O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 59

14

Aplausos do PSD.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Sr. Presidente, agradeço as intervenções e os contributos

de todas as bancadas e, se me permitem, responderei primeiro a duas questões específicas que foram

colocadas, para depois me centrar no Livro Branco publicado anteontem pela Comissão Europeia.

A primeira questão específica está relacionada com as condições de entrada em vigor do CETA. Nos termos

legais aplicáveis, o CETA entrou em vigência provisória apenas na parte que diz respeito a competências

próprias da União Europeia como tal. O processo de ratificação, que já se iniciou — já houve um parlamento

nacional que ratificou o CETA —, prolongar-se-á e será necessária a aprovação de todos os parlamentos para

que o CETA possa entrar em vigor definitivamente e na completude das suas disposições.

A segunda questão, colocada sobretudo pelas bancadas do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista

Português e do Partido Ecologista «Os Verdes», é relativa às migrações e à gestão das migrações. Compreendo

as observações críticas e as dúvidas que exprimem quanto a uma insistência, que veem como demasiada, na

dimensão da segurança, mas, se me permitem, gostaria de descansá-los, porque a posição portuguesa e da

larga maioria dos Estados-membros é, justamente, a de quem não reduz à dimensão da segurança a gestão

das migrações. De facto, para que ela possa ser resolvida, é preciso intervir em três áreas complementares: a

primeira diz respeito à segurança das fronteiras externas da União e ao combate ao tráfico de pessoas, que

alimenta grande parte das rotas migratórias; a segunda é a dimensão do desenvolvimento, isto é, do trabalho

de parceria com os países de origem e de trânsito das migrações, e, desse ponto de vista, a política de

vizinhança a sul da União Europeia é absolutamente essencial e a próxima cimeira entre a União Europeia e

África terá este como um dos seus principais temas; e a terceira é o respeito escrupuloso pelos direitos humanos,

designadamente pelos direitos dos refugiados e dos requerentes de asilo.

Centrar-me-ei, então, na questão fundamental do Livro Branco sobre o futuro da Europa, da Comissão

Europeia, agradecendo os contributos de todos.

Em primeiro lugar, trata-se de um Livro Branco. Podemos estar mais ou menos entusiasmados ou mais ou

menos dececionados com o seu teor, mas não devemos esquecer a sua natureza de livro branco, isto é, a de

uma informação disponível e de uma orientação de uma discussão que tem de haver. Não é o momento ainda

de a Comissão indicar caminhos, primeiro, porque não compete à Comissão a instância decisória última e,

segundo, porque não se pode realizar um debate predefinindo os seus termos.

Evidentemente, este é um Livro Branco para o futuro da União Europeia e, portanto, os cinco cenários

identificados são sempre cenários de integração da União Europeia e não de desagregação, desintegração ou

fim dessa União. Esses cenários são distintos e, como vários Srs. Deputados bem assinalaram, o que se espera

como resultado final, como resultado deste debate, é uma combinação de elementos dos vários cenários.

O cenário um é meramente incrementalista, mas tem as suas virtualidades, porque mesmo no quadro desse

cenário, por exemplo, está bem expressa uma questão que nos mobiliza a todos, que é o completamento da

União Económica e Monetária.

O cenário dois é inaceitável, porque significaria um cenário de regressão ou retrocesso.

Portanto, basicamente, havendo necessidade de mudar, temos de refletir bem e de nos entender sobre a

melhor combinação dos cenários três, quatro e cinco a construir.

O cenário cinco desenha, de facto, um cenário de integração ótima, mas mesmo esse não está isento de

críticas. O Sr. Deputado Miguel Morgado alertou para a tentação de criar super-Estados europeus e eu gostaria

de acompanhá-lo nesse alerta; o Governo acompanha-o nesse alerta. Designadamente, o cenário cinco diz

menos do que deveria dizer, como bem assinalou o Sr. Deputado Vitalino Canas, sobre as questões da

democraticidade da União Europeia. O processo de integração europeu tem de ser também um processo de

aprofundamento da natureza democrática da União e do controlo dos parlamentos nacionais, do Parlamento

Europeu, dos cidadãos europeus no seu conjunto.

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Muito bem!

Páginas Relacionadas
Página 0003:
4 DE MARÇO DE 2017 3 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Go
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 59 4 renegociação da dívida, de forma unida, com os
Pág.Página 4
Página 0005:
4 DE MARÇO DE 2017 5 O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 59 6 Também não deixámos de notar o nosso desapontam
Pág.Página 6
Página 0007:
4 DE MARÇO DE 2017 7 Precisamos de mais integração na questão migratória, em partic
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 59 8 Consideramos que a reflexão sobre o futuro da U
Pág.Página 8
Página 0009:
4 DE MARÇO DE 2017 9 Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Jorge Lacão):
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 59 10 Portugal tem à-vontade para falar desta matéri
Pág.Página 10
Página 0011:
4 DE MARÇO DE 2017 11 ideia e a política de uma Europa a duas velocidades, não é de
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 59 12 Presidência maltesa da União Europeia. As pres
Pág.Página 12
Página 0013:
4 DE MARÇO DE 2017 13 Económica e Monetária, tal como projetada no Relatório dos Ci
Pág.Página 13
Página 0015:
4 DE MARÇO DE 2017 15 O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Mas o cenário qua
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 59 16 sujeitos devido à exposição a campos eletromag
Pág.Página 16
Página 0017:
4 DE MARÇO DE 2017 17 Atualmente, vivemos cercados de campos eletromagnéticos, seja
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 59 18 uma lei para dizer que o problema está resolvi
Pág.Página 18
Página 0019:
4 DE MARÇO DE 2017 19 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 59 20 trabalhadores, para que de forma mais fácil e
Pág.Página 20
Página 0021:
4 DE MARÇO DE 2017 21 O Sr. Deputado diz que esta proposta fica aquém daquilo que s
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 59 22 que se possa fazer para melhorar a segurança r
Pág.Página 22
Página 0023:
4 DE MARÇO DE 2017 23 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 59 24 São evidentes e notórias as dificuldades verif
Pág.Página 24
Página 0025:
4 DE MARÇO DE 2017 25 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para encerrar este debate,
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 59 26 O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente,
Pág.Página 26
Página 0027:
4 DE MARÇO DE 2017 27 plataforma de intercâmbio de dados relativos aos proprietário
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 59 28 Risos do Deputado do PS Filipe Neto Brandão. <
Pág.Página 28
Página 0029:
4 DE MARÇO DE 2017 29 Para concluir, deixo esta ideia: estamos a passar de um cenár
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 59 30 aqui são registos públicos e, portanto, aquilo
Pág.Página 30
Página 0031:
4 DE MARÇO DE 2017 31 Submetido à votação, foi aprovado com votos a favor do PSD, d
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 59 32 O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma in
Pág.Página 32
Página 0033:
4 DE MARÇO DE 2017 33 … curvar-se perante a arrogância da Sr.ª Embaixadora e pedir-
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 59 34 propriamente uma matéria de atualidade, como a
Pág.Página 34
Página 0035:
4 DE MARÇO DE 2017 35 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A história não pode ser ignor
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 59 36 Vozes do BE: — Muito bem! O Sr.
Pág.Página 36
Página 0037:
4 DE MARÇO DE 2017 37 Importa também referir que os Parlamentos da Argentina, Áustr
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 59 38 O Sr. Paulo Neves (PSD): — Sr. Presidente, é p
Pág.Página 38
Página 0039:
4 DE MARÇO DE 2017 39 Plenário dois representantes do Conselho Nacional da Juventud
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 59 40 Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e
Pág.Página 40
Página 0041:
4 DE MARÇO DE 2017 41 Também em votação global, vamos votar a proposta de resolução
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 59 42 O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presid
Pág.Página 42
Página 0043:
4 DE MARÇO DE 2017 43 O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Mas, vejamos, durante este p
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 59 44 O Sr. João Oliveira (PCP): — Perceberam a pate
Pág.Página 44
Página 0045:
4 DE MARÇO DE 2017 45 O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Heitor Sousa
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 59 46 A grande diferença é esta: perante casos de ex
Pág.Página 46
Página 0047:
4 DE MARÇO DE 2017 47 Vozes do PS: — Exatamente! O Sr. Luís Moreira T
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 59 48 O Sr. Presidente: — Fica registado. O S
Pág.Página 48