deste País. Não conte connosco para isso, Sr. Primeiro-Ministro. Conte connosco para o compromisso com soluções, com respostas e com transparência, não para negociações com o PSD.