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21 DE FEVEREIRO DE 2014

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos

Abreu Amorim.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr. Presidente, queria congratular, na pessoa do Sr. Deputado

Bruno Dias, o Partido Comunista Português pela realização das suas Jornadas Parlamentares.

O Sr. Deputado Bruno Dias fez, neste Parlamento, aquilo que de algum modo já tinha sido objeto de

grande número de declarações por parte de dirigentes e Deputados do Partido Comunista acerca da sua visão

do País e da execução do Programa de Assistência Financeira a que Portugal está sujeito desde maio de

2011.

Como foi dito pelo Sr. Deputado Nuno Magalhães na intervenção que me antecedeu, a visão do Partido

Comunista é completamente diferente quer neste ponto quer em praticamente todos os outros. O Partido

Comunista Português mantém, aliás, uma coerência quase, poderei dizê-lo, granítica, no sentido de ser

imobilista e estática acerca daquilo que devem constituir as obrigações e o futuro de Portugal.

Nós, no Grupo Parlamentar do PSD, acreditamos que Portugal se deve reabilitar financeiramente, que se

deve reestruturar e sair da tremenda crise em que se encontra, mantendo a sua lógica de liberdade, de

respeito pela democracia, pela materialidade dos direitos fundamentais.

Acreditamos, ainda, na consagração do projeto europeu inserido no euro e, de acordo com os nossos

parceiros, queremos fazer com que Portugal continue o caminho de saída da crise, que, ao contrário do que o

Sr. Deputado diz (esta é a minha primeira observação concreta), está a resultar. Portugal não está pior do que

em 2011. Os dados provam-no!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Quais dados?!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Já agora, Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe com toda a ponderação

que não fica bem a qualquer Deputado da República estar constantemente a construir um discurso político que

põe em dúvida os dados objetivos que nos são fornecidos pelas entidades nacionais e internacionais acerca

da situação da economia portuguesa. Não é contrariando os dados, não é atacando o mensageiro que vamos

procurar mudar a realidade.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É sair à rua e perguntar!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — A realidade é que Portugal está melhor do que em 2011: na

produção industrial; no indicador para a economia portuguesa, de acordo com o qual, há 18 meses

consecutivos, Portugal está a subir; nas revisões em alta das projeções do Banco de Portugal — há pouco,

recebemos os dados estatísticos do Banco de Portugal, que também o comprovam; no saldo externo positivo

da balança, o que não acontecia há, pelo menos, duas décadas; na constituição de novas empresas; no

aumento da poupança dos portugueses; e, sobretudo, Sr. Deputado, no aumento, absolutamente

inquestionável, da credibilidade de Portugal perante os seus credores e perante a comunidade internacional.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Portugal é, hoje, um País que funciona.

Sr. Deputado Bruno Dias, não há rutura dos serviços públicos. O Estado funciona. Os serviços públicos

funcionam, estão a funcionar, apesar das enormes dificuldades que Portugal e os portugueses estão a sentir.

Os dados são estes.

Gostaria, se fosse possível, embora saiba que é um apelo quase idêntico àquele que poderia fazer à

providência divina…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, eu é que faço um apelo para que conclua, por favor.

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