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27 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

Aquilo que achamos que o Sr. Primeiro-Ministro está disposto é a mudar o seu estilo. O Sr. PrimeiroMinistro, hoje, falou mais em humildade do que durante todo o seu mandato.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Isso é verdade! Sendo certo que não respondeu a pergunta nenhuma!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — O Sr. Primeiro-Ministro está disposto a pôr uma capa de humildade, uma capa de menor arrogância em relação à sua postura perante os portugueses e, até, a Assembleia da República mas, provavelmente, não está disposto àquilo que os portugueses reclamam e àquilo que é inevitável interpretar destes sinais.
É que os portugueses estão fartos destas políticas, Sr. Primeiro-Ministro; os portugueses estão fartos das consequências destas políticas; os portugueses não conseguem suportar que um Governo que em campanha eleitoral prometeu 150 000 postos de trabalho esteja disposto a perder 107 000 postos de trabalho na Administração Pública e que esteja a contribuir para o desemprego em Portugal; os portugueses não suportam que mais de 40% dos desempregados não tenha subsídio de desemprego; os portugueses já não suportam que a banca esteja sempre entre as prioridades do Governo.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino já, Sr. Presidente.
Aliás, dos quatro objectivos anunciados pelo Sr. Primeiro-Ministro agora, na sua intervenção, a banca lá estava em primeiro lugar. As pequenas, as médias empresas e as famílias estavam em último lugar, porque o Governo não muda as suas prioridades.
Ora, aquilo que é preciso dizer é que o Sr. Primeiro-Ministro tem razão, não é tempo de desistir, mas é tempo de mudar, e a pergunta que Os Verdes lhe fazem é a seguinte: o Sr. Primeiro-Ministro está disposto a mudar de políticas?

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, lamento, mas não estou disponível para governar de acordo com o seu programa político nem com o programa político do Partido Comunista. Não estou! Nem me peçam»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, lamento, mas não estou disponível para governar de acordo com o seu programa político»

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » nem com o programa político do Partido Comunista! Não estou!! Nem me peçam para fazer aquilo que não sei fazer, que é governar sem convicção. Eu governo com base naquilo que são as minhas convicções! Uma convicção que alia, em primeiro lugar, rigor nas contas do Estado, que é absolutamente essencial para aqueles que defendem um Estado mais interventivo na sociedade.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Então, o que é que muda, afinal?

O Sr. Primeiro-Ministro: — E, se nós não tivéssemos colocado as contas públicas em ordem em 2005, 2006 e 2007, não estaríamos agora aqui a discutir os apoios do Estado às famílias e às empresas, pela simples razão de que o Estado não teria esses recursos financeiros.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Isso é falso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi exactamente por isso que governámos com esse rigor.

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