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82 | II Série A - Número: 102 | 24 de Abril de 2014

Talvez devido à sua posição estratégica, viveram nesta serra povos que remontam à pré-história, comprovado pela existência de uma estação arqueológica. Segundo alguns investigadores, neste local terão vivido os povos de nome "Alpiarças", que deram origem aos Lusitanos.
Nestas terras altas, que de Nordeste a Oeste, cercam a Várzea, existiam algumas quintas e vários casais, onde se cultivavam cereais, oliveiras, laranjeiras, se apascentavam rebanhos e se criava gado vacum.
As caraterísticas do solo e as condições climatéricas deram uma relativa unidade económico-social a toda esta área.
Malhado e limpo nas eiras, ficava o trigo preparado para ser moído. A corrente, precipitada e impetuosa no Inverno, da ribeira de Caneças, os ventos fortes e constantes, na Primavera e no Verão, que sopravam no planalto, possibilitaram o aproveitamento da força da água e do vento, transformando-a em força motriz. Junto à ribeira, instalaram-se dezasseis azenhas e, das colinas da Amoreira ao planalto de Famões, ergueram-se para cima de três dezenas de moinhos de vento.
Com o fim das chuvas invernais, diminuía o caudal da ribeira, baixando a capacidade das azenhas, precisamente quando os ventos começavam a soprar mais fortes, aumentando a capacidade motriz dos moinhos.
Desta intensa labuta restam hoje as ruínas de algumas azenhas e moinhos, três moinhos restaurados, o das Covas, na Ramada (que foi construído em 1884), outro na Arroja, que é propriedade privada e outro situado em Famões – Moinho da Laureana.
Em termos de construção urbana, a Freguesia da Ramada viu surgir núcleos urbanos dominantes, com habitações dispersas e bairros de génese ilegal, dependentes dos núcleos principais, Ramada, Amoreira e Bons Dias. As primeiras construções, onde predominava a mono-habitação, assistem à chegada da propriedade horizontal.
A Ramada mantém um crescente desenvolvimento urbano e demográfico, sendo uma das mais jovens freguesias do concelho de Odivelas.

Moinho das Covas Localizado na Escola Secundária da Ramada, o Moinho das Covas foi construído em 1884, é o testemunho da atividade agrícola existente, na qual predominava a cultura dos cereais.
Originalmente em alvenaria, e com capelo movido por intermédio de um sarilho interior, o Moinho das Covas foi recuperado em 1996.
Monumento vivo da região saloia. Moinho de 1884, construído em alvenaria.
Foi recuperado em 1996 pela Junta de Freguesia da Ramada com o apoio da Câmara Municipal de Loures. Tem dois pisos e uma loja.
Recuperado o processo tecnológico do seu interior é possível observar o processo de moagem tradicional. Instalado em terrenos do Município cedidos à Escola Secundária da Ramada, sito nesta freguesia.
É urgente que o Moinho das Covas seja classificado como património municipal. Para isso e para obras de beneficiação foi celebrado um protocolo entre a Escola Secundária da Ramada e a Junta de Freguesia da Ramada em que ambas as entidades se comprometem a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que se obtenha esta classificação através da Câmara Municipal de Odivelas.
No espaço exterior do moinho, encontramos agora o chão em pedra de calçada antiga, e uma típica casa antiga de moleiro, com forno. No seu interior, foi recuperado o processo tecnológico original que permite a moagem tradicional. É composto por dois pisos e uma loja; a cada um dos pisos corresponde um casal de mós e, na loja, desenvolvem-se as tarefas de acondicionamento e venda da farinha.
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