O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE NOVEMBRO DE 2013

13

pessoal, aquilo que se consome com manutenção e aquilo que se consome com operações permitindo que as

Forças Armadas e a defesa nacional continuem a cumprir as missões que tranquilizam os portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Defesa Nacional, hoje veio ao ataque, e

veio fazer o papel de Ministro de Estado.

O Sr. Ministro disparou em muitas direções. Algumas balas são de pólvora seca e a sua intervenção não

passou de um exercício de retórica em que quis meter tudo.

O Sr. Ministro falou do óbvio, e eu também lhe queria falar do óbvio. O óbvio é estar junto das pessoas

neste momento, o óbvio é estar contra políticas que cortam salários e pensões que empobrecem cada vez

mais o nosso País, o óbvio é estar contra uma distribuição desequilibrada de sacrifícios onde se corta na

banca e no setor energético 150 milhões de euros e onde se cortam nos salários e pensões 2211 milhões de

euros!

O Sr. Ministro rasgou as vestes dizendo que não admitia que ninguém gostasse mais do seu País do que o

senhor. Naturalmente que não vou questionar esse seu estado de espírito, mas permita-me que lhe fale destes

óbvios e, por isso, é óbvio para nós que não podemos estar com este Orçamento.

O Sr. Ministro disse há pouco tempo que tem respondido bastas vezes sobre as questões da defesa, no

entanto fugiu a essas mesmas questões. Mas a pergunta concreta que lhe queria deixar é a seguinte: é óbvio

que ainda gastamos 52 milhões de euros com as forças destacadas e é óbvio que há uma debandada

internacional relativamente ao Afeganistão, pelo que lhe pergunto se não acha que é óbvio que deveríamos

sair do Afeganistão. Ou estamos lá para sermos os últimos a apagar a luz?

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Defesa Nacional.

O Sr. Ministro da Defesa Nacional: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Mariana Aiveca, às vezes, a melhor

defesa é o ataque, mas não foi isso que eu quis aqui expressar na Assembleia.

O Sr. António Braga (PS): — Para atacar é preciso ter meios!

O Sr. Ministro da Defesa Nacional: — A única questão óbvia que é relevante, Sr.ª Deputada, é que há

dois anos o País estava na pré-bancarrota e dois anos depois, por ação do Governo, pelo esforço e sacrifício

dos portugueses, com um sentido patriótico, estamos com os primeiros sinais de saída da recessão, com os

primeiros sinais que apontam para o caminho do crescimento e para a restauração da nossa soberania

financeira.

Esse é que é único óbvio mais relevante e que os Srs. Deputados tentam ignorar. Quanto ao resto, Sr.ª

Deputada, como eu disse, dizer o óbvio, neste momento, é muito menos relevante do que fazermos o

necessário para que em junho de 2014 saiamos da situação a que nos conduziu o anterior Governo.

Sr.ª Deputada, quanto à questão das forças nacionais destacadas, devo dizer-lhe que também aí o

Governo faz o que é fundamental para ter credibilidade externa, ou seja, honrar os seus compromissos. Num

quadro de grande rigor financeiro, foi possível encontrar a forma de Portugal não deixar de honrar os seus

compromissos internacionais no combate ao terrorismo, no combate a situações que são uma ameaça para

todos nós. Felizmente nós ainda não fomos vítimas, mas temos de acautelar para que essa situação não

aconteça.

Por isso, Sr.ª Deputada, em relação ao Afeganistão, Portugal honrará o compromisso que assumiu na

Cimeira de Lisboa, que é o de, até final de 2014, manter a situação nos exatos termos a que se comprometeu

nessa Cimeira, de saída conjunta, together in, together out. O que vai acontecer depois de 2014 iremos

discutir, estará em preparação durante o ano de 2014 e teremos oportunidade de o discutirmos em comissão.