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I SÉRIE — NÚMERO 108

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insolvência, não haveria, no essencial, políticas alternativas às que o Governo teve de cumprir. O que também

compete dizer é que a saída do euro ou a tentativa de lá ficar, sem cumprir as suas regras — aqui, mais à

atenção do Bloco de Esquerda —, é uma quimera perigosa.

Todos queremos, para bem da Europa, das suas economias e dos seus cidadãos, que a situação grega

termine com um acordo viável e aceitável por todos,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Por cima da vontade do Governo português!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — … mas, atenção, é simplesmente um pavor imaginar que em Portugal

pudesse, sequer, acontecer o que está a suceder com os gregos, com multibancos sem dinheiro, com um

sistema financeiro exangue e uma economia paralisada.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Lembra, de facto, o que aconteceu na Argentina e no Brasil. E nós sempre alertámos para o risco em que a

demagogia põe as nações, que, depois, são sujeitas ao corralito ou ao mero confisco.

O desespero das pessoas, com as suas poupanças e os seus rendimentos e, portanto, com as suas vidas,

diz-nos tudo sobre o que não devemos experimentar e confirma tudo o que ainda bem que não fizemos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portugal está a salvo disso e essa proteção é uma garantia preciosa, desde logo para os mais pobres.

Uma zona monetária única não é gerível sem regras partilhadas, tão-pouco é viável querer ficar dentro, ir

no sentido contrário ao dos outros e, de caminho, pedir aos outros o dinheiro para ir contra todos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É bom fazer intervenções sem contraditório!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O substantivo mais usado em

política é mudança.

Ora, no final desta Legislatura, fica claro algo que alguns não conseguem explicar: a mudança mudou de

campo.

Tradicionalmente, o Governo é continuidade e a oposição promete mudança. Ora, o facto de termos vivido

em excecionalidade e de a termos vencido como País permite aos portugueses, com estabilidade, fazer o

caminho para quatro anos que já não serão excecionais, mas, sim, normais — precisamente a normalidade e

a previsibilidade que o resgate e os seus autores nos tiraram —,…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

… e permite às famílias encarar, com os pés assentes na terra, o próximo futuro de outra maneira: a

pensar menos nas restrições e mais na recuperação, com uma atitude bem mais positiva e bem menos

angustiada, mobilizando e não adiando projetos de vida, exatamente o que o Memorando, as suas causas e

os seus responsáveis tantas vezes deixaram em suspenso a tanta gente.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Vencendo o resgate, alcançámos a confiança; preservando a confiança, temos ao alcance da mão uma

Legislatura bem diferente, com recuperação progressiva dos salários públicos, com recuperação sustentada

das pensões, com alívio gradual mas firme das sobretaxas, com criação mais acentuada de emprego. E o

próprio Estado social, livre do seu maior inimigo, que é o Estado falido, não poderá senão sair reforçado.

A próxima Legislatura, aliás, será social ou não será. Os resultados que os portugueses conseguiram nesta

Legislatura dão-lhes o direito a essa mudança de horizonte no País e nas suas expectativas de vida.

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