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I SÉRIE — NÚMERO 99

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Srs. Deputados, a Trofa está a ser enganada há uma dúzia de anos, primeiro pelo governo de Guterres, há

12 anos, depois pelo governo de Barroso, em 2004/2005, e voltou a ser enganada pelo governo do Partido

Socialista, em 2007.

Queremos, com esta iniciativa, que seja reposta a legalidade, isto é, que a ligação à Trofa volte a integrar a

segunda fase da rede do metro. Votar a favor significa respeitar a Trofa, respeitar os trofenses.

Votar contra também tem um significado muito claro: voltar a enganar a Trofa, voltar a enganar os

trofenses. E tem ainda um outro significado: clarificar que quem votar contra não quer nunca mais que o metro

chegue à Trofa.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começo por saudar não só os milhares

de pessoas que assinaram a petição para que a Trofa possa ter o metro que foi prometido, como todas as

pessoas que, ao longo de 12 anos, têm lutado pelo direito ao transporte ferroviário, porque perderam o

comboio e o metro não existe, e que têm feito um protesto público, cívico, ativo pelo direito de toda a

população. Saudamos essa luta.

Porque hoje temos de discutir esta petição, comprometendo-nos com o que dizemos, o Bloco de Esquerda

apresenta um projeto de resolução para que seja adjudicado imediatamente o concurso do metro para a Trofa.

Não há qualquer razão para continuar a ser adiado.

Há 12 anos, quando se retirou o comboio, foi feita a promessa de que existiria metro para a Trofa. O metro

foi incluído na primeira fase do metro do Porto, depois foi adiado para a segunda fase e agora não se sabe

para quando é que o Governo pretende fazê-lo. Não foi dada nenhuma garantia à população sobre o metro.

Trata-se do direito à mobilidade de toda a população da Trofa e dos concelhos da Área Metropolitana do

Porto que circula e que precisa de ter esse transporte, que é essencial à economia e aos direitos dos

cidadãos.

Devo dizer que, neste momento, a hipocrisia é tanta que não faltam estudos e consultas. Foi até gasto

muito dinheiro para que esta linha de metro da Trofa pudesse avançar, pelo que nada justifica que não se

avance imediatamente.

Os partidos que estão hoje no Governo fizeram muitas promessas a estas populações. Aquando dos

protestos públicos, disseram que estavam solidários, disseram que o metro da Trofa tinha de avançar e, se o

disseram, terão hoje de ser consequentes. E ser consequente é também aprovar o projeto de resolução do

Bloco de Esquerda para que o concurso para o metro da Trofa seja adjudicado imediatamente.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Fernando

Jesus.

O Sr. Fernando Jesus (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Permitam-me que comece por saudar os

cerca de 8200 cidadãos do norte do País, da região do Porto, particularmente da Trofa, aqui representados

pelo Sr. Henrique Cayolla, primeiro subscritor desta petição, o município da Trofa na pessoa da Sr.ª

Presidente, que julgo também estar presente, e toda a população da Trofa pela luta incessante que levou a

cabo para que esta petição pudesse ser hoje discutida.

A petição do «metro à Trofa», como é vulgarmente conhecida, tem dois momentos. No fundo, a linha, que

nunca lá chegou, tem dois momentos.

O primeiro momento é aquele em que a Junta Metropolitana do Porto era maioritária e, portanto, foi dando

prioridade, na sua gestão quotidiana, às linhas de acordo com a capacidade de influência dos próprios

autarcas no seio da Junta Metropolitana. Não é por acaso que primeiro passou por Matosinhos e pelo Porto e

que depois passou pela Maia, indo só até ao Instituto Superior da Maia (ISMAI), nunca tendo passado para a

Trofa. Porquê? Do nosso ponto de vista — julgo que o Sr. Deputado Honório Novo estará de acordo comigo —

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