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I SÉRIE — NÚMERO 34

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PPP (parceria público-privada) de Vila Franca de Xira só conseguiam dar resposta a casos urgentes 7 horas

depois de os doentes chegarem às urgências.

No final do ano, o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) deixou de enviar doentes para o hospital

PPP de Cascais porque o serviço de urgências deste hospital não conseguia dar resposta adequada.

Não podemos aceitar estas situações. Não podemos aceitar enquanto sociedade e o Bloco de Esquerda não

aceita que este seja o presente, muito menos o futuro, do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Aplausos do BE.

Em Famalicão, a afluência ao hospital sobrelotou o internamento e soube-se de casos de utentes à espera

dias a fio para poderem ser internados. Em Chaves ou em Santarém, foram retidas macas às ambulâncias. Há

hospitais a desmarcar a sua atividade regular, nomeadamente a cirúrgica, para poder dar resposta aos utentes.

Mais uma vez, falta de camas no internamento. Não aceitamos esta situação. Sabemos que a situação tem

causas, ela erradica no subfinanciamento crónico do Serviço Nacional de Saúde, erradica nas opções que foram

tomadas nos últimos anos, em especial pelo Governo da troica, pelo Governo da austeridade, pelo Governo

PSD e CDS-PP.

Aplausos do BE.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para fazer uma curta pausa, porque há muitas Sr.as e Srs.

Deputados de pé. Penso que há todo o tempo para se poderem sentar, tranquilizar e o Sr. Deputado recomeçar

a sua intervenção com condições.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Faça favor de continuar, Sr. Deputado.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Compreendo que o PSD e o CDS-PP não queiram perceber as causas do

que está a acontecer hoje…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

… mas, por muito ruído que possam fazer, ouvirão dizer que entre 2010 e 2015 foi por vossa mão que se

eliminaram 4400 profissionais do Serviço Nacional de Saúde e que se encerraram centenas de camas nos

hospitais do Serviço Nacional de Saúde. As medidas que levaram a cabo fizeram com que o Serviço Nacional

de Saúde fosse ao limite.

Sabemos também que a situação se agravaria se continuassem no Governo porque, se assim acontecesse,

hoje, estaria em vigor uma portaria que eliminaria as valências na maior parte dos hospitais. Hoje, existiria o

encerramento de mais serviços de urgência, conforme o despacho do anterior Governo.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Nós lembramo-nos de tudo isso, nós sabemos de tudo isso, mas sabemos de uma coisa maior do que essa:

as pessoas deste País não querem uma discussão de passa-culpas, querem mesmo soluções.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ah! É só teatrinho, afinal!…

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — É para isso que aqui estamos e é isso que vimos aqui apresentar: soluções!

É que o Serviço Nacional de Saúde não pode ser isto, tem de ser mais do que isto!