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II SÉRIE-A - NÚMERO 16

É com orgulho bairrista que se pode afirmar estarmos perante quintas tão dinâmicas e modernas, verdadeiras e grandiosas empresas agrícolas, às quais a plena entrada na CEE não vai ser um obstáculo, mas um futuro risonho.

A maioria destas propriedades pertence a empresas exportadoras de vinho do Porto, como a Taylor, Flad-gate e Yetman, Fonseca Guimarães,Vinícola do Chen-pels, Croft, Delaforce, Warre, Graham, Harris, Smith Woodhouse, Silva e Cosens, A. A. Calem e Noval, que escolheram o Pinhão como centro geográfico da região demarcada, como centro administrativo das suas várias propriedades espalhadas por todo o Douro e onde fazem os seus negócios de compra de vinho tratado.

É fácil concluir a importância económica que a agricultura, nomeadamente o vinho, tem para o Pinhão, bem como os benefícios que advêm da vizinhança que aqui está sediada. Ela necessita de uma infinidade de bens e serviços que as empresas pinhoenses atentas lhe prestam, numa interdependência lucrativa para os dois lados.

Comércio.

O comércio é a actividade mais importante para o pinhoense, enquanto os seus vizinhos se dedicam, essencialmente, à agricultura.

A estação de caminho de ferro e a rede rodoviária fizeram do Pinhão um ponto de confluência de quatro concelhos: Tabuaço, São João da Pesqueira, Alijó e Sabrosa.

Os pinhoenses, dinâmicos e empreendedores, depressa assumiram o controlo da distribuição de produtos alimentares, agrícolas e de construção civil. O crescimento das empresas deu-se em ritmo acelerado, e todos os dias surgem novos investidores dispostos a aplicar os seus capitais em áreas inexploradas.

Com mestria e trabalho constituíram um importante interposto comercial em que abastecem as populações vizinhas dos bens essenciais e escoam os produtos agrícolas da região, nomeadamente o vinho fino.

Algumas das maiores transportadoras de mercado-riasaêm sede no Pinhão. Camiões enormes percorrem todo o País e a Europa, transportando o maravilhoso néctar que é o vinho do Porto. Quatro barcos abastecem de areia toda a região, extraída do leito do rio. A venda de elecrodomésticos, máquinas industriais, montagem de instalações eléctricas e respectiva assistência técnica é disputada por quatro firmas que exercem a sua actividade numa área vastíssima. A elas se deve a electrificação das maiores adegas da região, o que atesta a sua competência técnica.

Áreas tão diversas como o mobiliário, vestuário, calçado, papelarias e drogarias são exploradas por um conjunto de empresas modernas que nos permitem encontrar tudo o que seja necessário.

Dois postos de abastecimento de combustíveis e outras tantas estações de serviço satisfazem as exigências de uma infinidade de carros e camiões, bem como cinco oficinas de reparação de automóveis e motos.

Um moderno gabinete de contabilidade atesta a importância do tecido empresarial do Pinhão, da qual há muito o banco que aqui se instalou se apercebeu.

A existência de quatro cabeleireiros, uma alfaiataria, uma dúzia de cafés, salão de jogos, quatro restaurantes e duas residenciais com quase SO camas, só se compreende num grande centro populacional e comercial como é o do Pinhão.

Uma das maiores empresas da região, em máquinas de surribas, tem aqui a sua sede, estendendo a sua actividade aos quatro cantos do País.

A delegação da Casa do Douro, no Pinhão, tem capacidade de armazenagem para várias dezenas de milhares de pipas de vinho.

Indústria.

A actividade económica mais importante do Alto Douro é o vinho do Porto. Logicamente, a vinificação de excepcionais mostos da região constitui a actividade industrial mais desenvolvida. Adegas moderníssimas, utilizando as tecnologias mais sofisticadas, vinificam cerca de 25% de todo o vinho do Porto.

Nas vindimas, o Douro anima-se em grande azáfama. São milhares de trabalhadores que vêm das terras altas ajudar a cortar e acartar as uvas. Centenas de camiões e camionetas acartam as uvas para os lagares ou adegas onde os mostos se transformam em vinhas de qualidade excepcional. Só quem já passou pelo Pinhão conhece o movimento de pessoas e mercadorias que as vindimas acarretam.

Depois, há todo um enorme trabalho a ser feito. Nas enormes caves, o trabalho continua pelos meses de Outubro, Novembro e Dezembro. É preciso fazer análises aos vinhos novos e estudar o modo de os melhorar em lotes. Depois, transportam-se para Vila Nova de Gaia ou para o estrangeiro. É incessante o trabalho no Douro e, em especial, nas unidades industriais do Pinhão.

Mas a indústria explora outras actividades, ainda que de menor dimensão. A construção civil é disputada por três empresas que vão colmatando as necessidades habitacionais do Pinhão e arredores.

A serração de madeiras e fábrica de móveis é conhecida pela qualidade do seu serviço, bem como as oficinas que trabalham o ferro e o alumínio.

Uma padaria, uma pastelaria e um aviário completam o importante parque industrial do Pinhão.

Indústria:

O vale do Douro e, em especial, o Pinhão, têm uma beleza paisagística verdadeiramente alucinante.

As encostas íngremes e abruptas, bordadas com socalcos que só o suor e tenacidade dos durienses souberam fazer; o rio Douro, lindo e revolto que as barragens dominaram; as albufeiras enormes e propícias à prática de desportos náuticos; as alterações da paisagem ao longo do ano: no Inverno, despidas e cansadas; na Primavera, os rebentos que se transformarão em cachos magníficos, quando o Verão chegar; o Outono, com a animação das vindimas e, depois, com o milagre de se cobrirem montes e vales em tons amarelos e vermelhos a anunciarem os rigores do Inverno. A navegabilidade do Douro, desde o Porto até Espanha, oferece enormes potencialidades inexploradas em termos turísticos.

Actualmente movem-se empresários e organismos oficiais a fim de se criarem as unidades hoteleiras que o Pinhão merece.

Quintas com adega própria:

Quintas da freguesia do Pinhão:

Quinta da Roeda; Quinta do Bonfim; Quinta do Corval; Quinta da Sabordela;

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