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I SÉRIE — NÚMERO 8

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Aqui estão as faturas que dezenas de polícias nos fizeram chegar, com a compra de elementos e de material

pago do seu bolso e que serão entregues, ainda hoje, àqueles senhores que ali estão, da comunicação social,

para devida publicação. Estão aqui! Vêm do País inteiro e deviam envergonhar qualquer democracia.

Neste momento, o orador exibiu os documentos que mencionou.

Estão aqui faturas de algemas, de coletes e de tudo o mais que o Sr. Primeiro-Ministro disse que não existia

e que não se verificava na nossa Casa. Vergonha, Sr. Primeiro-Ministro! Vergonha, Sr. Ministro da Administração

Interna!

Disse o Partido Socialista: honremos os nossos polícias; disse o Partido Comunista: os polícias merecem-

nos respeito, mas juntam, na mesma frase, as palavras «abusos» e «fiscalização». Sempre a mesma história a

que estamos habituados!

Amanhã, teremos uma das maiores manifestações frente a esta Casa, à qual nos associaremos sem medo,

sem problema, sem medo de olhar para trás. É assim, quando os valores estão certos e estamos do lado certo

da história e não do lado dos que escondem a verdade. Esta mesma verdade que hoje circulará por toda a

imprensa e por toda a internet.

Mas o que podíamos esperar desta sombra que nos atormenta em Portugal? A mesma que diz que não vai

aumentar impostos, sabendo nós que o englobamento vai matar o mercado de arrendamento em Portugal; a

mesma que diz que vai combater os precários, quando eles existem no Gabinete do próprio Primeiro-Ministro.

Imaginem, no Gabinete do próprio Primeiro-Ministro!

Não há outra solução! Uma sombra enorme paira sobre este País e é com uma enorme sombra de

preocupação que os portugueses olham hoje para esta Casa. Uma maioria de esquerda ri-se, desvaloriza e diz:

estamos em maioria, vamos continuar a mandar. Talvez mais cedo do que pensam, talvez mais cedo do que

esperam, o povo português seja chamado às urnas, novamente, para pôr fim à vergonha que hoje se verificou

nesta Casa. Não façam perguntas, peçam desculpa pelo que aconteceu aqui. Era isso que esperávamos de

vocês hoje.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, na parte que me diz respeito, não houve nenhum beneplácito do

Presidente para que pudesse falar. O senhor tem direito, como todos os Deputados únicos representantes de

partidos, a falar três vezes em três ordens do dia como esta, em que há declarações políticas. Portanto, não

percebo por que razão fez essa referência. Aliás, qualquer um dos outros Deputados únicos representantes de

partidos podia ter usado da palavra hoje e só não o fizeram porque não quiseram.

Aplausos do PS.

Creio que não há perguntas.

Pausa.

Chegámos, assim, ao final desta sessão plenária.

A próxima sessão terá lugar amanhã, às 15 horas, com um debate temático, requerido pelo Grupo

Parlamentar do PS, sobre transição digital.

Muito obrigado e até amanhã.

Eram 18 horas e 11 minutos.

Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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