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fes dos corpos, Conselhos aonde lambem se declarou e decidio unanimemente : 1que todos estavam decididos a sustentar Rainha e Carla Constitucional, sem que podessem admittir instrucções ou ordens que não fossem emanadas da Soberana, ou das Auctoridades seus delegados: 2."que se não devia suspender a execução das medidas relativas á Lei de saúde e contribuição directa: 3."que devia ser re-concentrada a tropa naquella Cidade do Porto ate' ulterior deliberação da Soberana sobre o modo por que lodos se deveriam conduzir e haver.
As duas actas qire se lavraram sobre estes importantíssimos capítulos, que eu vou ler á Camara, lançarão nesle assumpto a luz que todos os meus esforços e palavras não poderiam dar-llie, (Leu)
E depois de tomadas assim todas as precauções, que eu me deliberei a 'marchar para esta Capital, como marchei no dia 16 a bordo do barco de vapor Duque do Porto, chegando a esta Cidade no dia 17 de madrugada. ¦ 1
Como era natural, preveni da minha chegada o Sr. Ministro do Reino, que tinha de mais a mais por mim|a qualidade de Irmão e Amigo, declaran-do-lhe ao mesmo tempo a necessidade que havia de se mandar convocar immediatamente o Conselho de Ministros, e recebendo a noticia, de que por outras razõe.s se tinha determinado, que nesse dia ás onze horas houvesse Conselho de Ministros, eu me dirigi immediatamente a sua casa, e de láj juntamente com o Sr. Ministro do Reino, para o Paço de Belém, aonde fielmente referi todas estas circumslancias corri a minha opinião decisiva sobre o caracter da revolta, e remédio que havia a dar conlra ella, por isso mesmo que os seus elementos não eram de nenhum receio, e a sua força toda apparente. Era o remédio a< partida immediata de um nobre e dislin-clo General, a quem eu me cmnproinellia de acompanhar, como tinha promellido á minha sabida do Porto; e a razão da minha indicação eslava bem caraclerisada pelos documentos que já live a honra de ler á Camara. (Apoiados no centro)
Não me compete aqui referir o processo do que se passou no Conselho O Ministério demiltiu-se, mas demittiu-se por.causas que não provieram do meu relatório, nem da minha opinião; porque, quando live de ceder a um grande principio que se invocou, eu declarei com franqueza e decisão, que á queda do Ministério se seguiria o desenvolvimento da revolta em maior escalla, e então appareceriani os chefes, que ale' alli estavam por detraz da cortina. (Apoiados )
Não eram passados quatro dias, e eslava cumprido esle meu Irisle vaticínio! (E' verdade, é verdade ).
Tal é a historia triste, mas verdadeira, deste lamentável successo, em que eu me esforcei por salvar os mais sagrados objectos para os Portuguezes. Tal é a historia (riste, mas verdadeira, que responde com documentos irrecusáveis a essas fulilissimas imputações, com que se quiz desvirtuar o meu procedimeu-to, inventando a intriga, como tem de costume, que eu accedi ás exigências da revolla, e que me tinha evadido da Cidade debaixo da impressão do medo.
Acceder ás exigências da revolta? Eu! Ahi esiâo as actas que li á Camara, que provam immediatamente o contrario. Vou ler a proclamação, que fiz em virtude do accordado em um dos seus artigos, e Skshaõ NV 18.
ficarão ainda mais convencidos os detractadores de todo o mérito. (Leu)
Medo? Eu! Aonde o primeiro facto, que o demonstrasse? Pôde dizer-se accommetlido de medo o que não só providenciou, como dicto fica, mas nomeou durante a sua ausência um Conselho Governativo, composto dos nobres Conde de Tercna, e Visconde da Fonte Nova, o Conselheiro Costa Carvalho, para proverem a todas as medidas de segurança, durante esta mesma ausência? Eis-aqui ainda esse documento, que servirá de respos'a a quem assim está habituado a inverter toda a verdade. (Leu)
Evadir-me! Eu! Pois foge o que com as pessoas competentes toma a deliberação de uma missão importante, unicamente movido pela inspiração do bem. publico, aquelle que antes de emprehender viagem faz reconhecer a sua auctoridade da maneira mais aulhenlica edecisiva, conferindo-a, como Iheapprou-ve, e aquém lhe approuve para ser exercida durante a sua ausência? Póde-se dizer, que se evade, o que provê a todos os meios de segurança, o que annuncia alé ao publico a sua snhida, declarando os fins da sua missão ?
Não ha de certo uma invenção mais insensata, e nem por isso deixou de ser repetida n*uma outra Casa por um Cavalheiro, qnc timbra em inverter a verdade ! Mas não disse bem, talvez porisso mesmo que ella é uma invenção insensata, fosse por isso repetida.
Mas fugir, e de quem? Dos Portuenses, desses honrados cidadãos no ¦meio dos quaes eu me honro de ler vivido 14 ou 15 annos, e com os quaes eu me glorio de ler vingado a Memoria do Libertador, cooperando activamente para a restauração da Carta Constitucional ? Dos Portuenses na máxima parle dos quaes conto amigos decididos e defensores denodados ?
E fugir porque? Não tinha eu seguido no desempenho da minha commissão amais estricta imparcialidade ás conveniências publicas, não permillindo nem ordenando que se fizesse violência de qualidade alguma? Sei que os adversários me lem querido fazer passar como homem de caracler duro e cruel, mas a minha consciência passa segura ao travez da injustiça deslas accusaçôes, porque os factos podem sim apontar-me como escravo do meu dever, e como rigoroso, e incansável no seu cumprimento, mas não como perseguidor de pessoa alguma. Quem poderá apresentar um catalogo menos numeroso de prisões — dessa medida que no nosso paiz se procura para caraclerisar a violência, ou lenidade da auctoridade : não digo só com relação a essa época, mas com respeito a outras não menos importantes da minha vida publica, em que tenho exeicido os mais elevados empregos, que pouros terão exercido na mesma escala, e com a mesma multiplicidade. (Apoiados)
Reslaura-se a Carta em 1842, sou nomeado Administrador Geral do Porto pela Junta Provisória, com ingerência nos negócios de policia e segurança publica em todas as Provincias doNorle, e com amplos poderes sobre differentes objectos, e por minha ordem não sc fez uma só prisão politica.