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I SÉRIE — NÚMERO 10

16

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João

Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, PSD e CDS-PP tentam passar a ideia de

que o que está aqui hoje em debate é, na realidade, apenas uma questão de dose e de ritmo, porque toda a

gente quer devolver rendimentos.

Não, Srs. Deputados, os senhores não queriam devolver rendimentos. Queriam cortar de forma

permanente salários e pensões e foram obrigados pelo Tribunal Constitucional a fazer o contrário.

Portanto, o debate aqui não é entre partidos que querem fazer a mesma coisa, é entre partidos que querem

fazer a mesma coisa e dois partidos que foram obrigados a fazer uma coisa que não queriam e que continuam

a não querer, fazendo-o apenas porque a Constituição manda e porque não têm alternativa. A prova de que é

assim é que os dois partidos da direita, PSD e CDS-PP, olham para a devolução dos rendimentos de uma

forma radicalmente diferente da esquerda.

Podemos ter as nossas diferenças, mas todos concordamos, PS, Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes,

que a recuperação de rendimentos é uma condição necessária para a recuperação da economia portuguesa.

E o que os senhores defendem é que a recuperação dos rendimentos acontecerá se a recuperação da

economia portuguesa o permitir. São posições diametralmente opostas. Para nós, os rendimentos são

condição necessária para a recuperação da economia da portuguesa.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Por que não recuperar tudo de uma vez?!

O Sr. João Galamba (PS): — Não o fazemos por mera proclamação. Também o fazemos por

proclamação, porque acreditamos nela, mas fazemos, sobretudo, porque olhámos para o que aconteceu nos

últimos anos. Quando PSD e CDS-PP cortaram a fundo nos rendimentos, a economia portuguesa colapsou;

no momento em que foram travados nessas vossas medidas, a economia recuperou.

A obrigação de toda a gente é olhar para a experiência e aprender com ela, coisa que, manifestamente,

CDS-PP e PSD não fizeram. Nós, à esquerda, PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes, todos, mesmo com

as nossas diferenças, convergimos neste aspeto: não haverá recuperação da economia portuguesa sem

recuperação do rendimento das famílias e dos pensionistas.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O PSD e o CDS-PP têm esta ideia de «não venham agora estragar porque a economia portuguesa está a

crescer, a criar emprego e a atrair imenso investimento». Esta proclamação tem um problema: não bate certo

com a realidade. A economia portuguesa está estagnada, como demonstrou o INE no último trimestre.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Agora está! E vai continuar a diminuir!

O Sr. João Galamba (PS): — O emprego está a cair, o desemprego está a aumentar e o investimento está

estagnado.

Vozes do PSD: — Calma, calma!

O Sr. João Galamba (PS): — Nós não vamos estragar nada, vamos recuperar um País que os senhores,

no meio de uma grande crise, afundaram e a vossa estratégia já demonstrou não resultar.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

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