O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 DE JANEIRO DE 2019

11

dos sistemas de proteção social e de saúde, bem como o peso crescente das doenças crónicas, associadas a

fenómenos de multimorbilidade, que exigem uma mudança nos paradigmas de prestação dos cuidados de saúde

que devem orientar-se, cada vez mais, para a prevenção das doenças evitáveis, bem como para a intervenção

clínica precoce.

Continuamos, pois, sempre a correr atrás do prejuízo, investindo fortemente no tratamento tardio da doença,

menosprezando o importante papel da prevenção e da promoção da saúde.

Ao invés de agir, temos um SNS que se limita a reagir. Hoje, temos um ministério da doença; está na hora

de termos um Ministério da Saúde!

Aplausos do PSD.

A Constituição da República Portuguesa consagra o direito à proteção da saúde através de um Serviço

Nacional de Saúde universal e geral.

Infelizmente, o agravamento das condições de resposta do SNS demonstra que estamos cada vez mais

longe daquilo que nos promete a Constituição. São hoje visíveis as consequências negativas do desinvestimento

levado a cabo por este Governo, são evidentes os sinais de degradação no acesso e na qualidade dos cuidados

de saúde prestados aos portugueses no SNS.

Quero ser muito claro: a lei de bases é importante, mas não é tudo. Os portugueses precisam de um Governo

que invista na saúde e que garanta o acesso atempado aos cuidados de que precisam. Não há lei de bases da

saúde que nos valha perante a má governação do País. Temos, portanto, de mudar.

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Ah!…

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Para o Partido Social Democrata, os determinantes da saúde e as

políticas de saúde pública, com enfoque na promoção da saúde e na prevenção, são fulcrais na redução da

carga da doença e, por conseguinte, na sustentabilidade do SNS.

Por outro lado, o sistema público tem de ser o supremo garante da proteção dos cidadãos na doença,

assegurando eficazes políticas de diagnóstico precoce, assim como cuidados de saúde de qualidade e equidade

no acesso aos cuidados de saúde. Mais, os modelos de financiamento devem passar a incentivar os verdadeiros

ganhos em saúde.

Como partido personalista, pluralista e reformista, o Partido Social Democrata rejeitará sempre qualquer

modelo político de pendor estatizante, que nos queira obrigar à força, à foice e ao martelo,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ai o fantasma!…

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Ah!…

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … a ter no Estado o prestador único e exclusivo de todas as

prestações públicas na saúde.

Aplausos do PSD.

Para nós, PSD, a gestão dos serviços públicos deve ser primordialmente pública, mas aceitamos o recurso

do SNS aos setores privado e social desde que reunidas três condições cumulativas: primeiro, esse recurso

deve existir sempre que a capacidade instalada dos serviços públicos o aconselhe ou torne necessário; segundo,

deve revelar-se vantajoso para o Estado, em termos do binómio qualidade-custo e, em terceiro lugar — talvez

a condição mais importante —, essa cooperação deve conduzir à obtenção de ganhos em saúde para os utentes

do SNS, principalmente para os mais fragilizados e vulneráveis.

Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, para o PSD, a Lei de Bases da Saúde não é uma lei

qualquer, não é uma lei que deva durar apenas uma legislatura, mas sim várias décadas. Aqueles que assim

não pensarem, veem a árvore, mas não veem a floresta. Aqueles que quiserem aproveitar a discussão de hoje

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 42 2 O Sr. Presidente: — Sr.as Deputadas e Srs. Depu
Pág.Página 2
Página 0003:
24 DE JANEIRO DE 2019 3 proteção da saúde constitui uma responsabilidade do Estado,
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 42 4 Com a oposição do PSD, do CDS e de Deputados in
Pág.Página 4
Página 0005:
24 DE JANEIRO DE 2019 5 aplicados dentro do Serviço Nacional de Saúde, fixe profiss
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 42 6 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! A S
Pág.Página 6
Página 0007:
24 DE JANEIRO DE 2019 7 Finalmente, a proposta de lei do Governo assume que a contr
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 42 8 O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Vai o Gov
Pág.Página 8
Página 0009:
24 DE JANEIRO DE 2019 9 A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 42 10 A proposta de lei de bases do PCP aborda ainda
Pág.Página 10
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 42 12 e o processo legislativo em curso para servir
Pág.Página 12
Página 0013:
24 DE JANEIRO DE 2019 13 É despropositado, Sr. Deputado, insistir na mercantilizaçã
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 42 14 Risos. Vamos, então, pass
Pág.Página 14
Página 0015:
24 DE JANEIRO DE 2019 15 Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este Governo, na atualidad
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 42 16 Só assim, no entendimento de Os Verdes, caminh
Pág.Página 16
Página 0017:
24 DE JANEIRO DE 2019 17 Quando nos disserem que falta capacidade de internamento n
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 42 18 Aplausos do BE. O Sr. Presidente
Pág.Página 18
Página 0019:
24 DE JANEIRO DE 2019 19 Gostava, também, de assinalar os contributos que o Bloco d
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 42 20 moderadoras, porque elas, hoje, não moderam o
Pág.Página 20