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8 | I Série - Número: 079 | 14 de Maio de 2009

O Sr. Primeiro-Ministro: — E eu não sou dos políticos que, quando vejo alguns delinquentes disparar sobre a polícia, me lembro de questões sociais. Não, Sr. Deputado! Do que me lembro é de defender a segurança das pessoas e considero inadmissível que alguém num regime democrático dispare sobre a polícia democrática, que está ali para defender os interesses das pessoas desse bairro! É porque os pobres, Sr. Deputado, também têm direito à segurança — e este é o caso do Bairro da Bela Vista! Em segundo lugar, Sr. Deputado, gostaria de dizer-lhe que todos os dias fazemos o nosso melhor para prevenir a pobreza, a miséria, para tirar pessoas da pobreza e da miséria, para prevenir o desemprego, para combater o desemprego. Mas nós não consideramos o desemprego como justificação de actos de violência.
Não, Sr. Deputado! Considero, aliás, isso muito abusivo, pela simples razão de que os desempregados em Portugal são gente de bem, ou seja, quando aumenta o desemprego, não aumenta o crime em função do desemprego, Sr. Deputado! Considerar como delinquentes ou potenciais delinquentes os desempregados portugueses é um abuso, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — É por isso que as questões sociais têm o seu ponto. Neste momento, o que é preciso dizer é que o Estado português fará tudo o que estiver ao seu alcance para restaurar a segurança das pessoas em qualquer sítio do território nacional. É isto que as pessoas estão à espera de ouvir: firmeza na defesa da lei e sem arranjar desculpas para aqueles que violam a lei, Sr. Deputado!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, constato que «ainda não chegou à Madeira»«, mas já tem um arzinho de Alberto João Jardim, para toda a demagogia que ç irresponsável.

Vozes do PS: — Ehhh»!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O que eu disse, Sr. Primeiro-Ministro, e se tem a decência de ouvir, foi que não suportamos que a população esteja sequestrada pela violência e pela pobreza. Foi exactamente o que eu disse! E o Sr. Primeiro-Ministro é desonesto se não admite o seu erro aqui, nesta Assembleia!

Protestos do PS.

Eu não admito nem desculpo qualquer acto de violência! E, Sr. Primeiro-Ministro, não se atreva — »

Protestos do PS.

» ouviu bem o que eu lhe disse? — , ...

Protestos do PS.

» não se atreva a pôr em causa a minha seriedade sobre isto!! O que digo é que a segurança das pessoas é a sua liberdade. A segurança das pessoas é, como diz o Bispo Manuel Martins — e o senhor não o quer ouvir e quer fazer aqui de Paulo Portas, não o quer ouvir! — , é também o pão daquelas pessoas.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exactamente!