O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 127

18

É uma escolha na redução do nível de cobertura, é uma escolha na diminuição da qualidade do

desempenho de serviços públicos.

Isto são factos e, além de lamentáveis, são indesmentíveis.

Mais factos, Srs. Deputados: facto é que nestes 12 meses os hospitais estão a atender cada vez menos

doentes dentro dos prazos recomendados; facto é que nestes 12 meses apenas um terço dos hospitais

confirma oferecer as consultas mais urgentes dentro do prazo legal estipulado de um mês; facto é que nestes

12 meses, dos 51 hospitais que ofereciam as consultas prioritárias em 2 meses, agora, só metade cumpre os

prazos; facto é a degradação da situação das farmácias continua e agrava-se mês após mês, sendo que o

acesso aos medicamentos está mais difícil; facto é que a situação de insolvência dessas farmácias pode

determinar que, já este ano, mais de 2000 postos de trabalho sejam postos em causa.

É um facto que este Governo reduziu drasticamente o transporte de doentes e que tal situação coloca em

causa a saúde de muitos utentes, de muitos portugueses.

É um facto que a atual política é responsável pelo aumento brutal das taxas moderadoras.

É um facto que Paulo Mendo, ex-Ministro da Saúde, do PSD, disse que «deixou de haver algum pudor e o

ataque ao SNS passou a ser à bruta e às claras».

É um facto que o Observatório Português dos Sistemas de Saúde e a Ordem dos Médicos dizem que o

«racionamento chegou à saúde».

É um facto que o Prof. Manuel Antunes também disse que «querem aposentar o SNS».

O que é facto, Srs. Deputados, é que esta governação na saúde falhou e passou a ser um fracasso,

transformando-se num desastre nacional.

Esta governação está a destruir aquele que é um dos principais pilares da democracia, o Serviço Nacional

de Saúde. Mas o PSD e o CDS sempre foram nesta linha e, agora, verdadeiramente, não querem reforçar e

fortalecer o SNS, querem, sim, decapitar o SNS.

O que o País requer não é o enfraquecimento do SNS, nem a sua decapitação, mas, sim, a sua defesa e a

sua melhoria.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — O Deputado que se segue na ordem das intervenções é o Sr. Deputado João Serpa

Oliva.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O artigo 64.º, n.º 2, alínea

a), da Constituição da República Portuguesa refere expressamente que o direito à proteção da saúde é

realizado «Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições

económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito».

O quadro legal que rege a prestação de cuidados de saúde à população portuguesa garante a proteção da

saúde, em si mesma, como um direito dos indivíduos e da comunidade, em cuja efetivação há uma

responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado, alicerçada na liberdade de procura e de

prestação de cuidados de saúde.

Neste quadro determinante, cabe ao Estado promover e garantir o acesso de todos os cidadãos aos

cuidados de saúde, nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros existentes, sem prejuízo dos

regimes e medidas especiais que se mostrem necessários para os mais desfavorecidos.

O acesso às prestações de saúde, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, é subordinado a propósitos de

equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços, sem prejuízo de uma cautelosa gestão dos

recursos disponíveis.

Custa-me, por isso, ouvir a demagogia e a forma como, levianamente, perdoem que vos diga, se abordam

determinadas matérias que considero de crucial importância.

Já uma vez aqui disse, e repito-o, que me custa imenso que não se perceba que do outro lado não está

uma ponte, não está um automóvel, não está uma autoestrada, está um ser completamente fragilizado, que é

diabético, por exemplo, e que nos ouve aqui dizer que queremos acabar com o Serviço Nacional de Saúde e

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 127 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jorn
Pág.Página 2
Página 0003:
29 DE JUNHO DE 2012 3 A situação de rutura, em muitas instituições, com falta de ma
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 127 4 Vozes do PCP: — Exatamente! O Sr
Pág.Página 4
Página 0005:
29 DE JUNHO DE 2012 5 O PCP apresenta, por isso, um conjunto de propostas de emergê
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 127 6 A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — E considera q
Pág.Página 6
Página 0007:
29 DE JUNHO DE 2012 7 a favor da saúde dos portugueses, onde, se alguma coisa falha
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 127 8 Protestos do PCP. A vossa diverg
Pág.Página 8
Página 0009:
29 DE JUNHO DE 2012 9 A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Sr.ª Presidente,
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 127 10 Vozes do PSD: — Bem lembrado! <
Pág.Página 10
Página 0011:
29 DE JUNHO DE 2012 11 para que se altere esta situação, fazendo com que Portugal c
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 127 12 Sobre a dotação do Orçamento do Estado — refi
Pág.Página 12
Página 0013:
29 DE JUNHO DE 2012 13 Pausa. Mas, sabe, Sr. Deputado, os prob
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 127 14 E os resultados estão a vista, só o Governo n
Pág.Página 14
Página 0015:
29 DE JUNHO DE 2012 15 não os contratam diretamente e vão contratá-los através de e
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 127 16 Bem, os Srs. Deputados do PCP consideram que
Pág.Página 16
Página 0017:
29 DE JUNHO DE 2012 17 Sr. Deputado Luís Vales, aconselho-o a, rapidamente, ir ao o
Pág.Página 17
Página 0019:
29 DE JUNHO DE 2012 19 que, amanhã, não vai ter dinheiro para a sua insulina. Já vi
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 127 20 Sabem onde se regista a diminuição das urgênc
Pág.Página 20
Página 0021:
29 DE JUNHO DE 2012 21 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nem precisa de agrad
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 127 22 Portanto, concordo consigo quando diz que é a
Pág.Página 22
Página 0023:
29 DE JUNHO DE 2012 23 2011. Isto é, o Governo corta no investimento em infraestrut
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 127 24 interior do País, o que põe em causa os cuida
Pág.Página 24
Página 0025:
29 DE JUNHO DE 2012 25 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Vai «morder», vai! O
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 127 26 Também, por isso, nos empenhámos na participa
Pág.Página 26
Página 0027:
29 DE JUNHO DE 2012 27 Por isso, o programa de emergência que o PCP hoje nos aprese
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 127 28 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onze minutos
Pág.Página 28
Página 0029:
29 DE JUNHO DE 2012 29 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente! O
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 127 30 Depois, falou-nos aqui em demagogia e contrad
Pág.Página 30
Página 0031:
29 DE JUNHO DE 2012 31 Aplausos do PSD e do CDS-PP. O Sr. João
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 127 32 Portanto, gostaríamos que tudo estivesse melh
Pág.Página 32
Página 0033:
29 DE JUNHO DE 2012 33 Aplausos do PS. Fazem-se menos consultas nos ce
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 127 34 Diz também o Observatório Português do
Pág.Página 34
Página 0035:
29 DE JUNHO DE 2012 35 É que havia que manter, pelo menos, aquilo que foi conseguid
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 127 36 Semedo, do BE, José Luís Ferreira, de Os Verd
Pág.Página 36