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I SÉRIE — NÚMERO 98

22

O Serviço Nacional de Saúde, que nasceu há quase 40 anos, tem-se revelado um instrumento incontornável

no progresso da sociedade portuguesa e na melhoria da saúde dos portugueses.

Quase 40 anos passados e com um enquadramento sociodemográfico, tecnológico e político bem distinto,

impõe-se defender o SNS e operacionalizar respostas modernas e inovadoras para novos problemas e desafios,

respeitando princípios fundamentais incontornáveis. E deixem-me dizer que, nesta matéria, a posição do CDS

é bem conhecida.

O SNS tem atravessado dificuldades e o CDS lamenta hoje, aqui, que nestes últimos três anos de governação

socialista, com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda, o SNS esteja a ver comprometidas a sua

sustentabilidade e qualidade, com claros prejuízos para a saúde dos portugueses e para os profissionais que

nele trabalham, a quem aproveitamos para saudar e elogiar.

Aplausos do CDS-PP.

As reformas estruturais dos cuidados de saúde primários, a reforma hospitalar da saúde pública, dos

cuidados de saúde aos doentes crónicos e em fim de vida estão comprometidas ou mesmo paralisadas.

Há problemas gravíssimos no acesso aos cuidados de saúde, os profissionais estão descontentes,

desgastados e sentem-se atraiçoados e desvalorizados.

Têm sido muitas as promessas, mas a realidade está longe de ser cor-de-rosa. Estão à vista os resultados

de uma opção deliberada do Governo de não fazer investimentos nos serviços públicos de saúde, resultados de

uma austeridade que o Governo tem querido esconder dos portugueses mas que eles sentem todos os dias,

quando se dirigem aos serviços de saúde.

É o garrote das finanças imposto às desejáveis respostas às necessidades de saúde dos portugueses, um

garrote que impede contratações necessárias e que não se concretizam, um garrote que limita a desejável

autonomia responsável dos serviços, um garrote que se traduz também em cativações que paralisam avanços

imperiosos que tardam em concretizar-se.

Este Governo não tem sido amigo do SNS e o Bloco de Esquerda e o PCP bem podem vir protestar que não

deixam de estar profundamente comprometidos com estas políticas e com estes resultados.

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — A proposta hoje apresentada pelo Bloco de Esquerda, quanto a nós

de forma precipitada e pouco densificada, face ao que a relevância do tema exige, não representa o avanço e a

resposta certa para as novas realidades e problemas que o SNS enfrenta.

Em matérias fundamentais e de princípio, estamos em profunda divergência com o Bloco de Esquerda,

nomeadamente em questões de modelos de financiamento e na integração do setor social e privado no sistema

de saúde.

O CDS entende que é preciso uma nova lei de bases da saúde em que o cidadão, sim, repito, o cidadão, e

não os preconceitos ideológicos, esteja verdadeiramente no centro do sistema.

Aplausos do CDS-PP.

No momento oportuno, o CDS dará os seus contributos e participará ativamente neste importante debate,

visando a melhoria da saúde dos portugueses.

Recusamos rótulos de «inimigos do SNS», vindos de quem está cristalizado no tempo, e que são

completamente infundados. E queríamos aqui lembrar que não há donos do SNS.

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — O SNS é, hoje, o resultado do contributo de muitos, de pessoas de

diferentes proveniências partidárias, e orgulhamo-nos daquilo que hoje temos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

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