O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 125

40

nomeadamente ao setor da restauração, se mantenha e não haja uma única palavra para justificar o seu

fiasco?!

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — É certo, Sr. Ministro, que o discurso da fatalidade, da inevitabilidade foi a

enterrar na passada sexta-feira.

O Sr. Ministro, entre tantos outros responsáveis deste Governo, foi dizendo ao longo dos tempos — e só

tinham isto para dizer! — que não há nada a fazer se não sacríficos. «Ó portugueses, só os sacrifícios nos

podem salvar! Os sacríficos são inevitáveis!»

Sr. Ministro, acompanha-me ou não no raciocínio de que, com o buraco nas receitas, este discurso foi

definitivamente a enterrar na passada sexta-feira?

O Sr. Honório Novo (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Aquilo que quero perguntar-lhe é muito claro: em primeiro lugar, gostaria

que nos apresentasse justificações consistentes para esta evidência; em segundo lugar, gostaria que dissesse

hoje, nesta Casa, se vai manter o objetivo dos 4,5% de défice; e, em terceiro lugar, Sr. Ministro — ao menos o

senhor! — diga-nos onde é que chega o «plano B» de austeridade, porque os senhores estão a esconder a

esta Casa esse mesmo «plano B».

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Vêm aí mais aumentos de impostos, vêm cortes nos salários? O que é que

se passará, Sr. Ministro? É desta feita o ataque aos subsídios de Natal e de férias dos trabalhadores do setor

privado? Sr. Ministro, está na hora de dizer a verdade sobre este «plano B» da austeridade. Está na hora de

assumir que este Governo continua com estas políticas, que é insaciável e não lhe basta o empobrecimento a

que o País já chegou.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, face aos

níveis de pobreza que este País atingiu, fruto e resultado das políticas que o Governo tem prosseguido, face

ao nível a que chegámos de incapacidade de gerar riqueza, fruto das políticas e das medidas que o Governo

tem tomado, se Os Verdes chegarem aqui e disserem ao Sr. Ministro que não há mais espaço neste País,

nem mais um milímetro, para aplicar austeridade à generalidade dos portugueses, que estão a sofrer o efeito

do empobrecimento decorrente das políticas e das medidas que o Governo tem tomado, gostava de saber o

que é que o Sr. Ministro me responderia.

Não há mais espaço para austeridade e eu gostava de saber qual é o comentário que o Sr. Ministro tem a

fazer.

Por outro lado, Sr. Ministro, quando todos nós, de uma forma perfeitamente óbvia, percebemos que as

medidas tomadas deram exatamente o resultado contrário, absolutamente desastroso, o que é que fazemos?

Vemos, sofremos e calamos, Sr. Ministro?!

Quando os próprios níveis de execução orçamental dizem que a medida tomada pelo Governo de aumento

dos impostos, designadamente do IVA, foi um desastre, porque nem sequer conseguiu atingir o objetivo de

aumento de receita para o Estado, o que é que fazemos perante este desastre, Sr. Ministro?! O Governo recua

ou insiste? Insiste, designadamente, na manutenção da nossa incapacidade de gerar riqueza, porque este

aumento do IVA, que foi, de facto, desastroso, foi uma das peças fundamentais para o estrangulamento da

nossa economia, como, de resto, o foi o roubo dos subsídios de Natal e de férias e a baixa salarial aplicada à

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 125 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jorn
Pág.Página 2
Página 0003:
26 DE JUNHO DE 2012 3 Um ano dobrado, a recessão económica profunda que o País atra
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 125 4 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Uma po
Pág.Página 4
Página 0005:
26 DE JUNHO DE 2012 5 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É uma moção de rejeiç
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 125 6 escrutínio democrático, à transparência públic
Pág.Página 6
Página 0007:
26 DE JUNHO DE 2012 7 O Sr. Primeiro-Ministro: — Trata-se, portanto, mais do
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 125 8 O Sr. Primeiro-Ministro: — Mais do que isso, e
Pág.Página 8
Página 0009:
26 DE JUNHO DE 2012 9 Foi preciso responder ao agravamento do desemprego jovem, e f
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 125 10 O Sr. Primeiro-Ministro: — … e é o que
Pág.Página 10
Página 0011:
26 DE JUNHO DE 2012 11 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Ora, colocando, como coloco
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 125 12 portugueses que estão a entrar na pobreza. Nã
Pág.Página 12
Página 0013:
26 DE JUNHO DE 2012 13 O Sr. João Galamba (PS): — A não cortar subsídios!… <
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 125 14 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — «Porr
Pág.Página 14
Página 0015:
26 DE JUNHO DE 2012 15 O Sr. João Oliveira (PCP): — Diga lá que não rouba os subsíd
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 125 16 especulativa sobre a dívida soberana. As caus
Pág.Página 16
Página 0017:
26 DE JUNHO DE 2012 17 faz de conta que não tem responsabilidade absolutamente nenh
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 125 18 Mas quero saber se o Sr. Primeiro-Ministro, n
Pág.Página 18
Página 0019:
26 DE JUNHO DE 2012 19 Portugal precisa também de concertação solidária, que, tal c
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 125 20 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O desequilíbri
Pág.Página 20
Página 0021:
26 DE JUNHO DE 2012 21 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isso significa sistema
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 125 22 É bom que os portugueses também julguem esta
Pág.Página 22
Página 0023:
26 DE JUNHO DE 2012 23 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Vão-se rindo.
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 125 24 junto dos trabalhadores, vamos apelar à luta.
Pág.Página 24
Página 0025:
26 DE JUNHO DE 2012 25 O Sr. Luís Menezes (PSD): — Por muito que nos esforce
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 125 26 Protestos do PCP, do BE e de Os Verdes.
Pág.Página 26
Página 0027:
26 DE JUNHO DE 2012 27 Diz ainda um conjunto de Srs. Deputados que precisamos de ma
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 125 28 O Sr. João Galamba (PS): — Tenha vergonha!
Pág.Página 28
Página 0029:
26 DE JUNHO DE 2012 29 O Sr. João Oliveira (PCP): — Apesar de o País atravessar uma
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 125 30 Sr. Primeiro-Ministro, confiança, responsabil
Pág.Página 30
Página 0031:
26 DE JUNHO DE 2012 31 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É um facto! O
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 125 32 Aplausos do PS. A Sr.ª Presiden
Pág.Página 32
Página 0033:
26 DE JUNHO DE 2012 33 maioria, reconhece que a espiral recessiva provocada pelas m
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 125 34 O Sr. Primeiro-Ministro tem hoje oportunidade
Pág.Página 34
Página 0035:
26 DE JUNHO DE 2012 35 forem necessárias, visando um crescimento das garantias de e
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 125 36 O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Meno
Pág.Página 36
Página 0037:
26 DE JUNHO DE 2012 37 A Sr.ª Presidente: — Segue agora um conjunto de inter
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 125 38 O Partido Comunista Português apresenta, hoje
Pág.Página 38
Página 0039:
26 DE JUNHO DE 2012 39 Porém, isso não é novidade, Sr. Ministro, porque, há cerca d
Pág.Página 39
Página 0041:
26 DE JUNHO DE 2012 41 generalidade dos portugueses, que já ganham pouco. Porquê? P
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 125 42 O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — …
Pág.Página 42
Página 0043:
26 DE JUNHO DE 2012 43 Tudo isto, o Partido Comunista sabia! Aplausos
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 125 44 Aplausos do PS. O Sr. Be
Pág.Página 44
Página 0045:
26 DE JUNHO DE 2012 45 Aplausos do PS. O Sr. João Oliveira (PC
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 125 46 É preciso, então, quebrar este ciclo vicioso,
Pág.Página 46
Página 0047:
26 DE JUNHO DE 2012 47 Por isso, Sr. Deputado, acho que a sua intervenção teve muit
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 125 48 Se o Sr. Deputado, ao fim disto tudo, insiste
Pág.Página 48
Página 0049:
26 DE JUNHO DE 2012 49 em números redondos, de medidas de austeridade e o seu Gover
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 125 50 Os portugueses, individual, coletiva e social
Pág.Página 50
Página 0051:
26 DE JUNHO DE 2012 51 O Sr. José Manuel Canavarro (PSD): — O Grupo Parlamentar do
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 125 52 No próximo sábado, 1 de julho, perfazem-se 84
Pág.Página 52
Página 0053:
26 DE JUNHO DE 2012 53 também do PS, de políticas de classe centradas na exploração
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 125 54 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mais
Pág.Página 54
Página 0055:
26 DE JUNHO DE 2012 55 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Paulo
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 125 56 Um ano depois, Portugal está sensivelmente ma
Pág.Página 56
Página 0057:
26 DE JUNHO DE 2012 57 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — A pe
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 125 58 científicos e culturais que foram estabelecid
Pág.Página 58
Página 0059:
26 DE JUNHO DE 2012 59 Mas já agora, para quem tem memória, e há muitos nesta Casa
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 125 60 certeza que a sua moção de censura levaria Po
Pág.Página 60
Página 0061:
26 DE JUNHO DE 2012 61 sem melhoria do mercado interno, isto é, sem melhoria dos sa
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 125 62 O que não podemos ter é uma política que impe
Pág.Página 62
Página 0063:
26 DE JUNHO DE 2012 63 Estamos, por isso, mais próximos do abismo. Mais do que isso
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 125 64 E pergunto: com quem governou o PS? Quem apro
Pág.Página 64