O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010

Protestos do BE e do PCP.

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): — Essa é uma diferença fundamental e documentada. Bem sei que os documentos têm o efeito de tornar nervosos aqueles que, durante quase 50 anos, os negaram, mas esta é uma realidade inevitável.

Protestos do BE e do PCP.

Essa política póstuma»

Protestos do BE e do PCP.

Estou á espera que os senhores se acalmem» Essa política póstuma sobrevive sem actor principal e quer pretender pôr em causa uma realidade fundamental para a segurança mundial. É que a OTAN, que há muito tempo se afastou do quadro da Guerra Fria em que cresceu, é, hoje, a principal organização armada, militar e de segurança das democracias, particularmente das grandes democracias, e sem ela a paz e a segurança mundiais estariam, certamente, muito mais frágeis do que com a sua existência.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): — Por isso, a nossa opção é muito clara: somos membros da OTAN, participámos activamente nessa organização, temos o gosto e a honra de ser em Lisboa e em Portugal que se vai realizar uma cimeira fundamental para actualizar o conceito estratégico da OTAN em função das novas ameaças e sabemos que, sem a existência desta organização, o mundo seria certamente muito mais inseguro.
Hoje, defrontamos novas realidades.

Vozes do BE: — Ah!

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): — Defrontamos a existência de um terrorismo apocalíptico, que pretende utilizar todos os meios para matar o maior número de pessoas. Se esse terrorismo apocalíptico apenas se tratasse de meia dúzia de células e de pequenas organizações que não têm o apoio de determinados países, poderíamos admitir que o seu combate fosse feito pela combinação entre a intelligence e a polícia, mas não é o caso. Há países que albergam estas organizações, as apoiam, o que significa que há uma dimensão de segurança militar envolvida na preservação da paz e da segurança mundial.
A adaptação da OTAN a esta realidade é fundamental. Portugal participará activamente na elaboração de um novo conceito estratégico da OTAN, o qual deve reflectir as novas realidades. Seria um erro que a OTAN não actuasse, como, aliás, é normal nas organizações que assentam em democracias, na base do direito internacional, mas é preciso também ter em conta que o direito internacional tem que evoluir para poder absorver as novas realidades do conflito internacional, como até agora não aconteceu.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É só o que convém!

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): — Para além disso, subordinar a actuação de uma organização de segurança como a OTAN a maiorias simples das Nações Unidas seria, igualmente, contribuir para uma considerável insegurança mundial.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora cá está!

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): — Portanto, a OTAN deve, sem sombra de dúvida, actuar em função do direito internacional, deve ter em conta as resoluções das Nações Unidas, mas não pode nem deve ser, no

Páginas Relacionadas
Página 0020:
20 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010 mesmo, expresse a sua oposição à realiza
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010 Ouçam, Srs. Deputados! Eu também os ouvi
Pág.Página 21
Página 0022:
22 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010 Segundo ponto: falam na confirmação do e
Pág.Página 22